“Porque
o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2:13).
Caro leitor, na luta intensa, no
esforço inútil em cavar cisternas rotas, que não retêm as águas, homens e
mulheres no pecado têm suas almas completamente ressequidas; estão como a terra
que não recebe chuva a muito tempo. Sem a verdadeira água viva, sem a
satisfação em Cristo; sem a vida que há somente no Filho de Deus, não podem
desfrutar da paz, perene paz que corre como um rio num coração que foi
santificado. Atiradas para longe de Deus, longe do território santo, em plena
escuridão do pecado, homens e mulheres estão cercados pelo medo, por isso vivem
em intensa agitação íntima. Ah, como o engano do carne libera tanta confiança
neles mesmos! Assim como Pedro, estão prontos a mostrar que são tão corajosos e
aptos para vencer na vida e até mesmo defender Deus, até que são postos diante
da realidade, quando os inimigos reais e fortes aparecem e eles ficam
desamparados.
Porque não beberam da água viva para
nunca mais terem sede, homens e mulheres desconhecem a alegria genuína;
tudo o que recebem é deste mundo, por isso seus risos e júbilos são
manifestações externas pelo fato que suas paixões estão sendo sustentadas. Tudo
o que o mundo dá é descartável; tudo o que vem daqui perece aqui mesmo e os
homens no pecado levantam cada manhã aptos para novas conquistas de felicidade
mundana e passageira. Para muitos, Deus permite que o fogo dessa felicidade
fique aceso por muito tempo, mas logo chega o momento quando o fogo é apagado e
a escuridão dos terrores eternos os cercam. Foi assim com Abimeleque (Juízes
9); para ele tudo era maravilhas, pois para alcançar seus perversos objetivos
eliminou os obstáculos assassinando seus irmãos. Ele queria ser rei e o povo de
Siquém se aliou àquele que parecia tão capaz em liderança e poder. Por três
anos foi tudo festa e alegria, até que Deus enviou um espírito maligno de
divisão, ciúmes e discórdia. O fim veio de forma amarga para Abimeleque e o
povo de Siquém.
Ó caro leitor, se sua alma está
ressequida pela falta da água viva, certamente faltam forças, mesmo que você
pareça por fora um gigante. Sem a presença do Senhor no coração, no comando do
viver, o homem por fora não passa de uma estátua, sem vida. A verdadeira vida
tudo estrutura, tudo adorna e tudo fica belo ao derredor. A verdadeira força é
como a de Josué e Calebe, que pela confiança em Deus prevaleceram e
prosseguiram. A presença do Rei da glória no coração do homem faz com que ele
seja forte sim, mas sua força é manifesta na humildade de viver para a glória
de Deus e no caráter santo que prevalece na busca do bem estar do seu próximo.
Para o governador Félix sua força consistia em ter fama, dinheiro e posição
social; para ele ser forte era ter a população aos seus pés e desfrutar das
delicias carnais, tendo mulheres e prestígios dos homens. Mas quando ficou
perante a mensagem o evangelho que o revelou como um escravo do pecado e réu do
juízo eterno, imediatamente fugiu como uma serpente foge do fogo (Atos 25).
Digo mais que falta o verdadeiro amor
ao coração onde reina e domina o pecado. Como um amor sentimentalista, vazio e
frívolo tem brotado dos lábios das multidões ultimamente! Como os homens no
pecado são induzidos, seduzidos e enganados pelos seus próprios sentimentos!
Ultimamente o ecumenismo tem feito com que os homens caminhem sobre um belo
carpete verde da fraternidade entre os homens! Ah! Como eles fazem tanta festa
e cultuam seus ídolos adornados de versos bíblicos! Tudo é festa, louvores e
adoração aos demônios! Eles nada podem ver de juízo; não sabem que estão sob o
intenso terror da Ira de Deus que paira sobre suas cabeças e que a qualquer
momento tudo é desmoronado debaixo de seus pés.
Caro leitor corra agora mesmo para a
cruz! Fuja agora mesmo da Ira santa e justa, buscando o abrigo seguro e certo
no sangue remidor! Não brinque, não adie sua conversão, não seja levado pela
sedução deste mundo e pelo engano do seu próprio coração. Caia perante o
Salvador bendito agora mesmo, em súplica e confissão!
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