terça-feira, 28 de agosto de 2018

A FALSA CONFISSÃO (1)


                                
“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu” (Mateus 7:21)
INTRODUÇÃO:      
        O cap. 7 de Mateus é a conclusão do ensino acerca do reino dos céus. Neste cap. Nosso Senhor mostra o perigo que os verdadeiros santos sempre enfrentaram – os falsos mestres. Nosso Senhor deixa bem claro que os Dele são conhecidos pela obediência e não por meras conveniências religiosas. Os religiosos que não são Dele normalmente transmitem uma falsa confissão e vão apresentar a mesma coisa quando estiverem perante o grande Juiz naquele Dia. Não há dúvida que precisamos alertar a todos, especialmente porque em nossos dias vemos o quanto satanás tem multiplicado o número de falsos mestres. Nos dias do Senhor aqui na terra eram os fariseus que eram especialistas em conceder ao povo um sistema de vida religiosa por fora, mas que em nada era realidade e vigor de corações santificados.
        Vida cristã é confissão e não mera declaração. A Bíblia está cheia de ensinos que comprovam esse fato. No Velho Testamento, o judeu que levava um animal para sacrifício teria que confessar seu pecado antes que o animal fosse imolado. No Novo Testamento vemos em Romanos 10:9: “Se com tua boca confessares...”; em 1 João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados...”. Confissão é algo do coração; é mais do que algo externo. Num casamento um homem e uma mulher confessa seu amor um para com o outro. Deus sempre lidou com homens que confessaram. Davi manifestou sensível confissão, assim que foi confrontado em seu terrível pecado cometido com Bate-Seba e o assassinato de Urias (Salmo 51). Quando Raabe conversou com os espias pode mostrar sincera confissão e propósito em seguir o Deus de Israel.
        Enfatizo isso porque sempre foi atividade de satanás em anular a verdade nos corações. Deus requer a verdade no íntimo e não algo da emoção apenas ou dos pensamentos. Muitos acreditam em Jesus, creem que ele morreu e ressuscitou; outros vão longe em estudar as verdades poderosas da graça e sabem muito sobre grandes doutrinas, mas desconhecem a salvação no íntimo. Uma coisa é ver uma fruta, saber que é útil e saborosa, mas outra coisa é experimentar aquilo. Você sabe que agua é salutar para o viver, mas só quem tem sede é que sabe o valor desse líquido. Alguém pode estar com uma enfermidade e nada sentir de dores, por isso não vai a um médico.
        As verdades eternas devem entrar no coração para a conversão do pecador. Quando Pedro pregou no dia do Pentecostes houve ali um avivamento porque aquelas almas três mil pessoas sentiram no íntimo seus miseráveis pecados e culpa por terem crucificado o Senhor da glória. Nem sempre a confissão aparece nos lábios, mas é algo do coração. No coração do convertido a confissão há de refletir no crê: “É lícito se crês de todo coração”. Hoje vemos milhares de pessoas vivendo a miserável religião dos sentimentos, e satanás se aproveita bem disso. Cultos são preparados para que as pessoas cheguem a curtir a “presença de Deus” e o que manda ali serão as declarações fundamentadas em sentimentos e não a verdade conforme está escrito.
        Por outro lado temos meras letras. Nosso Senhor chamou a atenção dos judeus porque eles eram conhecedores das letras, mas a verdade não havia entrado em seus corações pelo poder do Espírito Santo. Alguém pode dizer que aceitou Jesus como salvador, sem jamais ter conhecido o poder dessa salvação. Conheci uma senhora que sempre dizia que, porque tinha aceito Cristo como Salvador ela era salva, mas seu viver mostrava ser depravada e vil, nada tendo de temor ao Senhor. O propósito de Deus na salvação dos pecadores é operar temor nos corações. Milhares após a morte vão enfrentar a presença do Juiz e vão se justificar perante Ele, mas ouvirá da parte do Senhor: “Nunca vos conheci”. Por isso importa que nossas advertências cheguem aos corações de todos nestes enganosos dias.

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