“Leva-me à sala do banquete, sua
bandeira sobre mim é o amor” (Cantares 2:5)
O NOSSO BANQUETE – A PROVISÃO DA
GRAÇA: “Leva-me à sala do banquete...”
Na
página anterior pude iniciar a explicação sobre o que significa a “sala do
banquete”. Creio que o amor do Senhor pelo Sua igreja é o fundamento de toda
essa santa festa e que somente os que creem podem desfrutar desse ambiente tão
salutar às nossas almas. A salvação é grandiosa e infinita, de tal maneira que
não há como pobres seres humanos, mesmo crentes explicar a profundidade desses
ensinos. A nossa salvação não teve início no tempo, mas sim na eternidade,
antes que os universos fossem formados. Por essa razão creio que devo por aqui
a excelência da nossa eleição como aquilo que faz parte do nosso
banquete.
Os
homens fazem festa quando recebem um ensino onde está inserida a vontade do
homem e sua participação com Deus na salvação. Mas quando abrimos a Palavra de
Deus, a fim de provar a total soberania de Deus na obra da salvação, eis que o
homem é arrancado fora, porque é um estranho nesse recinto santo e sagrado,
onde somente a divindade participa. Por essa razão a ferocidade do coração
arrogante se lança com ímpeto contra esse ensino. Foi sempre essa a reação dos
homens ante a verdade da soberana salvação de Deus. Mas o fato é que esse
ensino é banquete para os salvos; eles festejam isso e se alegram em adorar o
Senhor porque foram achados nessa obra de arte da graça.
Desde
o Velho Testamento vemos que Deus primeiramente leva o povo à humilhação, antes
de leva-lo ao conhecimento da alta posição que pela bondade e graça lhes foi
concedida. Deus fez isso com Israel, porque antes de entrar na terra prometida
eis que Deus por meio de Moisés traz à mente deles o fato que foram rebeldes e
atrevidos contra o Senhor durante todos aqueles quarenta anos passados no
deserto. Não foi assim conosco? Nós olhamos Efésios 1 e dizemos “uau!” para a
grandeza do ensino de que fomos eleitos antes da fundação do mundo (Efésios
1:4), além de tantas maravilhas trazidas desse ensino. Mas somos imediatamente
levados a ver nossa miséria, o estado em que estávamos por nossa culpa no
pecado: “Ele vos deu vida estando vós mortos em vossos delitos e pecados”.
Percebemos que comparando com Israel nossa situação é terrivelmente pior.
Por
que isso? Para que nos sintamos humilhados. Faz muito bem às nossas almas
quando somos levados constantemente a ver nossa queda e a imensidão da compaixão
de Deus. A graça não nos transporta do banquete mundano para o banquete da
graça; a graça não nos mostra que fomos tirados de uma festa para outra festa. Fomos
arrancados sim, da morte para a vida; da miséria para a glória; de réus
condenados a participantes celestiais. Eu sei o quanto satanás está fazendo com
que pastores façam as coisas soarem de modo diferente. Eles querem encher as
igrejas com batuque, shows e outros “sambas evangélicos” e assim passar as
doutrinas da graça, a fim de que todos se sintam bem. Que miséria! Vemos o
quanto a soberba humana aparece emplumada de doutrinas tão belas, as quais
foram dadas para ornamentar os santos.
Mas,
eis aí no cardápio do banquete essa provisão que tanto enche os corações dos
santos de felicidade! Alegremo-nos em Seu amor! Alegremo-nos nessa tão bendita
sorte! Alegremo-nos porque fomos achados e recebidos como “Benditos do Pai”! A
eleição divina é o fundamento tão precioso que nos faz entender os santos
ensinos da graça; que nos faz compreender o que somos aqui e para onde estamos
indo; o que passamos neste mundo vil e a glória que nos espera e que mesmo aqui
nesse breve tempo tempos o Senhor tão perto e cheio do mesmíssimo amor por cada
uma das Suas ovelhas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário