“Porque o meu povo fez duas maldades: a mim
me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas
rotas, que não retêm as águas”
(Jeremias 2:13).
Prezado
leitor prossigo em mostrar que a raça caída trocou a fonte de glória pela
miséria. Já pude mostrar como isso aconteceu fisicamente. Também a raça não
pode vislumbrar a glória de Deus vista na criação. Seus olhos tapados e
seus corações endurecidos impedem que vislumbrem as maravilhas do Criador na
criação. Toda obra de Deus deveria ser motivação louvores, cânticos e
admiração, tributos de adoração ao todo poderoso, mas os homens no pecado
querem furtar a glória Deus, querem transferir para eles a glória e louvor que
pertencem tão somente a Deus. Eis aí a essência do pecado – não dar a Deus a
glória que é exclusiva Dele. O poder e a divindade estão em cada obra criada,
desde a mais simples até a mais poderosa, tudo celebra a majestade e
sublimidade desse Criador perfeito e maravilhoso.
O
efeito do pecado é profundo nos corações de todos, desde o simples indígena
ignorado na longínqua tribo, até ao mais inteligente cientista. Há uma
unanimidade no orgulho e na disposição de recusar dar a Deus a glória que Lhe
pertence. Estão aptos para criar seus ídolos em seus corações, venerá-los e
admirá-los; a seus deuses vão atribuir toda honra e louvores. Seus ídolos
demonstram a loucura e a insensatez do pecado; seus ídolos relatam a horror
daquilo que está em seus corações e as cerimônias ocultas que realizam. Estão
lançados fora do reino de Deus, não podem vê-lo (João 3:3). O reino deles é o
reino mundano completamente enfeitado de mentiras e de glórias mundanas e
satânicas. No reino de Deus os santos, pela fé obediente dão louvores ao
Senhor, e mesmo naquilo que não podem entender, eles estão certos que o Senhor
é Soberano, perfeito e glorioso naquilo que fez, por isso é digno de ações de
graças (Salmo 105:1).
Atirados
como estão longe da glória de Deus, o poder tirano e enganador do pecador
arrancou dos homens o poder da compreensão. Mesmo que toda verdade chegue
perante eles com prova clara e conclusiva, eles não conseguem vislumbrar a
glória de Deus. Tudo é visto por eles à luz de uma compreensão natural e não
espiritual, e tudo é tomado como se fosse deles, como obra que a natureza
entregou aos homens. Então, estão aptos para admirar e louvar, admirar e temer
a criatura e não o Criador (Romanos 1:25). Envolvidos nessa festa da natureza
eles não percebem o perigo que envolve o culto oferecido à criatura e não ao
Criador, porque toda natureza foi feita por Deus e para Deus (Colossenses 1:16)
e obedece às ordenanças do Criador. Separados da glória de Deus, homens e
mulheres sob o engano do pecado não percebem que são intrusos na criação; que
não são desejáveis neste mundo e que a presença deles conspurca a pureza e
santidade daquilo que veio das mãos do Santo criador.
Digo
mais que uma vez que trocaram a fonte de glória, certamente estão separados
da glória da santidade de Deus. No pecado eles não conseguem entender o
caráter santo de Deus visto na lei. Ó como o Senhor revelou essas maravilhosas
verdade! Ó como a bendita lei proclama em alto e bom som que Deus é Santo,
Santo e Santo! Cada página da lei aberta anuncia essa poderosa verdade, que
Deus é imutável em Sua santidade e pureza. Tal verdade foi revelada a fim de
que homens e mulheres pudessem temer e tremer diante Dele; para que homens
pudessem curvar e clamar Sua misericórdia ao compreender que são miseráveis e
merecedores do castigo. É perante a perfeita lei que Deus revela Seu ódio
contra todo e qualquer tipo de iniquidade e que as consequências são
eternamente desastrosas. Viver no pecado é resistência a Deus; é desafiar o
Alto e Sublime trono; é declarar que está querendo roubar de Deus aquilo que é
Dele.
Não
tem alternativa para o pecador a não a humilhação. A resistente soberba do
coração atrai a resistência de Deus e quem pode intrometer-se contra Ele? Caro
leitor, curve-se perante o cetro da graça! Aproveite essa rica oportunidade
para buscar o socorro e livramento do Senhor! Lembre-se da história da cruz e
como foi lá que o Filho de Deus se tornou o perfeito substituto do perdido
pecador, a fim dar-lhe completa e perfeita salvação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário