“As palavras de sua boca são malícia e
dolo; abjurou o discernimento e a prática do bem. No seu leito maquina a
perversidade, detém-se em caminho que não é bom, não se despega do mal” (Salmo 36:3,4)
CONHECENDO O VIVER DO HOMEM
(continuação):
Querido
leitor, que alegria poder conhecer as maravilhas do Salmo 36! São verdades que
nos foram entregues, a fim de que conheçamos quem é esse Deus, riquíssimo em
misericórdia (Efésios 2:4). Estamos atravessando o lado escabroso desse salmo,
porquanto ali vemos em que situação encontra o perdido pecador em Adão. Toda
essa verdade a respeito da triste condição do homem desde a queda é para que
Deus seja conhecido, admirado, buscado e adorado como soberano Deus. Estou
plenamente convicto que o evangelho pregado ultimamente nada tem a ver com o
evangelho pregado por Paulo e pelos grandes homens de Deus no passado. Por essa
razão creio que a exposição do salmo 36 é tão oportuna em meio a essa tremenda
manifestação de afastamento da verdade.
Vamos agora ao terceiro ponto da nossa
lição a respeito do viver do homem no pecado: CONHECENDO O VIVER SOCIAL DO
ÍMPIO: “...abjurou o discernimento e a prática do bem.” Creio que o leitor
cuidadoso pode perceber que esta lição é consequência da outra. Uma vez que o
homem nada quer dos conselhos de Deus, obviamente não haverá possibilidade de
praticar o bem. Isso significa que no pecado não há possibilidade do homem
servir ao seu próximo na prática do bem. Estou certo que diante de uma afirmação
tão negativa como esta, a reação contra a Palavra de Deus é imediata. Porém, as
Escrituras mostram claramente que não há qualquer possibilidade do homem no
pecado praticar o bem em relação ao seu próximo: “...Não há quem faça o bem,
não há nem um só” (Romanos 3:12).
O que significa praticar o bem?
Significa que a pessoa é usada por Deus em servir ao seu próximo, física,
mental e espiritualmente. Significa que em nada usarei meu corpo em prejuízo de
qualquer pessoa. No pecado é algo impossível de acontecer. Por quê? Precisa
haver santidade e justiça no viver, do contrário não há qualquer possibilidade
neste mundo de elevar nosso semelhante em dignidade e valor. Ser santo
significa que a pessoa foi separada por Deus e para Deus; que houve uma
completa limpeza na alma; que toda sujeira do pecado foi eliminada pela lavagem
da santificação, obra que somente o Espírito Santo pode fazer (Tito 3:5), e que
acontece uma única vez, na conversão do pecador. Na obra santificadora do
Espírito de Deus, a vida de justiça imediatamente aparece. Notemos o caso de
Zaqueu assim que ocorreu sua conversão: “...Senhor resolvo dar aos pobres a
metade dos meus bens; e se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo
quatro vezes mais” (Lucas 19:8). Ora, a vida desse homem foi de uma contínua
escravidão ao dinheiro, até que a misericórdia do Senhor invadiu seu coração e
mudou num novo coração. Onde não há santidade, também não há justiça, e onde
não há justiça não existe prática do bem. Mesmo que alguém no pecado faça algo
que pareça ser prática do bem, jamais será motivado por santidade no íntimo,
por isso não tem em vista glorificar Deus.
Caro leitor veja a maneira como Deus
expõe a vida do homem no pecado! Ele jamais pode ser lisonjeado, nem manipulado
pelas espertezas da carne! Não há meio de encobrir a real situação do pecador,
por isso, quanto mais esconder pior. Religioso ou não, o coração do homem está
perante o Senhor. É o homem que fica enganado, Deus não! Satanás aproveita do
orgulho do pecado e aprisiona homens e mulheres na mentira. A verdade do
evangelho vem para descobrir tudo e revelar em que condição se encontra a alma
não salva. Para que isso? A fim de publicar a nova salvadora, que Cristo Jesus
veio ao mundo para salvar pecadores (1 Timóteo 1:15). Portanto, o momento agora
é de humilhação, para a alma arrependida, que não deseja continua servindo ao
pecado.
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