terça-feira, 27 de novembro de 2012

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (10)



                                  
“As palavras de sua boca são malícia e dolo; abjurou o discernimento e a prática do bem. No seu leito maquina a perversidade, detém-se em caminho que não é bom, não se despega do mal”  (Salmo 36:3,4)
CONHECENDO O VIVER DO HOMEM (continuação):
               Amigo leitor, que a misericórdia do Senhor esteja sobre minha vida enquanto digito esta meditação. Não é fácil lidar com um assunto como este, conforme o Espírito Santo nos mostra no Salmo 32. Que a misericórdia desse Deus venha, também, encher o coração dos leitores com um espírito de humilhação, a fim de que a Palavra seja recebida com muita satisfação.
         Pretendo passar a vocês aquilo que o texto nos mostra acerca do viver do homem no pecado. Já passamos pelo conhecimento do seu coração, o que ele é no íntimo. Que jamais esqueçamos que revelamos por fora o que realmente somos no coração. No verso 3 vemos que o homem sob a escravidão do pecado é conhecido pela sua linguagem: “As palavra de sua boca são malícia e dolo...” . Observemos bem que a palavra malícia mostra a causa, dolo mostra o efeito. Malícia mostra as intenções egoístas do coração, enquanto que dolo é o meio usado para alcançar seus objetivos. Preste atenção nas palavras maliciosas de um homem em relação a uma mulher, e os meios dolosos que ele utiliza para alcançar seus objetivos. Foi assim com o infeliz Amnon, filho do rei Davi quando estava apaixonado pela formosa Tamar, sua meia Irmã. Logo tramou meios bem ardilosos para que ficasse sozinho com a jovem em seu quarto (2 Samuel 13).
         A língua é a mais mortífera arma do pecado, por isso a Palavra de Deus vezes após vezes combate esse mal. Os crentes são constantemente exortados para que lancem fora sua linguagem mundana que tinham quando viviam no pecado. O livro de Provérbios está cheio de ensinamentos contra o mau uso da língua, a razão disto é que a ela é o principal instrumento da iniqüidade. Vemos isso em Romanos no cap. 3, a partir do verso 10, quando Paulo resume a triste situação da raça humana caída em Adão. Notemos bem o que Paulo afirma no verso 13: “... veneno de víbora está debaixo dos seus lábios”. Incrível! Da mesma maneira que o veneno de uma serpente está na sua boca, os homens no pecado usam sua língua como veneno para destruir seu próximo. Tal fato é mostrado especialmente em nossos dias. Nunca houve um tempo quando os homens têm usado tanto suas línguas para o mal! Destroem suas famílias usando a língua, criando assim um ambiente de terror dentro do lar. Ofendem, maltratam, fazem os mais fracos sofrerem tanto por meio de palavra feias, imorais. O ambiente social hoje tem sido manchado, aviltado somente com o uso da língua. Quando falam de amor, não passa de ser um amor sujo; quando falam de amizades, suas palavras revelam malícias e motivações sujas, com planos de destruir o seu próximo.
          Trago a ilustração bíblica de Isaías 6. Parece que ali temos o acontecimento que marcou a conversão de Isaías. Ele era bem jovem quando pode ver a glória de Deus. Foi um momento extremamente alarmante na vida daquele moço, porquanto a visão da glória de Deus invadiu as profundezas de sua alma. Não foi um espetáculo que pudesse captar as emoções, mas foi uma visão aterradora para um homem caído. Foi ali que Isaías pode conhecer quem realmente era ele. A presença da santidade do Senhor mostrou ao jovem o que ele era no coração, por isso ele disse: “Ai de mim, estou perdido”! Por quê? Eis a resposta: “...porque sou homem de lábios impuros...”. E ainda acrescenta sua situação social: “...habito no meio de um povo de impuros lábios”. Veja leitor, que naquele momento Isaías não somente percebeu sua condição de escravo, como também percebeu seu trágico destino: “estou perdido...”. Ele estava diante do inferno naquele momento e certamente cairia lá, não fosse a misericórdia do Senhor.

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