quarta-feira, 3 de outubro de 2012

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (13)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor é crucial que não esqueçamos que foi na queda que a raça em Adão deixou o Senhor. A decisão de Jerusalém nos dias de Jeremias ilustra bem essa triste história que a Palavra fiel narra a respeito dos homens. Se ignorarmos esse ensino certamente cairemos nos logros desse evangelho tão corrompido e carismaticamente humanista. Caro leitor, foquemos nossa atenção na queda; conheçamos nossa história contada por um Deus fiel, que não pode mentir, somente assim as almas conhecerão o poder libertador dessa verdade eterna.
         Vou prosseguir mostrando a frase de Jeremias 2:13: “...a mim me deixaram...”. Estou envolvido nessa árdua luta em mostrar a loucura da decisão do homem em Adão, porque sei que quanto mais a luz bíblica brilhar teremos um vasto campo aberto para uma visitação misericordiosa da parte do Senhor. A Palavra de Deus mostra homens e mulheres vivendo neste mundo em plena euforia do pecado; o engano do pecado não permite que eles enxerguem sua miséria; a nuvem do mal cobre suas cabeças, por isso eles não conseguem enxergar as flechas da ira divina apontadas contra eles (João 3:36). Seus olhos estão vendados (2 Coríntios 4:4), por isso vivem apalpando na escuridão e não sabem onde tropeçam.
         Já pude passar por palavras e expressões usadas em toda Escritura, a fim de expor aos corações atentos o quanto os homens no pecado estão na miséria e que só podem ser tirados de lá pela livre misericórdia de Deus. Vou tomar hoje a expressão: “Mortos no pecado”, conforme vemos em Efésios 2:1. Se a decisão dos homens tivesse apenas aleijado alguns membros de seus corpos, ainda assim haveria esperança no homem. Se a queda resultasse numa mera cegueira, ainda assim haveria esperança de restaurar o homem, porquanto a falta de visão não impede que alguém se movimente e possa viver. Mas, os leitores devem saber que quando a Palavra de Deus realça o problema da queda apenas em algumas partes espirituais do homem é porque ela está mostrando a impossibilidade dos homens agirem naquela área do viver.
         Por exemplo, quando fala de cegueira espiritual é porque a bíblia está intensificando o problema do pecado na visão; que no tocante às coisas eternas o pecado cegou o homem completamente. E assim é também quando trata das mãos, dos pés, da mente, da boca. Então, o que a bíblia faz é passar item por item. Mas, todas essas incapacidades são vistas num morto. Se Cristo tivesse retirado apenas o corpo inerte de Lázaro do sepulcro e entregado à Marta e Maria, imagine a cena, com as duas aflitas irmãs sondado o corpo do seu querido irmão. Suas mãos imobilizadas pela morte; os pés paralisados; seus olhos ainda cegos; sua boca muda. Ora, para que serve um cadáver?
         Então, caro leitor, toda miséria do pecado resume nisso: “...mortos em seus delitos e pecados”. Mas, o barulho ensurdecedor do evangelho moderno é porque os teólogos atuais descobriram que os homens no pecado estão apenas com defeitos espirituais, por isso basta algumas orações e socorro dos famosos “cirurgiões espirituais” esses problemas são solucionados. Mas, satanás tenta dar vida aos defuntos espirituais; ele sabe bem como instilar energia nos filhos da desobediência, a fim de que eles possam parecer que são de Deus. Ele fez assim com Judas. Enquanto andou com Cristo e com os apóstolos Judas parecia ter a vida de Deus, mas estava ali um coração maligno e em suas veias corriam o sangue adâmico.
         Quantos estão enganados! Quantos jamais receberam a vida que há em Cristo! Não tem uma declaração humilhante quanto essa: “...mortos em seus delitos e pecados”! Deus opera Sua obra salvadora quando os homens estão realmente caídos! Quando são vistos como um “vale de ossos secos” (Ezequiel 37), somente assim a palavra de Deus chega e o Espírito de Deus toma Sua palavra para ressuscitar mortos.
        

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