Então
disse eu: “Ai de mim, que vou perecendo! Porque sou um homem de lábios impuros,
e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o
Senhor dos exércitos” (ISAÍAS 6:5).
A VIDA DE ISAÍAS
NOS DIAS DE UZIAS: “No ano da morte do rei Uzias...”
Caro leitor, já
pude dar a introdução desse tema. Creio que pude salientar bem a importância
desse assunto em nossos dias tão carregados de uma teologia liberal, ecumênica
e essencialmente letal. A falta de conhecimento de Deus, conforme as Sagradas
Letras tem trazido grande prejuízo às igrejas em todo Brasil. Temos um grande
número de evangélicos, mas nada de profundidade. O evangelho moderno não passa
de um crescimento de ervas daninhas que se alastrou por toda nação; vemos um
povo vazio, sem temor, sem fruto, mundano, carnal e mobilizado para atividades
feitas em nome de Jesus. Um povo cego é facilmente guiado por elementos
perigosos; um povo sem conhecimento é facilmente algemado pelo espírito da
mentira e da superstição.
Chegou o momento
para que examinemos de perto tudo o que envolvia a vida de Isaías. É claro que
não tenho toda informação precisa, mas naquilo que nos foi fornecido pelo
Espírito Santo, certamente devemos apoderar para lançar luz ao texto. Lembremos
bem que satanás sempre agiu para desvirtuar tudo; sempre procurar lançar
confusão no meio do povo de Deus. Satanás sempre foi e continuará sendo o
inimigo de Deus e do povo de Deus, por isso há de atacar a verdade, porque ele
sabe que a verdade revelada é terrível perigo para seus nefandos propósitos
neste mundo.
O que Uzias representou
para a nação de Judá? O texto nos lança luz à época em que viveu Isaías: “No
ano da morte do rei Uzias...”. Considero essa frase de grande importância,
porque os líderes da nação de Israel representavam avivamento ou afastamento de
Deus. No caso de Uzias, ele não foi um tipo que parecia assim tão desviado. A
passagem que trata a respeito do seu reinado é o pequeno cap. 26 de 2 Crônicas.
Notemos bem ali que Uzias não foi um homem que partiu para a idolatria; não
esteve de mãos dadas com reis perversos do norte. Logo no inicio do seu reinado
tudo indicava que Uzias seria realmente um grande líder espiritual para Israel.
Foi ao trono muito novo e sem qualquer experiência, mas teve como tutor um
homem muito espiritual – o sacerdote Joiada. Enquanto este homem estava vivo
Uzias conduziu bem o povo e a nação teve muito sucesso com as bênçãos de Deus.
Uzias mostrou aos poucos que era um grande líder, um verdadeiro visionário,
muito capaz e engenhoso. Com toda essa dinâmica para dar a nação todo
suprimento de recursos incríveis, a nação de Judá prosperou grandemente nos
dias desse rei.
Mas quero lembrar
que a prosperidade nos dias de Uzias foi puramente material. Uzias conseguiu
cercar a nação de Judá, especialmente Jerusalém de grande progresso, pois todos
tinham recursos. O cap. 2 de Isaías lança luz a esse cenário social. Mas a
prosperidade afastou o rei e o povo do Senhor. Após a morte de Joiada Uzias
mostrou seu profundo orgulho e esse orgulho prevaleceu em toda nação. Era o
orgulho de confiar em si mesmo, de achar que não precisava de Deus. A nação
tinha prosperado, mas estava completamente distanciada do Senhor. Agora era o
humanismo que dominava; era o homem confiando no homem, por essa razão a
espiritualidade era um humanismo bem disfarçado.
Caro leitor, a
nossa situação hoje é incrivelmente igual. O humanismo é o gostoso vento que
sopra levemente nos corações encharcados de orgulho. A prosperidade faz os
homens assim, fazem deles seguro naquilo que têm, fazem com que eles se achem
capazes e espirituais; seus deuses são fabricados em seus corações. Eles ficam
surdos para a verdade revelada e criam seus próprios conceitos. Por quê? Porque
querem andar em seus pecados; querem encobrir as maldades de corações
corrompidos. Não há solução fora do conhecimento de Deus, da forma bíblica e
por meio da pregação.
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