“Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel
e Justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João
1:9).
O PODER ESCRAVIZADOR DO INIMIGO (terceira)
Amigo
leitor retomo o assunto a respeito do poder escravizador do pecado. Que a luz a
respeito desse assunto conforme apresentam as sagradas letras venha a clarear
sua mente a fim de que você possa conhecer todo o amor de Cristo que venceu o
mal.
Quero
lhe apresentar outro firme argumento a respeito da escravidão ao pecado. Digo e
afirmo que é uma escravidão eterna. Já nascemos no pecado conforme a linguagem
do salmista: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo
51:5). A escravidão ao pecado não foi uma decisão tomada a partir de determinada
idade; não foi uma conseqüência de um viver sem controle ou disciplina por
parte dos pais; não foi uma influência externa. Como disse anteriormente, a
escolha foi feita em Adão; o tombo no pecado aconteceu ali no Éden; foi ali que
decidimos seguir o roteiro traçado em nossos corações pelo pai da mentira, e a
verdade é que essa escravidão ao pecado segue aqui nesta vida e passa para a
eternidade. O pecado não nos abandona, ele é um algoz e implacável perseguidor
e dominador.
Amigo
leitor, tal fato é algo digno de nossa mais profunda pesquisa e observação.
Notemos o que nosso Senhor diz em João 8:35: “O escravo não fica sempre na
casa; o Filho, sim, para sempre”. O que nosso Senhor está querendo realmente
dizer quando introduziu estas palavras no assunto dito a respeito de
escravidão? Nosso Senhor está mostrando não somente o estado miserável do homem
que está a servir o pecado em sua pobre passagem por este mundo. Ele mostra
também que um escravo nada tem de valor; o escravo só serve para ser escravo.
Ele faz uma analogia a respeito da diferença entre um escravo e um filho. Nosso
Senhor usa uma ilustração bem conhecida porquanto naquele tempo era normal uma
família rica possuir um escravo, como é costume adquirir uma empregada hoje
para cuidar de uma casa. O escravo era comprado num determinado mercado por uma
pequena ou vultosa quantia, tudo dependia da qualidade física e mental do
escravo. Mas era comprado para ser um escravo, para servir. O escravo em nada
tinha qualquer direito de filho, e se porventura o dono da casa quisesse
desfazer daquele escravo ele vendia para outra pessoa, ou mesmo fazia uma
troca. Em outras palavras, o escravo não tinha salário, nem herança, não tinha
autoridade, não tinha certos direitos, e dependendo do seu dono podia até mesmo
ser espancado e afligido sem haver qualquer censura por parte da sociedade.
Um
filho não. O filho numa casa tinha todo direito de filho, tal como boa comida,
boa roupa, respeito e cuidado, além do fato de ser o herdeiro. Notemos que
enquanto o homem é um escravo do pecado nada de direito tem. Está neste mundo
para servir o pecado e depois o que terá de recompensa? Só tem um salário dado
pelo pecado, que é a morte (Romanos 6:23). Triste situação do pecador na sua
peregrinação por este mundo!
Cristo
veio ao mundo para libertar o pecador dessa tão triste condição: “E conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32). Portanto, volte amigo para a
Palavra da verdade, a fim de conhecer essa tão grande salvação no Filho de
Deus! Deus conhece a alma sincera, arrependida, que não está em atitude de
rebeldia contra Ele. Ele é o Deus dos corações quebrantados! É o Deus que se
inclina para conversar com a alma arrependida; que estende seu perdão e
aceitação ao pecador que chega a Ele em sincera confissão de pecado. Este é o
motivo da revelação bíblica, porquanto Deus está comunicando Sua misericórdia
aos homens. Tem prova maior de amor do que o amor do Senhor ali na cruz? Foi
ali que aquele que não conheceu pecado se tornou pecado por nós, a fim de
conduzir pecadores a Deus! Pense nisso! Foi o Filho que abriu o caminho ao céu;
foi Ele que se tornou o perfeito mediador entre Deus e o homem. Ele é o
esconderijo perfeito da alma aflita; é a fonte de amor, paz, alegria e
segurança eterna.
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