“Leva-me
à sala do banquete, sua bandeira sobre mim é o amor” (Cantares 2:5)
O LUGAR
DO NOSSO SUSTENTO: “Leva-me à sala do
banquete...”
Voltemos ao texto, porque vemos a noiva
não fazendo um pedido, mas sim uma confissão: “Leva-me à sala do banquete...”,
e essa verdade é de grande significado para os crentes. Nunca o mundo foi tão
encantador como este atual, porque satanás está dando as suas últimas cartadas,
a fim de promover seu reino diabólico, idólatra e ateísta aqui. É lógico que
para os homens mundanos o que é visto hoje é motivo de grande festa e fervor
para a natureza adâmica, a qual sempre gostou, amou e se dedicou a este
sistema. Foi assim nos dias de Noé e será assim até ao fim.
O alvo do pai da mentira não é iludir
as multidões, porquanto elas o seguem com prazer (João 8:44). Seus planos é
atrair e destruir a fé do povo de Deus; sua meta é tirar a glória de Cristo que
aparece por meio da igreja, e tudo ele fará para que isso ocorra. O Senhor da
glória é o nome odiado e detestado por satanás e seu reino aqui. Se ele não
conseguir matar e exterminar o povo de Deus da face da terra, ele o fará por meio
de sedução mundana, o que vemos ocorrendo em nossos dias. Se os crentes não
forem firmados na verdade; se eles não voltarem pela fé para a palavra de Deus,
certamente olharão para este mundo e serão arrastados por este sistema
enganador.
Falo isso porque tenho observado com
tristeza o que está acontecendo nestes dias de conforto, bens, amizades, filmes
e outras facilidades adquiridas por meio da tecnologia. À cada dia aumenta a
insatisfação pelos cultos ligados à pregação do evangelho; cada dia cresce a
antipatia por aquilo que é bíblico, histórico e verdadeiro; cada dia amplia o
prazer por um sistema evangélico que é bem adequado aos costumes mundanos.
Quando o mundo é tão belo assim, ele tende a esquentar o fervor da natureza
carnal, por isso, as religiões que mais prevalecem são aquelas que mais ignoram
a verdade revelada e absorve o espírito do culto emocional. Assim vemos como
satanás desvia os crentes de uma fé intrépida, fiel e apegada à verdade
revelada, conforme nos foi entregue.
Cristo não espera que peçamos a ele
suas provisões de amor, porque ele já nos levou à sua “sala do banquete”. Os
crentes em Cristo não são os empregados da divindade; os santos foram unidos a
Cristo de tal maneira que ele os trata como estando nele; ele une todos os
santos e os intitula de “noiva”, “amada”, “querida”, etc. Expressões de afeto,
carinho, cuidado e ternura. É essa a lição que nos é transmitida em Cantares e
que está em pleno acordo com o que vemos nos ensinos passados a nós em Efésios,
Colossenses e outras cartas. A igreja comprada com o sangue não é a “empregada
doméstica” na casa de Deus. Os santos participam do amor de Deus, eles foram
chamados em Cristo para uma comunhão inigualável e indestrutível com Deus,
comunhão essa que só há entre o Pai e o Filho, conforme vemos em 1 João 1:1.
Assim convido meus leitores, crentes
sinceros em Cristo, a fim de que compartilhem dessa linguagem da noiva,
conforme vemos em Cantares, quando ela está expondo sua confissão acerca do
amor provedor do noivo para com a noiva: “Levou-me à sala do banquete...”.
Então, os que são crentes são aceitos, e chamados à esse lugar continuamente;
essas coisas maravilhosas, eternas e graciosas vieram a nós porque o Senhor as
conquistou e nos entregou na salvação. Somos pertencentes a Ele; somos para
sempre dele e nada, nada mesmo nos arrancará desse lugar de extraordinário
privilégio dado a homens, os quais antes estavam no pecado, mas que agora foram
aceitos no Filho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário