“Nem todo o que me diz: Senhor!
Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que
está no céu” (Mateus 7:21)
CONHECENDO UMA FALSA CONFISSÃO “Nem
todo que me diz...”
Notemos bem
que nosso Senhor não generaliza: “nem todo...”. Significa que há confissão
genuína no meio da falsa. Podemos dizer que alguém pode dizer ser um crente,
sem realmente ser. Já conheci muitos que frequentaram a igreja que seus pais
frequentaram; que foram levados quando eram pequenos, aprenderam versos e
cantaram hinos e corinhos, mas que nunca entenderam a salvação que há em
Cristo. A confissão verdadeira há de dizer “Senhor! Senhor!”, mas lábios não
purificados dirão a mesma coisa, por isso tudo deve ser visto à luz da prova e
do viver. Quando Simão abraçou a fé dava a impressão que tudo era gozo e
alegria em seu viver, mas foi por pouco tempo. Às vezes olhamos e pensamos que
aquilo que vemos é ouro puro, mas quando chegamos perto logo percebemos que não
tem nem peso nem valor de ouro.
Nosso Senhor
fala da semente e nem precisamos dizer algo daquela que foi tirada pela fome
das aves, porque com clareza jamais dariam fruto. Mas podemos pensar sim,
naquelas que caíram em terreno pedregoso e que brotaram em meio aos espinhos.
No início houve sim muita festa, choro e alegria; havia regozijo e os lábios
diziam “Senhor! Senhor!”. Mas não demorou muito para que tudo fosse
transformado em trapo e fracasso. Será possível que aquela lâmpada fosse
apagada tão facilmente? Ficamos eufóricos com muitos que professam a fé cristã
rapidamente e não queremos jamais duvidar de que houve salvação naquela casa.
Mas, eis que a planta murcha diante de um pequeno raio de sol da provação,
mesmo que caia chuva naquele terreno, não há qualquer sinal de que há vida.
Uma lição
que devemos aprender vem das palavras do Senhor: “Nem todo que me diz: Senhor!
Senhor!...”. Por essa razão importa que nunca devemos ignorar o fato que não
podemos nem devemos confiar no homem; seu coração sempre foi e será enganoso e
corrompido em qualquer aspecto, em qualquer lugar e em quaisquer
circunstâncias. Mesmo que o joio pareça com o trigo, se examinarmos bem
acharemos uma diferença entre as duas plantas. Poucos dias atrás estava com
minha esposa e paramos o carro perto de uma pequena árvore, porque seu parecia
ser um que conheçamos e de muito valor nutritivo. Rapidamente peguei vários
deles e levei para casa. Mas assim que abri cada verifiquei que não era aquilo
que esperávamos. Parecia, mas não era igual.
Precisamos
saber que satanás imita a fé e que habilidosamente ele faz com que muitos
pareçam que têm a fé verdadeira, quando realmente não são. Muitas vezes os
pregadores e pastores não têm qualquer controle na qualidade da fé, porque
batizamos os que afirmam que creem, mas que logo mostram que a fé não é a
verdadeira fé que suporta a provação e que produz fruto para a glória de Deus.
Já mencionei tanto a mulher do crente Jó. Foi no momento mais cruel que ela
revelou que sua crença não admitia em seu viver um Deus soberano. Outro detalhe
é que às vezes a fé verdadeira parece não ser real, porque falha, assim como
Pedro falhou quando quase afundou na água. Precisamos cuidar para que nossa
avaliação não seja errada. Alguns caem mas logo são erguidos e mostram sua
força. Não dou muito valor à confissão feita em ambientes festivos, porque
quando vem a chuva logo apaga as palavras escritas com giz.
Estamos
determinados a buscar a verdade da falsa confissão e da verdadeira confissão. O
que vem do Senhor é algo perfeito e durável para sempre, por isso a verdadeira
confissão jamais pode ser estragada, assim como o ouro jamais vem a estragar-se
com o tempo.
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