segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A VIDA CRISTÃ TRIUNFANTE (62)




 “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda (Salmo 23:5)
“AS GLÓRIAS DA VIDA CRISTÃ TRIUNFANTE” “Bondade e misericórdia certamente me seguirão...” (Salmo 23:6). (segunda)
É fato que os ímpios estão debaixo da ira santa e justa de Deus (João 3:36); é fato que milhares “resvalam seus pés” no dia da visitação de Deus (Salmo 73:18,19). Deus usa a Sua bondade como um “farol”, a fim de mostrar aos pecadores o caminho do arrependimento: “Ou desprezas a riqueza da Sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Romanos 2:4). É para o homem considerar, não somente a bondade de Deus, mas também a severidade de Deus (Romanos 11:22).  Deus ordena aos justos para que eles, somente eles, habitem na terra (Salmo 37:3).
Diante desse fato, aquele que é salvo por Cristo pode descansar na bondade de Deus. Ele mesmo diz: “De maneira alguma te deixarei, nunca, jamais te abandonarei” (Hebreus 13:5). A bondade de Deus em favor dos salvos é manifestação de seu cuidado paternal.
É importante salientar neste ponto, que a bondade de Deus manifesta-se aos salvos, não como uma “porta aberta” para que vivamos abusando dessa bondade. A Bíblia não nos dá margem para que façamos prova da bondade de Deus, como se Deus estivesse com riquezas materiais em mãos, pronto para distribuir aos que mais manifestam genuína fé. Deus é bondoso, mas não age sem sabedoria, e ao tratar-nos como filhos Dele, visa guiar Seus filhos em propósitos eternos.  Ele sabe perfeitamente bem, daquilo que nós precisamos, e promete que vai cuidar, para não faltar jamais aquilo que necessitamos para nossa alimentação e vestuário (Mateus 6:31,32).
Uma ilustração da bondade de Deus para com Seu povo está na maneira em que Ele conduziu Israel pelo deserto, desde o Egito até Canaã durante quarenta anos. No final daqueles longos anos, eis que Moisés se coloca perante aquele povo para narrar no livro de Deuteronômio, os grandes feitos de Deus e relatar os atos da bondade de Deus. É algo realmente impressionante, quando vemos a maneira que Deus tratou Israel. No cap. 7 de Deuteronômio, Moisés disse para o povo: “Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem” (verso 3). Olhando do ponto de vista humano, até parece crueldade da parte de Deus. Mas Deus não se submete aos caprichos dos desejos carnais dos homens. O verdadeiro crente encara a verdade com os olhos da fé e descansa nas promessas dos cuidados de Deus. O verdadeiro crente sabe que o Pai eterno jamais vai falhar.
Que saibamos também, que quando a Bíblia está referindo acerca da bondade de Deus, não significa que Ele vai satisfazer os desejos malignos de nossos corações, dando aquilo que agrada nossas ambições carnais e mundanas. A promessa é que não vai faltar aquilo que precisamos ter, a fim de que vivamos nossos dias confiantes, não na doação proveniente de Suas bondosas mãos, mas sim, no bondoso doador. Deus sempre está atendendo e suprindo aquilo que precisamos e não aquilo que queremos. Quando Ele dá algo a mais, é porque tem em vista algo de utilidade lá adiante. É extremamente perigoso carregar um peso a mais daquilo que precisamos ter para nossa jornada.
(continua)                                       

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