quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A FÉ QUE VEM DE DEUS (2)


                             
“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:1-10)
CRISTO À PROCURA DA GENUÍNA FÉ.
        A introdução é como a calçada da casa onde paramos para comentar o que esperamos ao entrar e conhecer o interior daquela residência. Minha esperança é que pude dar uma boa introdução, a fim de que seja despertado um genuíno interesse pelo conteúdo do tema. Nosso Senhor havia atravessado Jericó e marchava em direção à casa de Zaqueu; não há dúvida que milhares criam Nele e esperavam que o Nazareno viesse a realizar mais milagres. Mas o Senhor simplesmente se encaminhou no propósito de encarar a fé daquele que Ele veio buscar e salvar. Zaqueu era uma alma mui preciosa, porque o Pai o entregou ao Filho; aquele encontrou fazia parte da agenda do Senhor e era Seu propósito encontrar aquele a quem Ele veio buscar e salvar.
        Em nossa abordagem inicial vou tratar sobre Cristo à procura da genuína fé. Quando uso o verbo “procurar” vem à nossa mente a ideia de não saber onde está aquilo que procuramos. Às vezes procuro algo e tenho muita dificuldade em achar, mas minha esposa é mui habilidosa em procurar e achar as coisas para mim. Mas não é o caso de Deus, porque a procura Dele não é a nossa forma de procurar. Nosso Senhor não está nem nunca estará perdido à busca daquilo que é tesouro para Ele. Aquele que conhece as bilhões e bilhões de estrelas, chamando-as todas pelo nome, não há de saber onde está cada um daqueles que Ele Se dispôs a salvar? Nosso Senhor mesmo deixa claro em João 10 que Ele conhece as Suas ovelhas e que nem sequer uma delas Ele a perderá. Assim não seremos levados em nossas próprias e errôneas conclusões quando deparamos com palavras como esta.
        Outro detalhe é que nosso Senhor jamais ignorou a multidão; Ele era sensível às necessidades de todos e sabia perfeitamente a situação física, mental, social e econômica, onde o pecado atirou toda raça. Por isso nosso Senhor não cessava em mostrar Sua bondade, ternura e compaixão por todos. Porém, nosso Senhor não se afastou de Sua missão para a qual veio ao mundo; Ele assentou-Se sobre a vontade de Deus e tomou a direção da cruz; Sua missão deveria ser cumprida e a conquista da salvação dos perdidos deveria ser alcançada mediante Seu sacrifício na cruz. Ele era o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Incrível! A oferta de Abel, de Noé, de Enoque e de outros milhares de santos era apenas um símbolo daquilo que aconteceria na plenitude dos tempos e todos os planos feitos na eternidade já tinham sido executados nos propósitos de Deus.
        Por essa razão salvar Zaqueu antes da cruz era a mesma coisa que salvar após a cruz. Foi assim que milhões de homens e mulheres foram achados pela graça no Antigo Testamento. Seu sangue era válido porque Seu sacrifício veio da eternidade e não há ninguém que possa destruir aquilo que Deus mesmo estabeleceu. Também, entendemos que os eleitos são atraídos e esse poder de atração é mostrado neles mediante a fé, mesmo antes de sua salvação. Nota-se que Zaqueu foi ver Jesus, sem saber que o Senhor pararia debaixo daquele sicômoro e iria chama-lo. A fé antecipada muitas vezes não sabe o que acontecerá, mas alimenta-se de esperança. A fé avança-se na direção da graça e então há um encontro glorioso e transformador. Uma jovem pode apaixonar-se por um moço e viver na esperança de que um dia ele se interessará por ela. Pode bem ser que um dia ele apareça para dizer-lhe o quanto a ama e que deseja casar com ela.
        Assim ocorre com a fé, até que tenha um encontro com a mesma graça que lhe atraiu. Foi exatamente isso o que aconteceu com Zaqueu e com o ladrão na cruz, porque esses homens jamais esperavam esse ato da graça em suas vidas. Mas essa é a bem-aventurança da salvação, porque toma pecadores de surpresa para esse evento maravilhoso.

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