segunda-feira, 30 de julho de 2018

O CHAMADO DO EVANGELHO (2)



“Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei...”. (Mateus 11:27)
A GLÓRIA DA CHAMADA: “O Filho de Deus”. Vs. 25:27
        Nem sequer podemos avaliar o poder da chamada do evangelho. Por natureza somos incrédulos e não cremos no poder de Deus; não acreditamos que Ele é capaz de ressuscitar mortos, mas a verdade é que Ele sempre operou pela Sua chamada. Nosso Senhor não teve aqui nenhum amigo voluntário, todos os seus discípulos passaram a segui-lo, porque ouviram o Seu “vinde a mim”. O poder da Sua palavra sempre foi revelado desde a criação e é para sempre poderosa na nova criação. Os homens no pecado não passam de homens naturais, destituídos da vida que há em Cristo; não pulsa em seus corações a vida que há em Cristo, por essa razão eles são chamados de mortos, porque no tocante a Deus estão mortos.
        Mas devo iniciar esse assunto mostrando aqui que a glória da chamado desse bendito evangelho está no próprio Filho de Deus. Ora, não estamos lidando aqui com um ser humano qualquer; não estamos vendo alguém que Deus criou, conforme os ensinos dos russelitas (testemunhas de Jeová). Lidamos com o próprio Deus, com aquele que desceu da glória e veio à terra. Vemos como a Palavra de Deus destaca a Pessoa do Senhor Jesus, mostrando ser Ele o que estava ao lado do Pai na criação. Vemos essas duas Pessoas em Gênesis 1 e outras passagens, como a de Colossenses 1 explicam a atuação do Filho nessa Criação, porque tudo foi feito por Ele e para Ele. Também em João Ele chamado de “O Verbo”, o que explica o fato que toda ação para que tudo viesse a existir partiu Dele e muito mais de Sua voz. Então, conforme o que aprendemos, tudo o que vemos, o que temos, o que sentimos e infinitamente mais veio do Senhor, pois foi por Sua ordem que tudo veio a existir. João afirma que sem Ele, nada do que foi feito se fez. Impressionantes fatos!
        Outro fato de profundo significado para nós é que Ele é também Aquele que sempre teve uma íntima ligação com o Pai eterno. Quase não vemos esse ensino do Pai e do Filho em todo Velho Testamento. No Salmo 2 vemos uma Pessoa da divindade falando à outra: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei”. Mas é no Novo Testamento que ela ligação paternal e filial aparece, especialmente para mostrar ao mundo que Aquele que nasceu em Belém e cresceu em Nazaré, a fim de ser levado à cruz é o próprio Filho de Deus. A ênfase mostra que aquele recém-nascido não era um homem comum a toda raça, não era mais um descendente de Adão. Ali estava o Filho de Deus que se tornou carne e habitou no meio de homens caídos, vis e escravos do pecado. Ali estava alguém que, não obstante seu corpo semelhante a nós e ter certo parentesco conosco, era, todavia puro, sem mácula.
        Tudo isso vem à lume para nos mostrar a grandeza desse Senhor e que Sua chamada foi, é agora e será para sempre a poderosa voz que chama os pecadores ao arrependimento e salvação. Não há qualquer pessoa neste mundo que possa aproximar-se Dele; não há qualquer poder humano que ousa se filiar-se a Ele de vontade própria. É impossível! Só pode vir a Ele mediante o chamado eficaz. Quando Ele ordenou que Lázaro saísse do sepulcro, eis que a morte física não pode manter aquele cadáver ali. Quando Ele fez a criação nada Ele usou, senão Sua poderosa palavra. Não houve ferramenta, como os homens usam aqui e não há neste mundo qualquer coisa que possa comparar a esse poder. Quando vemos os astros no espaço sideral, o pouco que vemos deve nos assustar em saber o que mantém milhões de toneladas ali no espaço. Em Hebreus diz o Espírito Santo que Ele mantém o universo pela Palavra do Seu poder.
        Quem pode imitar isso? Quem pode ser igual ao Senhor? Ninguém! Assim é o evangelho que pregamos. Que poder incrível temos em nossos lábios!

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