“Preparas-me uma mesa na presença dos meus
adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda (Salmo 23:5)
SUSTENTADO NO BANQUETE “Preparas-me
uma mesa” (segunda)
Caro
leitor, estamos vendo em João 5 como é impressionante esta passagem que mostra
o fato que Jesus veio ao mundo para dar vida. Ele está em confronto com os
fanáticos judeus que O censuravam pelo fato que Ele havia curado o doente no
sábado.
Em
primeiro lugar, o Senhor dá um terrível “golpe” contra o “Santo” dia tão
venerado pelos judeus, quando disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho
também” (João 5:17). O que o Senhor Jesus estava querendo dizer com isso? A
lição que temos nesta passagem é empolgante. Estava ali o criador, o verbo que
estava com o Pai na criação (João 1:3). Em seis dias toda criação foi feita, e
no sétimo dia, Deus descansou dando término à sua obra. Mas, o pecado entrou e
destruiu a perfeita criação de Deus. É como se alguém tivesse construído uma
bela casa, dando completo acabamento, mas de repente vem um vendaval destruindo
tudo. Foi assim com a entrada do pecado neste mundo, assolando tudo o que Deus
havia feito, trazendo ruína e morte. Jesus está como que dizendo aos arrogantes
judeus: “Como é que meu Pai e eu podemos descansar se tudo foi destruído”? É
lógico que aquilo que Jesus havia falado a respeito do sábado e da Sua ligação
com Seu Pai, fez com que os fanáticos judeus se revoltassem contra o Senhor.
Ele havia como que “mexido numa casa de maribondos”.
Mas,
é a partir do verso 19, que Jesus começa mostrar o trabalho que Ele, como Filho
de Deus, veio fazer aqui neste mundo. A cura daquele homem enfermo foi apenas
uma pequena demonstração de uma reforma externa e transitória, consertando algo
que o pecado destruíra. Ele disse aos judeus no verso 20, que eles iriam ficar
maravilhados com maiores obras que Ele, o Filho iria fazer. Que obras são
essas? Encaremos o que nosso Senhor fala no verso 21: “Assim como o Pai
ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem
quer”. Nosso Senhor está mostrando que o maior milagre por parte de Deus não
está num benefício passageiro, como um milagre físico, ou em outros benefícios
temporais, que tanto este mundo procura.
Eis
que nesse cap. 5 de João, o Senhor afirma que Ele veio a este mundo com a
autoridade dada pelo Seu Pai, para conceder vida aos pecadores. É exatamente
isso que Ele está fazendo, quando salva um pecador, arrancando-o das trevas
para a Sua maravilhosa luz. Ele concede ao salvo vida eterna, porque o pecador
no pecado encontra-se morto. Afinal, tem um milagre maior do que dar vida aos
mortos? A maior desgraça ocasionada pelo pecado foi matar o pecador
espiritualmente.
Na mesa do BANQUETE DA GRAÇA está essa poderosa obra, que
Deus tem feito em favor dos remidos. Ao conceder vida eterna a pecadores, Deus
está demonstrando aos adversários o fato que Ele não é Deus de mortos, mas sim,
de vivos. A morte é o resultado do pecado no homem: “Assim como por um só homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a
todos os homens porque todos pecaram” (Romanos 5:12). Caro leitor, a situação
física causada pelo pecado na raça humana nem um pouco pode ser comparada à
triste condição interna do pecador. Diante de Deus ele está morto, sem a vida
que há no filho; não pode, nem sequer dá um passo em direção a Deus porque
precisa da vida que há somente no Filho. (continua)
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