terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O AMOR DE CRISTO PELA SUA NOIVA (16) O ZELO DO AMOR DO ESPOSO

“...ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz. Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5-7).

O ZELO DO AMOR DO ESPOSO: (introdução)

       Prezado leitor creio que o ensino sobre nossa condição tão vil no pecado despertou em nossos corações os sentimentos verdadeiros para o amor de Cristo. A igreja de Deus é constituída de súditos do Rei, daqueles que caem aos Seus pés e aprendem da Sua Palavra (Deuteronômio 33:3). Os corações que foram santificados pelo sangue, também têm prazer em conhecer o Senhor e obedecer suas ordenanças. Corações endurecidos pertencem aos rebeldes, os quais querem o mundo e querem beliscar as vanglórias deste império de trevas. A igreja de Cristo marcha firmemente para o céu; segue seu percurso de aflições e angústias, mas está sob o comando do grande Capitão. Um dia toda igreja entrará no céu e nenhum dos remidos estará do lado de fora.
       Prossigamos em conquistar o conhecimento que o texto de Cantares tanto nos desafia. Partimos da doutrina da depravação e agora vamos às verdades práticas. Nosso orgulho próprio foi devastado diante do fato que nada havia em nós mesmos que merecesse qualquer atenção da parte de Deus. Nada de méritos, só deméritos! Toda enganosidade promovida pela carnalidade religiosidade e mentirosa foi danificada e revelada ser espinhos e abrolhos. Silenciamo-nos perante os fatos revelados na Palavra que eu não passava de um réu, merecedor da punição, tanto quanto qualquer outra pessoa. Foi a misericórdia que nos achou sujos e desprezíveis aos olhos de Deus, mas foi assim que o Salvador chegou e nos abraçou para nos lavar com a pureza da Palavra e nos tornar justos e aceitáveis perante os olhos santos de Deus (Tito 3:5).
       Amigo leitor a vida cristã começa a partir da humilhação do velho homem. Cristo veio ao mundo para erguer os caídos e derribar os que sobem os degraus do orgulho. O evangelho bíblico mostra a glória de Cristo, não a vanglória humana. O evangelho conforme a revelação escrita nada tem a ver com esse evangelho social tão apregoado em nossos dias, apresentando o homem necessitado e um deus que existe para promover a felicidade terrena da raça humana. Quem desconhece a humilhação causada pela verdade no íntimo, certamente nada quer com o Senhor; certamente não quer submeter-se ao Senhorio de Cristo; nada quer com a autonegação, tomar a cruz e seguir o Mestre.
       O evangelho moderno promove o reino terreno, por isso é um evangelho tão aceitável e desejado pelas multidões que ignoram a verdade. Mas o evangelho verdadeiro promove o reino dos céus e sua mensagem é direcionada aos corações que anseiam conhecer o Deus vivo e verdadeiro, buscando Dele Seu perdão e salvação. Sua mensagem é canalizada do céu para as almas ressequidas pela ausência de paz, para enchê-las da água viva. Os mundanos contentam-se com as migalhas daqui, mas os santos almejam conhecer as riquezas eternas. Os verdadeiros crentes estão plenamente seguros e guardados no amor de Cristo, por isso podem ouvir Seus doces conselhos.
       É o que teremos agora em Cantares. O Noivo amado chega para mostrar aos crentes o quanto eles precisam de Sua presença, de sua comunhão, do Seu cuidado e proteção! Satanás é ardiloso e sedutor de corações que desconhecem a verdade. Os crentes são ovelhas, por isso precisam dos cuidados do Pastor. Os crentes são frágeis e susceptíveis diante do grande e feroz leão, por isso precisam do Valente que cuida e protege Seu povo. A igreja precisa ser aperfeiçoada, mas para isso precisam da presença santificadora Dele, por meio do Seu Espírito. Amor sublime e constante protege, corrige, santifica, consola e conduz os crentes até aquele grande dia.

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