sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A VIDA CRISTÃ TRIUNFANTE (56)



“Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda (Salmo 23:5)
ELEVADO À POSIÇÃO REAL “Unges a minha cabeça com óleo” (primeira)
        Caro leitor, a cada passo no acompanhamento desse tão amado Salmo, ficamos impressionados não somente com a linguagem usada pelo Espírito Santo, mas também com o progresso do ensinamento que Ele nos traz. É como se estivéssemos subindo mais os degraus que nos eleva aos céus. Deve nos trazer profundo regozijo na alma, uma vez que estamos lidando com os fatos que se entrelaçam em toda Escritura, realçando a beleza e a harmonia de toda Bíblia, e assim irradiando sua glória, por ser ela a Palavra do próprio Deus.
Percebemos que o Espírito de Deus tomou posse daquilo que era costume no ambiente judaico. “Unges a minha cabeça com óleo” é a linguagem tradicional do Velho Testamento. O salmista foi rei em Israel e ele mesmo experimentou a bênção de ter sido escolhido por Deus para ser ungido como rei. Deus não o escolhera baseando em sua força física, ou mesmo em sua capacidade natural, porque seus irmãos pareciam bem mais capazes do que ele do ponto de vista humano. A experiência na casa de Jessé deixou Samuel espantado, porque os fortes e belos filhos de Jessé foram passando um por um perante o sacerdote, mas Deus lhe dizia: “não é este”. Samuel entrou na casa de Jessé e esperou até que Davi chegasse, e derramou sobre a sua cabeça o azeite, que lhe colocou na posição real (1 Samuel 16:1-13).
A história é conhecida de como Davi passou muito tempo, talvez uns dezoito anos fugindo do ciumento e perverso rei Saul. Mas Davi tinha em seu coração um descanso no poder do seu Deus, que lhe havia escolhido para aquela posição, por isso não se alarmava, nem tampouco forjava meios para subir logo ao trono. Ele teve duas grandes oportunidades para eliminar com a vida de Saul, mas por temor ao seu Deus não o fez. Ele sabia que Deus em breve lhe tiraria das cavernas, onde estava se escondendo e lhe elevaria à glória de liderar Seu povo.
Essa lição é deveras importante para nós que fomos salvos. Em primeiro lugar, temos no óleo a preciosa bênção de sermos um povo escolhido e separado para Deus, formando assim um “Reino Sacerdotal”. Logicamente, não foi derramado nenhum “óleo” sobre nossas cabeças, conforme o sistema da lei, mas temos algo infinitamente melhor, porquanto, recebemos o Espírito Santo “Que Ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tito 3:6), e devemos saber da ligação simbólica que tem o azeite com o Espírito Santo. Todo verdadeiro crente é feito habitação do Espírito Santo; todo salvo foi batizado pelo Espírito (1 Coríntios 12:13); todo verdadeiro crente já foi ungido, porquanto habita nele o Espírito Santo (1João 2:27). Isso não é privilégio exclusivo de pastores, mas sim de todo salvo (Efésios 1:13).
 Em segundo lugar, temos no simbolismo do “óleo” a preciosa e inigualável bênção da comunhão cristã. O salmo 133 mostra como isso é uma poderosa verdade para o povo de Deus: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão” (Salmo 133:1, 2). Veja no verso 2, como Arão aparece. Ele foi o primeiro sumo-sacerdote para a nação de Israel. Nós os crentes temos em Jesus nosso perfeito Sumo-Sacerdote que com Seu próprio sangue efetuou perfeita e completa redenção, conquistando para nós eterna e segura salvação, e que agora está assentado ao lado do Pai, intercedendo em favor do Seu povo. 
 (continua)                               

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