segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO (5)




Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
         A NECESSIDADE DA SOBERANIA “Ninguém pode vir a mim...”
         Prezado leitor, o texto mesmo mostra a necessidade da soberania de Deus na salvação. A frase: “Ninguém pode vir a mim...” deve atrair nossa profunda atenção. Estamos diante da verdade inspirada, palavras ditas pelo Filho de Deus, portanto, curvemo-nos perante as maravilhas da revelação; sejamos discípulos arrojados aos pés do Rei querendo conhecer a respeito de coisas que este mundo desconhece. A verdade é um tesouro, e lembremos bem que esses tesouros não são achados facilmente, estão em lugares profundos, afastados dos olhos de lince dos grandes e cultos deste mundo. Deus tem entregado as maravilhas do conhecimento da Sua graça a homens e mulheres simples, que carregam em seus corações o temor devido a Ele.
         A primeira lição que rapidamente desponta na frase é a doutrina da depravação total: “Ninguém pode vir a mim...”. Do meu ponto de vista, concernente aos homens esta é a doutrina mais destacada em toda Escritura, mas ao mesmo tempo é a mais desconhecida, justamente porque esse assunto toca profundamente em nosso ser. Para mim a doutrina da depravação é a porta de acesso ao conhecimento do evangelho e da salvação gloriosa, portanto, buscar outro acesso é simplesmente um labor inútil. Ora, ninguém vai querer a salvação de Deus se jamais conheceu a verdade triste, escabrosa e aterrorizante a seu respeito. O homem que desconhece o estado do seu coração, conforme a apresentação bíblica, jamais vai querer conhecer o caminho da cruz e com efeito do arrependimento e da confissão.
         Amigo, quando abrimos a bíblia e vemos uma frase como esta: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai...”, a natureza carnal, orgulhosa e auto-suficiente do homem simplesmente toma a decisão de fugir de tal assunto, porquanto ao lidar com esse tema o homem natural há de querer passar por cima, e olvidar. Odiamos ser descobertos em nossa nudez espiritual; odiamos ser apresentados perante um Deus de misericórdia, porque queremos um deus diferente, que nos aponte um caminho mais agradável rumo a uma vida melhor. Quando somos confrontados com esse assunto tão humilhante somos inevitavelmente empurrados para a zona de desespero, de arrependimento, por essa razão, quando essa luz brilha perante nossos olhos, fugimos como ratos e baratas procurando um lugar escuro.
         Mas, como podemos escapar disso? É melhor que encaremos agora nossa triste condição perante Deus, do que fugir pressurosos em direção ao juízo. É melhor que agora tenhamos a presença misericordiosa do Senhor; tenhamos Sua face bondosa encarando nossa tão triste e deprimente situação, do que vivermos aprisionados no orgulho próprio, até cairmos no desespero eterno. Amigo, a mensagem salvadora ressoa como a voz de um bom médico para um enfermo; é como água pura e cristalina para um sedento; é como um pão para um faminto.
         Ó triste condição dos perdidos! Em que miséria o pecado nos deixou! Para viver em nossos delitos e pecados apontamos nossas armas contra a santidade celestial, contra o reino de amor. Nesse estado de orgulho agimos como terroristas prontos a bombardear os céus e apagar todo e qualquer vestígio do Nome de um Deus santo, justo e cheio de misericórdia! Mas o amor de Cristo nos impulsiona a manter acesa a verdade e pregar a mensagem do Rei.
         Querido leitor, eu e você estamos diante da suprema verdade que “Ninguém pode...” ir a Cristo se não for por meio de uma intervenção soberana! É Deus entrando nesse império de trevas e transportando pecadores da morte para a vida, da escuridão para a Sua maravilhosa luz! Tal verdade chegou ao seu coração? Pode você agora humilhar-se perante o Senhor?

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