“E acrescentou: Senhor, lembra-te
de mim quando vieres no teu reino” (LUCAS 23:42)
FOI
UMA PETIÇÃO PODEROSA
Caro leitor, entendendo a petição feita
por aquele moço, podemos entender onde a fé que invoca o Nome do Senhor pode
chegar. Que salvação grandiosa é estendida a todo pecador! Quando um homem
convicto de seus pecados chega a Cristo pedindo-Lhe a salvação, tal petição
marca o início da nova vida, a vida eterna que há no Filho de Deus. Aquela
petição foi o suficiente para abrir-lhe os portais do paraíso e ser aceito ali
como uma alma desprovida de qualquer culpa. Então, que os leitores saibam que
aquela salvação outorgada ao ladrão na cruz é a mesma salvação que Cristo
oferece graciosamente aos pecadores arrependidos. O tamanho da salvação é o
mesmo, não importa se alguém está bem pertinho da morte, ou se vai viver muitos
anos ainda neste mundo. A salvação é igual a todos os pecadores, porque todos
pecaram e são igualmente culpados.
Mas vamos ao término dessa
limitadíssima explicação do texto. Creio que aquela petição marcou um
encontro de verdadeira adoração. Caro leitor, o termo que mais circula-se
entre os evangélicos modernos é “adoração”. Mas quando examinado à luz das
Escrituras percebe-se que nada tem com a adoração bíblica. O que vemos em
muitos casos chega a ser palhaçada e bizarrice e deduzimos que não passa de ser
elementos que se passam de crentes, a fim de introduzir esse sistema mundano
dentro das igrejas, a fim de lançar fora o sistema antigo de culto.
Mas aprendamos a realidade da
verdadeira adoração quando vemos um convertido. Na conversão o homem adora a
Deus em espírito e em verdade, porque toda sua alma vai de encontro ao Senhor. Ao
ver Jesus como o Filho de Deus, como Jeová que se fez carne e entrou neste
mundo para trazer livramento eterno aos pecadores, certamente o coração se
inclina para adorar esse Senhor. Adoração verdadeira é o encontro entre o
pecador e o Salvador; entre nossa ruína e a grandeza de Deus. Aquela petição
foi um misto de oração, súplica e ações de graças. Foi uma alma derramada
perante o Senhor, porque ele foi achado pelo Deus de amor.
Aquela petição também sobrevoou
acima de toda expectativa mundana. Ele chegou onde a incredulidade jamais
chegará; obteve honras que jamais os poderosos deste mundo conseguirão. Ele foi
elevado aos lugares celestiais pela fé; estava onde nenhum ouvido carnal
poderia ouvi-lo; de onde os infames inimigos não poderiam alcançá-lo. Era
somente ele e Seu Salvador e poderia para sempre esquecer seu triste passado
com todas as misérias praticadas. O mundo jamais saberia que ele foi posto num
lugar de honras, onde somente a fé dada aos santos pode chegar.
Enfim, sua petição alcançou ideais
eternos. Chegou onde a dor, a tristeza, as lágrimas, a miséria, o luto, o
terror e outras múltiplas desgraças do pecado jamais poderiam entrar. Deixou
para traz o falso paraíso, a fim de entrar no Paraíso verdadeiro. Foi saudado
como um príncipe pelos anjos e foi aclamado pela grande multidão de salvos.
Entrou para sempre na glória mediante a preciosa a justiça de Cristo, da mesma
maneira que ali entrou Abraão e outros. Perante seus olhos estava sua
verdadeira família, com a qual viveria para sempre.
Caro leitor, é óbvio que você não precisa
fazer a mesma petição. O que importa é a atitude de coração, partindo de uma
alma arrependida, a fim de alcançar o que aquele moço alcançou. Lembre-se que
não há diferença entre os pecadores, pois todos igualmente devem se arrepender.
O paraíso celestial é o lugar de pecadores, enquanto o inferno é o lugar
daqueles que estão confiantes em sua própria justiça.
Neste momento, pode bem ser que haja
uma alma arrependida, um coração que anseia essa tão grande salvação. Venho lhe
dizer que essa porta da graça está aberta para você, a fim de que agora mesmo
você seja salvo.
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