“Há no coração do ímpio a voz da
transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos” (Salmo 36:1)
CONHECENDO O HOMEM (continuação):
Prezado
leitor, com coragem, porém com nossos corações cheios de temor, encaremos
firmemente o conhecimento daquilo que o Espírito de Deus nos ensina a respeito
da triste condição do homem no pecado, conforme o Salmo 32, versos 1-4. Ora, se
há a voz da transgressão, certamente há alguém ali; há um
poder que reina, controla e domina o viver do homem, e esse comando é a partir
do coração. Já pude mostrar que todo problema do homem está no coração dele. O
que ele é e faz por fora é efeito de um poder dominador em seu coração. Sendo
que é a voz da transgressão, significa que todo viver do homem
ainda no pecado é de contínua prática da iniqüidade. Ele é chamado de iníquo,
transgressor da lei de Deus e mesmo que não pratique pecados feios, grosseiros,
o domínio é do pecado no coração, tendo o programa para cada pessoa, a fim de
que faça o que o pecado quer, e não o que Deus quer.
Caro
leitor, saibamos que nem todo ímpio mata, rouba, ou pratica coisas horríveis,
mas todos estão sob a liderança do pecado no coração, por isso os homens no
pecado são chamados servos do pecado. Paulo trata sobre isso em Romanos 6. Ele
escreve aos salvos, mostrando que o resultado da morte de Cristo na cruz em
favor do Seu povo, conquistou para esse povo plena e completa libertação do
domínio do pecado, de tal maneira que de agora em diante: “Não reine, portanto
o pecado em vosso corpo mortal para obedecerdes as suas concupiscências”
(Romanos 6:12). Ainda no verso 13 Paulo fala que os salvos não precisam mais
oferecer os membros de seus corpos ao pecado como instrumentos de iniqüidades.
Tendo
essas verdades em mentes voltemos para o Salmo 36:1. Deu para o amigo leitor
entender que não há meio termo? Ou o homem vive como servo do pecado ou vive
como servo de Deus. Se não foi salvo, resgatado, perdoado, justificado mediante
o sangue do imaculado Cordeiro de Deus, certamente não passa de ser um escravo
do pecado neste mundo. O pecado não deixa o coração do pecador mediante
atividades religiosas. Mesmo sendo religioso, honesto, trabalhador, etc., é o
pecado que está no comando do coração e não Deus, portanto a vida é de contínua
transgressão contra Deus e contra Sua santa lei.
Prezado
leitor, que seu coração humildemente depare com a necessidade de arrependimento
sincero. O Deus da revelação bíblica não é ludibriado, manipulado pelas
articulações do homem. Ele vê o homem no coração, e não na aparência; o reino
do pecado a partir do coração está completamente escancarado perante os olhos
perscrutadores daquele que é Onisciente. Ninguém pode ser aceito por Deus, a
não ser mediante Seu glorioso Filho, o único mediador entre Deus e o homem (1
Timóteo 2:5). E ninguém pode achegar-se ao Salvador bendito sem arrependimento,
humilhação, quebrantamento e confissão (Romanos 10:9). É na confissão sincera
que o pecador revela que o reino de tirania do pecado no coração acabou, que o
pecado deixou para sempre seu domínio e que o Rei da glória passou a reinar.
Aquele antigo súdito do pecado passa agora a servir a justiça (Romanos 6:13),
amar santidade e odiar a iniqüidade.
Amigo
leitor, eu sei que essas verdades chegam de forma chocantes às nossas mentes,
mas quão salutar elas são! O homem no pecado precisa saber em que situação
desesperadora ele se encontra, e que não há remédio; não há força capaz de
mudar seu coração em um novo coração! Viemos assim de Adão, nossa história é triste
história e nosso destino é assaz horroroso enquanto o coração não for lavado e
santificado pelo sangue da cruz (1 Pedro 1:18,19). Meus esforços têm em vista
levar meus leitores à verdadeira humilhação, reconhecimento de que seus pecados
têm ofendido ao Senhor, e que Ele tem prazer em salvar homens e mulheres
arrependidos!
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