“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor!
Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no
céu” (Mateus 7:21)
INTRODUÇÃO:
O cap. 7 de
Mateus é a conclusão do ensino acerca do reino dos céus. Neste cap. Nosso
Senhor mostra o perigo que os verdadeiros santos sempre enfrentaram – os falsos
mestres. Nosso Senhor deixa bem claro que os Dele são conhecidos pela
obediência e não por meras conveniências religiosas. Os religiosos que não são
Dele normalmente transmitem uma falsa confissão e vão apresentar a mesma coisa
quando estiverem perante o grande Juiz naquele Dia. Não há dúvida que
precisamos alertar a todos, especialmente porque em nossos dias vemos o quanto
satanás tem multiplicado o número de falsos mestres. Nos dias do Senhor aqui na
terra eram os fariseus que eram especialistas em conceder ao povo um sistema de
vida religiosa por fora, mas que em nada era realidade e vigor de corações
santificados.
Vida cristã
é confissão e não mera declaração. A Bíblia está cheia de ensinos que comprovam
esse fato. No Velho Testamento, o judeu que levava um animal para sacrifício teria
que confessar seu pecado antes que o animal fosse imolado. No Novo Testamento
vemos em Romanos 10:9: “Se com tua boca confessares...”; em 1 João 1:9: “Se
confessarmos os nossos pecados...”. Confissão é algo do coração; é mais do que
algo externo. Num casamento um homem e uma mulher confessa seu amor um para com
o outro. Deus sempre lidou com homens que confessaram. Davi manifestou sensível
confissão, assim que foi confrontado em seu terrível pecado cometido com
Bate-Seba e o assassinato de Urias (Salmo 51). Quando Raabe conversou com os
espias pode mostrar sincera confissão e propósito em seguir o Deus de Israel.
Enfatizo
isso porque sempre foi atividade de satanás em anular a verdade nos corações.
Deus requer a verdade no íntimo e não algo da emoção apenas ou dos pensamentos.
Muitos acreditam em Jesus, creem que ele morreu e ressuscitou; outros vão longe
em estudar as verdades poderosas da graça e sabem muito sobre grandes
doutrinas, mas desconhecem a salvação no íntimo. Uma coisa é ver uma fruta,
saber que é útil e saborosa, mas outra coisa é experimentar aquilo. Você sabe
que agua é salutar para o viver, mas só quem tem sede é que sabe o valor desse
líquido. Alguém pode estar com uma enfermidade e nada sentir de dores, por isso
não vai a um médico.
As verdades
eternas devem entrar no coração para a conversão do pecador. Quando Pedro
pregou no dia do Pentecostes houve ali um avivamento porque aquelas almas três
mil pessoas sentiram no íntimo seus miseráveis pecados e culpa por terem
crucificado o Senhor da glória. Nem sempre a confissão aparece nos lábios, mas
é algo do coração. No coração do convertido a confissão há de refletir no crê: “É
lícito se crês de todo coração”. Hoje vemos milhares de pessoas vivendo a
miserável religião dos sentimentos, e satanás se aproveita bem disso. Cultos
são preparados para que as pessoas cheguem a curtir a “presença de Deus” e o
que manda ali serão as declarações fundamentadas em sentimentos e não a verdade
conforme está escrito.
Por outro
lado temos meras letras. Nosso Senhor chamou a atenção dos judeus porque eles
eram conhecedores das letras, mas a verdade não havia entrado em seus corações
pelo poder do Espírito Santo. Alguém pode dizer que aceitou Jesus como
salvador, sem jamais ter conhecido o poder dessa salvação. Conheci uma senhora
que sempre dizia que, porque tinha aceito Cristo como Salvador ela era salva,
mas seu viver mostrava ser depravada e vil, nada tendo de temor ao Senhor. O
propósito de Deus na salvação dos pecadores é operar temor nos corações.
Milhares após a morte vão enfrentar a presença do Juiz e vão se justificar
perante Ele, mas ouvirá da parte do Senhor: “Nunca vos conheci”. Por isso
importa que nossas advertências cheguem aos corações de todos nestes enganosos
dias.
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