“Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei...”. (Mateus 11:27)
A GRAÇA DA CHAMADA.
Que prazer para mim poder
pregar esse evangelho! É minha responsabilidade erguer minha voz e publicar a
todos essas novas que vêm do céu à terra. Não tenho poder para dar vida; não
tenho capacidade alguma para atrair qualquer pessoa. O evangelho faz tudo isso,
porque a mensagem em si mesma está revestida de poder. Paulo afirma que o
evangelho é o dínamis de Deus (termo grego, de onde vem nosso vocábulo “dinamite”).
Quando os apóstolos pregavam, eles simplesmente entregavam o recado que lhes
fora confiado, porque sabiam que o poder era de Deus, para vivificar milhares
de corações ouvintes.
Quero tratar agora da graça
da chamada. É certo que a pregação do evangelho necessita da agulha da lei,
a fim de furar os corações, para que a graça traga o eficaz remédio em Cristo
para a cura do pecador. Precisamos usar essa “agulha” da lei, mas a agulha puxa
a linha que vai costurar o tecido. Os homens não terão a visão correta da
graça, enquanto não sentirem as pragas da lei envolvendo suas vidas em todos os
aspectos. É claro que a lei faz isso somente; ela não se envolve com a graça na
salvação; ela não tem qualquer participação daquilo que já foi mencionado
acima. O evangelho vem revestido de compaixão; é Deus descendo do céu com todas
as ferramentas conquistadas por Cristo, a fim de alcançar perdidos. A nossa
condição neste mundo é de réus culpados, condenados merecidamente. Fora da compaixão
de Deus não há quem possa condoer-se de nós aqui. Toda criação contempla nossa
miséria; a lei grita nossa maldição; os anjos são completamente impotentes para
nos socorrer. Estamos aqui cercados de toda miséria, interna e externamente.
Mais do que isso, a
misericórdia de Deus vem do céu a nós aqui, porque o próprio Deus se tornou
Homem e fez assim porque nos amou e quis entender o que significa a miséria de
ser homem. Ele pode olhar para nossa situação tão triste; ele pode se tornar
nosso perfeito mediador; Ele veio à terra, tornando-se homem, a fim de invadir
o céu sendo um representante nosso ali. Que graça! Seu chamado jamais será
feito para os anjos, mas sim para pecadores, porque ele se tornou homem e não
anjo. Também, ele convida pecadores e não os expulsa. Enquanto aqui esteve jamais
disse “não”, sempre sua voz foi de um gracioso “sim!”. Quando disse não foi
para satanás e insinuações diretas ou indiretas do inimigo. Até mesmo na cruz,
em meio às intensas dores pode dizer sim para o ladrão e o puxou para o Paraiso.
Nem Seus inúmeros algozes ouviram um “não” da parte dele, pois ali na cruz
rogou pelos homens loucos que praticavam tantas atitudes bestiais.
Finalmente, o chamado
gracioso do Senhor está revestido de eterno amor. Aliás Ele veio do céu movido
pelo amor. Na terra estavam seus eleitos, os quais caíram, tombaram em Adão e
estavam escravizados pelo diabo, para serem lançados no terror eterno. Quem
poderia arrancar essas almas dessa condição tão triste? Não foi o amor eterno
do Senhor? Quem pode explicar tal amor? Os que foram remidos não têm palavras;
os anjos estão perplexos com essa história, mas é o Espírito que registra esse
fato nos corações purificados. Os remidos são os poetas da graça, mesmo sendo
tão pequenos e incapazes de compreender as dimensões do amor de Cristo. Eles
fazem seus hinos sob a inspiração da verdade revelada; eles cantam, entoando
louvores ao Senhor. A verdade e iluminou seus corações e agora eles podem sim
dizer coisas maravilhosas acerca desse bem Amado:
Oh! Que amor glorioso!
Preço tão grandioso, que Jesus por mim na cruz pagou! Inaudita graça me mostrou!
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