sábado, 10 de janeiro de 2015

PERANTE A FACE DO JUIZ (8)



Então, lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim os que praticais a iniquidade” (Mateus 7:23)
A MUDANÇA DE SALVADOR PARA JUIZ:
        Caro leitor, Aquele que agora é perfeito e suficiente advogado e salvador do Seu povo, também foi nomeado pelo Pai para ser o Juiz dos vivos e dos mortos. Esse fato deve mover todos ao temor e tremor e não ao deboche e zombaria, como podemos observar hoje nas asas desse evangelho moderno. Tenho procurado mostrar que Ele é competente para julgar, porque É perfeito homem, conhecedor profundo do real significado da humanidade. E pelo fato que jamais pecou, mesmo sendo punido em nosso lugar, nosso Senhor é realmente capaz, justo, eficiente e suficiente para julgar e punir definitivamente todos quantos viveram e vivem agora como inimigos de Deus.
        Continuo mostrando a todos, que mesmo em Seu ministério de salvação no meio dos homens, nosso Senhor sempre postou-se para julgar e punir toda manifestação do pecado. Ele não atingiu os homens, mas sim o pecado, e nisso Ele estava antecipando o que acontecerá quando Ele assentar-Se em Seu trono para julgar vivos e mortos. A própria presença santa do Senhor já era um ataque frontal a toda e qualquer manifestação do pecado, para que todos soubessem que em nada os homens não podiam manipulá-Lo e enganá-Lo. Sua presença era a presença da verdade e a verdade em si mesma já condena as trevas. Aliás, todo ministério de misericórdia do Senhor no meio dos homens era um aviso de que Seu juízo não tardaria. Os homens precisavam saber que a rejeição ao Filho de Deus como profeta, sacerdote e Rei era uma atitude suicida. Notemos bem que nosso Senhor jamais deixou de avisar aos homens. Um dia Ele encarou Jerusalém e cheio de ternura mostrou que aquela população ao lhe rejeitar estava caminhando para os terrores do juízo: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Lucas 14:34).
        Nosso Senhor também apontou o juízo quando percebia a dureza e incredulidade do povo, mesmo em face dos seus atos de bondade curando enfermos e fazendo toda sorte de bem. Cidades como Cafarnaum e Betsaida não escaparam dos anúncios de juízo que certamente cairia sobre elas: “Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno. Porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje” (Mateus 11:23). Então, vemos que Sua misericórdia opera em salvar, mas ao mesmo tempo mostra como um dia a porta será fechada e que muitos serão acordados para o juízo. Também, nosso Senhor embutiu o juízo na própria mensagem do evangelho que foi entregue aos apóstolos: “...Quem crê e for batizado será salvo, quem porém não crê será condenado” (Marcos 16:16).
        Caro leitor, noutras palavras a mensagem chega para trazer temor; a mensagem chega para declarar aos homens a urgência para o arrependimento; a mensagem chega para dizer aos homens que eles devem aproveitar essa hora oportuna, esse momento especial, enquanto brilha o sol da misericórdia sobre suas cabeças; a mensagem chega para mostrar a liberdade da soberana atuação de Deus em usar de compaixão com uma raça culpada; a mensagem do evangelho chega para declarar que todos os homens merecem o castigo, merecem a severa punição; que homens e mulheres são culpados e que não há esperança para nenhum deles fora de Deus. O evangelho anuncia que homens e mulheres estão aprisionados aqui; que estão sob a tirania do diabo e da morte e que o inferno lhes aguarda com voracidade. O evangelho chega para mostrar o quanto o Senhor é longânimo e tardio para mostrar Seu juízo, mas que quando o juízo chega é aterrorizante e eterno.
        Portanto, agora é o momento do arrependimento e conversão a Cristo!

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