“Mas se não fizerdes assim, estareis
pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar”
(Número 32:23).
O
JUIZO DE DEUS
Prezado
amigo, se os homens soubessem quanta desgraça o pecado traz, jamais buscariam
seus prazeres momentâneos. Mas estou certo que, mesmo que toda miséria
ocasionada pela iniqüidade seja contemplada; mesmo que os terrores aqui e no
inferno pudessem ser presenciados, em nada alteraria a disposição do coração em
partir rumo ao pecado com voracidade. Como uma fera que busca a presa, assim é
o coração disposto a pecar. Às vezes os homens fogem assustados como uma gazela
em face de um perigo mortal, mas logo o medo desaparece e reinicia sua busca
pelas paixões. Você pode espantar um pernilongo que lhe cerca na tentativa de
chupar seu sangue, mas não vai demorar em que ele retorne. É assim o homem no
pecado. Somente o poder de Deus é capaz de refrear o mal incontido no coração
enganoso e enganado da raça caída em Adão (Jeremias 17:9).
Amnon
conseguiu o intento maligno e terrorista contra sua própria Irmã, porém como
sempre acontece, o pecado é odioso e odiado, cercando o ambiente de ódio,
contenda e vingança. O mal floresceu dentro da família real, foi retirado o
ambiente de temor, de respeito mútuo, de segurança e tranqüilidade. Não tendo
um padrão de punir o culpado segundo a lei, consequentemente o mal criará
raízes e atrairá outros males ainda maiores.
Não
podemos passar por cima da iniqüidade. O pecado deve ser punido imediatamente,
senão o ambiente será infestado de fermento da maldade; um falso sentimento de
amor crescerá; uma aparência de bondade permissiva cercará o ambiente, a
justiça e juízo desaparecerão e a maldade há de explodir como uma dinamite. Ninguém
consegue estabelecer sua vida, seu lar, seus negócios, sua religiosidade, tendo
como base a iniqüidade. É como construir uma casa sem qualquer alicerce, logo
ruirá. Amnon estava agora cercado de ódio por causa de sua atitude infame; o
espírito de vingança estava perto dele e não demoraria em que sua maldade fosse
visitada pela fúria tempestuosa de Absalão, seu irmão. Absalão era um assassino
frio e calculista, por isso conseguiu atrair Amnon para longe do palácio, num
lugar adequado onde pode por um ponto final a vida de Amnon (2 Samuel 13).
Prezado
amigo, compensa a prática do pecado? Compensa ver filhos destruídos, filhas
abandonadas à insegurança deste mundo? Compensa ver os verdadeiros valores
atirados fora de nossas vidas como se fossem lixos, porque simplesmente
trocamos o bem pelo mal, porque preferimos que a maldade viesse habitar em
nossa casa e ser nosso bichinho de estimação? Quanta tristeza e angústia para
um coração de um pai! Uma filha estuprada, um filho assassinado pelo próprio
irmão! Quanta dor para um coração paterno! Davi estava consciente que todo esse
mal que chegava à sua vida e sua casa como águas de enchente, era culpa sua. A
colheita do mal veio como sempre amarga.
Agora
me dirijo a você, querido leitor. Almejo que essas verdades cheguem aos
corações para um grande quebrantamento. Quando os homens são humilhados, Deus é
exaltado! Mas é na humilhação que corações são visitados e erguidos por esse
maravilhoso Senhor. A mão Dele é forte para socorrer os aflitos e abatidos de
espírito (Isaías 66:2). Não tenho outra intenção, senão ajudar meus leitores no
conhecimento da doce verdade salvadora. Enquanto o pecado não for descoberto e
sua face de terror manifestada, ninguém vai querer saber de Cristo Jesus. Os
homens no pecado querem uma igreja, querem um ingresso para o céu, mas nada
querem da glória do Filho de Deus. Quando homens e mulheres vão ao pó, então o
Rei da Glória está pronto para entrar e tomar lugar em seus corações:
“levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória (Salmo 24:9).
Que
momento precioso para que homens e mulheres conheçam o maravilhoso amor de
Cristo que perdoa o culpado e purifica o sujo coração! (1João 1:9).
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