quinta-feira, 29 de novembro de 2012

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (12)




“As palavras de sua boca são malícia e dolo; abjurou o discernimento e a prática do bem. No seu leito maquina a perversidade, detém-se em caminho que não é bom, não se despega do mal”  (Salmo 36:3,4)
CONHECENDO O VIVER DO HOMEM (continuação):
               Querido leitor, que alegria poder conhecer as maravilhas do Salmo 36! São verdades que nos foram entregues, a fim de que conheçamos quem é esse Deus, riquíssimo em misericórdia (Efésios 2:4). Estamos atravessando o lado escabroso desse salmo, porquanto ali vemos em que situação encontra o perdido pecador em Adão. Toda essa verdade a respeito da triste condição do homem desde a queda é para que Deus seja conhecido, admirado, buscado e adorado como soberano Deus. Estou plenamente convicto que o evangelho pregado ultimamente nada tem a ver com o evangelho pregado por Paulo e pelos grandes homens de Deus no passado. Por essa razão creio que a exposição do salmo 36 é tão oportuna em meio a essa tremenda manifestação de afastamento da verdade.
         Vamos agora ao terceiro ponto da nossa lição a respeito do viver do homem no pecado: CONHECENDO O VIVER SOCIAL DO ÍMPIO: “...abjurou o discernimento e a prática do bem.” Creio que o leitor cuidadoso pode perceber que esta lição é consequência da outra. Uma vez que o homem nada quer dos conselhos de Deus, obviamente não haverá possibilidade de praticar o bem. Isso significa que no pecado não há possibilidade do homem servir ao seu próximo na prática do bem. Estou certo que diante de uma afirmação tão negativa como esta, a reação contra a Palavra de Deus é imediata. Porém, as Escrituras mostram claramente que não há qualquer possibilidade do homem no pecado praticar o bem em relação ao seu próximo: “...Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Romanos 3:12).
         O que significa praticar o bem? Significa que a pessoa é usada por Deus em servir ao seu próximo, física, mental e espiritualmente. Significa que em nada usarei meu corpo em prejuízo de qualquer pessoa. No pecado é algo impossível de acontecer. Por quê? Precisa haver santidade e justiça no viver, do contrário não há qualquer possibilidade neste mundo de elevar nosso semelhante em dignidade e valor. Ser santo significa que a pessoa foi separada por Deus e para Deus; que houve uma completa limpeza na alma; que toda sujeira do pecado foi eliminada pela lavagem da santificação, obra que somente o Espírito Santo pode fazer (Tito 3:5), e que acontece uma única vez, na conversão do pecador. Na obra santificadora do Espírito de Deus, a vida de justiça imediatamente aparece. Notemos o caso de Zaqueu assim que ocorreu sua conversão: “...Senhor resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais” (Lucas 19:8). Ora, a vida desse homem foi de uma contínua escravidão ao dinheiro, até que a misericórdia do Senhor invadiu seu coração e mudou num novo coração. Onde não há santidade, também não há justiça, e onde não há justiça não existe prática do bem. Mesmo que alguém no pecado faça algo que pareça ser prática do bem, jamais será motivado por santidade no íntimo, por isso não tem em vista glorificar Deus.
         Caro leitor veja a maneira como Deus expõe a vida do homem no pecado! Ele jamais pode ser lisonjeado, nem manipulado pelas espertezas da carne! Não há meio de encobrir a real situação do pecador, por isso, quanto mais esconder pior. Religioso ou não, o coração do homem está perante o Senhor. É o homem que fica enganado, Deus não! Satanás aproveita do orgulho do pecado e aprisiona homens e mulheres na mentira. A verdade do evangelho vem para descobrir tudo e revelar em que condição se encontra a alma não salva. Para que isso? A fim de publicar a nova salvadora, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores (1 Timóteo 1:15). Portanto, o momento agora é de humilhação, para a alma arrependida, que não deseja continua servindo ao pecado.

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