“Se,
pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. (João 8:32)
INTRODUÇÃO:
Todos os temas que podemos falar e
pregar nas Escrituras são preciosas dádivas do céu; são chuvas para corações
ressequidos e sem frutos; são gotas de orvalho, trazendo alegria do alto.
Enfim, nada pode ser comparada às maravilhas perfeitas, justas, santas e tão
benéficas às nossas almas. Mas a verdade é que assunto tem sua ocasião
especial. Cristo se apresentou aos judeus como o Pão da vida, quando o povo O
buscava querendo comida (João 6). Apresentar Jesus como o grande libertador é
algo oportuno? Claro! Essa verdade é a torrente que desce do céu para os
sedentos. Nunca houve na história deste mundo um momento sequer que os homens
ficassem livres da escravidão do pecado.
Por incrível que pareça o tema que ouso
abordar foi tratado por nosso Senhor quando estava perante os judeus. Não houve
um povo mais religioso que aquele povo e eles estavam presos à religião deles,
mas não seguros na verdade. Vemos que o maior perigo para os homens é uma
religião de letras apenas. E essa era a tragédia para aquele povo enganado. Por
fora pareciam espirituais, mas por dentro rangiam de ódio quando eram
confrontados com a verdade. Por fora pareciam herdeiros do Paraíso celestial,
mas por dentro eram herdeiros do inferno. Por fora pareciam angelicais, mas por
dentro eram assassinos em potencial. Ali estava o Senhor Jesus, o próprio Deus
encarnado, falando para eles que não passavam de escravos do pecado, enquanto
no coração eles acreditavam que eram livres e completamente diferentes das
nações pagãs.
Não posso deixar de pregar nesse verso,
porque seria incompleto na exposição da abordagem de Cristo com os judeus. No
texto anterior Ele mostrou a condição tão triste dos escravos do pecado;
revelou o destino cruel, mas justo que homens e mulheres terão porque
escolheram servir ao pecado do que servir a Deus. Nosso Senhor mostrou que os
escravos trabalham diligentemente aqui na construção do império das trevas,
para depois partirem de uma vez por todas para as prisões eternas. Mas quão
imenso é o amor do Senhor! Ali estava aquele que veio ao mundo com o objetivo
de livrar pecadores das prisões do pecado e do diabo; ali estava perante eles o
próprio Deus encarnado proclamando Seu amor e expondo a força da Sua
misericórdia em favor de homens e mulheres enganados e iludidos no pecado.
Há diferença nos homens deste presente
século? Claro que não! Muito mais agora, com precisão perversa satanás tem
iludido milhões e milhões com a falsa paz de uma liberdade mundana. Foi
espalhado na mente e nas emoções do povo (aqui no Brasil) que tudo está bem com
Deus, basta que louve a ele e façam espetáculos nas igrejas. A Palavra de Deus
está sendo completamente ignorada em nossos dias. Ela tem sido relegada à
condição de um livro milagreiro, usada nas bocas de falsos mestres como sendo a
“fonte da prosperidade” e outras coisas que corações mundanos e supersticiosos
procuram. Mas a mensagem é a mesma para os pecadores em todos os tempos e em
todos os lugares, porque todos se tornaram escravos do pecado. É a mensagem tão
oportuna, especialmente para nossos dias tão cheios de armadilhas que têm
pegado os incautos.
Minha esperança é servir a esta geração,
a fim de que todos tenham seus olhos abertos mediante a compaixão de Deus.
Cristo deve ser apresentado aos homens como o grande libertador, aquele que
veio ao mundo para arrancar homens e mulheres da condição de réus e herdeiros
do inferno. Além disso Ele veio para arrancar os salvos deste sistema perverso
e passageiro, a fim de leva-los salvos para a glória eterna.
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