quinta-feira, 1 de maio de 2014

O SALÁRIO DO PECADO (30)




Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
A TRANSBORDANTE GRAÇA (continuação)
         Quão gloriosa é obra da soberana graça! Ninguém pode ir a Cristo a não ser pela atuação desse Deus que é riquíssimo em misericórdia (Efésios 2:4). Conhecer o Filho de Deus nunca foi nem será uma iniciativa do homem: “...não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Romanos 9:16). O mais glorioso de todos os privilégios é um pecador ser entregue pelo pai ao Filho, porquanto ninguém pode conhecer o Filho de Deus, a não ser a pessoa a quem o próprio Filho o quiser revelar (Mateus 11:27), e são somente e tão somente os “...cansados e sobrecarregados” (Mateus 11:28).
         Prossigamos contemplando a maneira graciosa de Deus atuar na salvação dos perdidos. Estamos vendo isso em Jeremias 29:12-14. Na meditação anterior pude mostrar primeiramente o ambiente de milagre. Presenciamos ali que é a própria obra de arte da graça em romper com todo poder dominante do pecado e da morte no homem e assim atraí-lo ao Senhor: “Passareis a orar”. Incrível! O ambiente passa a ser de invocação: “Todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13); os olhos espirituais são abertos para agora vislumbrar a glória dessa tão grande salvação e os ouvidos passam a ouvir aquilo que jamais ouvira.
         Prosseguindo, há uma atmosfera de anseio e necessidade: “...me invocareis...” e “...passareis a orar a mim...”. O que vemos é que a graça opera sensível mudança na mente, nas emoções e na vontade, antes dominados e controlados pelo pecado. No pecado o homem afirma pelo seu modo de viver que não precisa de Deus; seu braço forte é confiar no homem (Jeremias 17:9), nada quer de discernimento porque acha que pode viver para si em busca de seus próprios interesses; não passa de ser uma ovelha desgarrada seguindo o seu próprio caminho (Isaías 53:6); seu caminho é de arrogância, jamais temendo o Senhor e confiando na provisão deste mundo e em suas próprias habilidades. Mas agora tudo mudou, porque é agora uma alma que vê sua própria desgraça eterna, sua miséria como um réu sentenciado à punição, debaixo da Ira de um Deus que odeia o pecado. Por isso é que agora ela passa com o carcereiro de Filipos: “...que farei para ser salvo?”; com o ladrão na cruz: “...lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.
         Passemos agora à segunda lição que o texto nos ensina: A presença graciosa. É algo digno da nossa preciosa atenção. Caro leitor considere as maravilhas desse Deus cujo ministério é salvar perdidos! Ponha seus olhos sobre essa magnificente passagem de Jeremias 29 e veja a ternura desse Salvador bendito. Primeiramente vemos que Seus ouvidos estão abertos para ouvir as súplicas de um coração arrependido: “...e eu vos ouvirei.” (12).
         Eis aí a mais maravilhosa notícia trazida do céu aos pecadores! É triste ver a condição em que as multidões têm sido ludibriadas pelos falsos mestres em nossos dias! Quantas promessas ocas! Quantos corações iludidos pelas bagatelas desta vida passageira! Os ouvidos do Senhor estão apurados para ouvir o clamor de um coração aflito e desesperado no pecado. Ora, o Filho de Deus se entregou a Si mesmo a fim de salvar pecadores da destruição vindoura e também desarraigá-los deste sistema maligno de vida que este mundo oferece (Gálatas 1:4). Ele ouve as orações de homens e mulheres arrependidos, porquanto Ele se humilhou a fim de buscar pecadores assim, cansados de viver no pecado. Ele não veio ao mundo promover prosperidade material. Essa é a atividade de satanás que ludibria os corações com promessas de felicidade terrena.
         Que a graça opere salvando almas neste momento. É minha oração.

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