“Se,
pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. (João 8:32)
UMA APRESENTAÇÃO DO
GRANDE LIBERTADOR: “Se, pois, o Filho vos...”
Uma vez dada a introdução, minha
esperança é poder conduzir meus leitores por essas verdades tão maravilhosas da
graça libertadora em Cristo. Têm três assuntos que ouso destacar aqui. A
primeira é que precisamos conhecer o grande libertador, nosso Senhor Jesus
Cristo, justamente porque o verso mesmo traz Seu nome em destaque: “Se, pois o
Filho vos libertar...”. Em segundo lugar mostrarei que há um sério perigo em
que a alma esteja iludida com uma falsa libertação, e essa verdade está
embutida no fato que, se a libertação não veio do Filho, então realmente não
houve esse acontecimento tão maravilhoso e eterno. Em terceiro lugar mostrarei
as dimensões dessa libertação, porque o texto mostra isso no término do verso: “...verdadeiramente
sereis livres”. Não esqueçamos que nosso Senhor está mexendo com os arrogantes
judeus, os quais sustentavam a fé nos galhos podres de uma religião humanista e
sem qualquer fundamento da verdade e na verdade.
Quem é o grande libertador? Eis que o
próprio Senhor mostra ser o Filho de Deus: “Se, pois o Filho vos libertar...”.
As mentiras embutidas nos corações daqueles homens faziam com que eles
pensassem que eram livres aqui, só porque eram descendentes de Abraão;
acreditavam que eram melhores do que os gentios, por isso eram habilidosos em
conquistar pessoas de outras nações para fazerem parte da religião judaica. Mas
as palavras do Senhor vieram mostrar o quanto estavam iludidos; nosso Senhor
mostrou que aqueles homens não passavam de pecadores caídos em Adão, assim como
caiu toda raça; mostrou-lhes que eram pobres escravos do pecado, à semelhança
de qualquer pagão. Foi esse o ensino que Paulo transmitiu em Romanos 3: “Todos
estão debaixo do pecado”.
Em seguida vemos como as palavras do
Senhor mostra Sua autoridade como sendo Ele mesmo o Filho de Deus: “Se, pois o
Filho...”. Não houve outro nome; ele não apresentou Moisés, nem Abraão ou
qualquer outro destaque na história de Israel. Ele está dizendo que ali estava
o Filho perante Eles; ali estava o dono da casa, enquanto eles não passavam de
estrangeiros, peregrinos aqui. Ali estava o mesmo Deus que comunicou a Israel
desde Moisés. É claro que eles não podiam ver perante eles a face do grande EU
SOU; não viam porque eram cegos devido a dureza de seus corações. Ele estava
como que dizendo que veio ao mundo para isso e que mesmo a história de Israel
no Egito mostra que aquela libertação da tirania de Faraó foi feita pelas Suas poderosas
mãos; que foi Ele mesmo quem guiou Seu povo durante os quarenta anos pelo
deserto, até chegar à terra prometida – Canaã.
Nosso Senhor estava tomado de compaixão
por eles, porque eram elementos cercados pelas mentiras tão envolventes do
diabo. Nosso Senhor estava mostrando a verdade para eles, mesmo sabendo quão
obstinado eram seus corações e quão prontos estavam para assassiná-lo devido às
verdades que ouviram. Nosso Senhor conhecia o coração do homem e agora, como
homem Ele presencia os homens à sua frente. As palavras do Senhor dirigidas a
eles eram palavras vivas, espirituais, por isso elas mostravam a situação
espiritual e não meramente material. Por fora eram religiosos, desfrutavam
daquilo que acreditavam ser verdade. Mas por dentro estavam ali pecadores,
mortos em seus delitos e pecados, prontos para obedecer a voz da serpente,
assim como aconteceu no Éden.
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