“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que
deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o
cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são
dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
CAMINHO
PERIGOSO
Prezado
leitor quero continuar observando com mais detalhes o verso 9, porquanto é um
verso de especial importância, que revela nossa inclinação à miséria, quando
achamos que realmente estamos na direção certa em busca daquilo que o mundo
pensa ser felicidade. Vemos como o Senhor nos guarda de agirmos assim; vemos
como Ele se interessa pelo nosso bem, por isso nos adverte e cuida para que
jamais venhamos a cair na insensatez; vemos como Ele se posiciona como um pai amoroso,
nos disciplinando e ensinando através de duras provas o que significa a
verdadeira felicidade conforme os padrões bíblicos. Ele sabe que Suas ovelhas
nada possuem de defesa contra os ferozes inimigos, que somos engodados pelas
sutilezas de satanás. Ele sabe que o engano do pecado faz com que fiquemos
cegos e não percebamos os perigos, quando o brilho deste mundo ofusca tudo ao
nosso derredor.
Creio
que é o momento de mostrar essas verdades de forma prática. Primeiramente, por
vezes Deus, em Sua bondade, ternura e paciência refreia nossa inclinação à
insensatez. O próprio texto mostra isso com clareza: “... os quais com freios e cabrestos
são dominados...”. Precisamos ver quais são os freios e cabrestos de
Deus; precisamos ter discernimento bíblico, a fim de que não sejamos pegos de
surpresa nalguma desventura de trevas e desespero. Deus utiliza os freios
e cabrestos da dor. Deus não poupa seus açoites da disciplina atingindo
nossos corpos. Foi assim com Paulo que estava sendo afligido por um espinho
na carne e por várias pediu ao Senhor que tirasse aquele incômodo, mas
teve sempre uma resposta negativa. Por quê? Eis aí um apóstolo, um dos homens
mais usados por Deus em toda história da igreja, fazendo um pedido e tendo um não
como resposta. Ora, Paulo foi um homem que recebera de Deus grandes visões e
revelações jamais dadas a qualquer outro apóstolo. O Senhor sabia que Paulo
precisava de aflições físicas e não físicas, a fim de mantê-lo humildemente na
dependência do Senhor (2 Coríntios 12:7-10).
Caro
leitor, meditemos nessa verdade tão preciosa! Nossa felicidade consiste em
estar cercado do amor cuidadoso, paciente e disciplinador de Deus, porquanto
Ele sabe o que é melhor para Seus filhos. Seu amor eterno que nos chamou e nos
acolheu jamais permitirá que sejamos tomados por qualquer desgraça advindas do
mundo e de satanás. Aquilo que para nós é perda, na realidade é o começo do
sucesso eterno! A real felicidade tem inicio quando entendemos adoração e
realmente transformamos toda circunstância num majestoso culto de louvor: “...O
Senhor deu e o Senhor tomou; bendito seja o Nome do Senhor” (Jó 1:21).
Veja amigo, que o real significado de felicidade para o crente é ter Deus como
seu Deus! É saber que não há perda, que só há ganho eterno quando estamos envolvidos
e embalados no amor que nos acolheu em Cristo!
Caro
leitor, o que Deus tem usado em sua vida como freio e
cabresto? Se você é um crente, as adversidades que porventura têm envolvido seu
viver podem ser exatamente aquilo que Deus usando para mostrar o real
significado de liberdade e felicidade. Veja como o choro e angústia de muitos
santos foram transformados em alegria e prazer! Talvez para muitos leitores o
momento agora é do choro de uma noite, mas logo virá o amanhecer de glória.
Milhares de santos partiram deste mundo sem receberem explicações da parte do
Senhor! Não podemos nós adorar o Senhor pelos Seus benditos freios
e cabrestos? Seus desígnios são preciosos e maravilhosos e a fé recebe
os pacotes
grosseiros enviados do céu com satisfação. O verdadeiro cântico é
entoado por uma alma satisfeita: “Sou feliz com Jesus meu Senhor!”
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