quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A FALSA CONFISSÃO (2)


                             

“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu” (Mateus 7:21)
CONHECENDO UMA FALSA CONFISSÃO “Nem todo que me diz...”
        Notemos bem que nosso Senhor não generaliza: “nem todo...”. Significa que há confissão genuína no meio da falsa. Podemos dizer que alguém pode dizer ser um crente, sem realmente ser. Já conheci muitos que frequentaram a igreja que seus pais frequentaram; que foram levados quando eram pequenos, aprenderam versos e cantaram hinos e corinhos, mas que nunca entenderam a salvação que há em Cristo. A confissão verdadeira há de dizer “Senhor! Senhor!”, mas lábios não purificados dirão a mesma coisa, por isso tudo deve ser visto à luz da prova e do viver. Quando Simão abraçou a fé dava a impressão que tudo era gozo e alegria em seu viver, mas foi por pouco tempo. Às vezes olhamos e pensamos que aquilo que vemos é ouro puro, mas quando chegamos perto logo percebemos que não tem nem peso nem valor de ouro.
        Nosso Senhor fala da semente e nem precisamos dizer algo daquela que foi tirada pela fome das aves, porque com clareza jamais dariam fruto. Mas podemos pensar sim, naquelas que caíram em terreno pedregoso e que brotaram em meio aos espinhos. No início houve sim muita festa, choro e alegria; havia regozijo e os lábios diziam “Senhor! Senhor!”. Mas não demorou muito para que tudo fosse transformado em trapo e fracasso. Será possível que aquela lâmpada fosse apagada tão facilmente? Ficamos eufóricos com muitos que professam a fé cristã rapidamente e não queremos jamais duvidar de que houve salvação naquela casa. Mas, eis que a planta murcha diante de um pequeno raio de sol da provação, mesmo que caia chuva naquele terreno, não há qualquer sinal de que há vida.
        Uma lição que devemos aprender vem das palavras do Senhor: “Nem todo que me diz: Senhor! Senhor!...”. Por essa razão importa que nunca devemos ignorar o fato que não podemos nem devemos confiar no homem; seu coração sempre foi e será enganoso e corrompido em qualquer aspecto, em qualquer lugar e em quaisquer circunstâncias. Mesmo que o joio pareça com o trigo, se examinarmos bem acharemos uma diferença entre as duas plantas. Poucos dias atrás estava com minha esposa e paramos o carro perto de uma pequena árvore, porque seu parecia ser um que conheçamos e de muito valor nutritivo. Rapidamente peguei vários deles e levei para casa. Mas assim que abri cada verifiquei que não era aquilo que esperávamos. Parecia, mas não era igual.
        Precisamos saber que satanás imita a fé e que habilidosamente ele faz com que muitos pareçam que têm a fé verdadeira, quando realmente não são. Muitas vezes os pregadores e pastores não têm qualquer controle na qualidade da fé, porque batizamos os que afirmam que creem, mas que logo mostram que a fé não é a verdadeira fé que suporta a provação e que produz fruto para a glória de Deus. Já mencionei tanto a mulher do crente Jó. Foi no momento mais cruel que ela revelou que sua crença não admitia em seu viver um Deus soberano. Outro detalhe é que às vezes a fé verdadeira parece não ser real, porque falha, assim como Pedro falhou quando quase afundou na água. Precisamos cuidar para que nossa avaliação não seja errada. Alguns caem mas logo são erguidos e mostram sua força. Não dou muito valor à confissão feita em ambientes festivos, porque quando vem a chuva logo apaga as palavras escritas com giz.
        Estamos determinados a buscar a verdade da falsa confissão e da verdadeira confissão. O que vem do Senhor é algo perfeito e durável para sempre, por isso a verdadeira confissão jamais pode ser estragada, assim como o ouro jamais vem a estragar-se com o tempo.

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