quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (11)




“As palavras de sua boca são malícia e dolo; abjurou o discernimento e a prática do bem. No seu leito maquina a perversidade, detém-se em caminho que não é bom, não se despega do mal”  (Salmo 36:3,4)
CONHECENDO O VIVER DO HOMEM (continuação):
               Querido leitor, estamos vendo como os versos 3 e 4 fazem, com clareza uma exibição do viver do homem no pecado. Vimos que a língua é o mais poderoso instrumento do pecado. Ela revela a sujeira, o dolo, a maldade que saem do coração. Cristo foi bem claro ao afirmar que é do coração do homem que procede toda sorte de perversidades, e mesmo que essas iniqüidades não são presenciadas de maneira prática, a língua desenha com exatidão todo curso maligno das intenções que o homem carrega na alma. A língua é especialista em revelar a exatidão do coração, por isso nosso Senhor afirma que “a boca fala o que está cheio o coração”.
               Prossigamos em conhecer o modo de vida do homem no pecado. Em segundo lugar veremos seu viver rebelde: “...Abjurou o discernimento e a prática do bem”. O termo abjurar significa “renunciar publicamente uma religião”. A idéia transmitida é que o homem no pecado não tolera discernimento espiritual; odeia ser avaliado pela Palavra de Deus, por esse fato ele espiritualmente se oculta. O homem no pecado não gosta de qualquer luz de Deus para seu caminho, preferindo seguir sem rumo, buscando a mentalidade e a força humana. Noutras palavras, o homem natural confia no homem e faz da carne mortal o seu braço (Jeremias 17:5). Ele acha que a vida pode ser estabelecida sobre o frágil alicerce da iniqüidade. Sob a liderança do pecado não há dependência de Deus; não há busca pela sabedoria do Alto. No comando do pecado, o homem não passa de uma ovelha sem rumo, sem pastor, nada sabendo dos perigos tremendos que ameaçam sua frágil e limitada existência terrena. Não há discernimento espiritual em sua mente, por isso não tem possibilidade de julgar as coisas à luz da eternidade. Qualquer discernimento é puramente natural.
               O texto também transmite a idéia de que o pecado faz do homem um ser que vive por si mesmo. Significa que para ele não há um superior, alguém diante de quem terá que prestar contas, por essa razão qualquer idéia de um deus será produto do seu coração. Amigo leitor veja que loucura é o viver sob o comando do pecado! Na própria divindade há conselho. Vemos na bíblia acerca do “conselho de Deus”; vemos o Filho se submetendo à vontade do Pai e o Espírito Santo submetendo-Se para glorificar o Filho. Sendo assim, a vida no pecado é sinônima de loucura; é correr em direção ao abismo!
               A vida do ímpio Caim (Gênesis 4) ilustra bem essa verdade gloriosa da frase: “Abjurou o discernimento”. Ora, ele estava perto da entrada do paraíso de Deus! A salvação estava ao seu alcance, mas a brutalidade do pecado manifestou num tremendo ódio ao Senhor e ao caminho da salvação. Abel humildemente curvou-se aceitando a redenção mediante o sangue, mas Caim mostrou seu coração rebelde ao dar as costas à compaixão divina. Não houve humilhação, mas sim uma rejeição aberta e descarada à oferta da graça. Ao dar às costas ao amor de Deus correu em busca de um mundo melhor aqui, para sua perdição eterna.
               Meu caro leitor, como pode o homem escapar da verdade revelada? A palavra de Deus é confrontadora, mas tem em vista revelar o meigo coração de um Senhor bondoso, gracioso e fiel salvador dos perdidos. Milhares puderam deparar com a loucura de andar errante por este mundo à serviço do pecado. Milhares foram despertados e reconheceram o caminho da perdição no qual andavam, na falsa impressão de bem-estar. Não foi assim com Saulo de Tarso? Como um touro raivoso corria em busca daqueles que seguiam ao Senhor Jesus, crendo que estava no caminho certo, até que a misericórdia de Deus lançou-o ao pó, exatamente ao lugar onde a graça encontra com o perdido. Foi ali que o velho Saulo foi humilhado para reconhecer seu Salvador bendito.       

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