“Mas se não fizerdes assim, estareis
pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar”
(Número 32:23).
O
JUIZO DE DEUS
Prezado
leitor, meu labor consiste em mostrar biblicamente qual é a terrível atuação do
pecado por meio de instrumentos humanos e quais são as conseqüências. Não
compensa caminhar pelas veredas tortuosas; não compensa a busca pelas paixões.
Compensa sim, o temor devido ao Senhor e santidade no viver. Todo meu trabalho
tem em vista levar pecadores ao conhecimento do sangue remidor do Cordeiro de
Deus, pois nesse há toda provisão para sanar todos os males do pecado. Não há
outro meio, todos os outros caminhos são invenções astuciosas do próprio
pecado, a fim de manter pecadores entretidos, sem que percebam os perigos
terríveis que lhes cercam. O pecado há de mostrar seu terror, se não o fizer
nesta vida, fatalmente o fará na eternidade.
Como
o pecado perseguiu implacavelmente Davi! Obviamente aquele quebrantado homem de
Deus sabia disso, por essa razão estava pronto a sofrer as tristes
conseqüências sem qualquer reclamação. Agora o rei não tinha mais qualquer
condição espiritual para julgar sua família, nem tampouco o reino. A ira de
Deus contra o pecado, por causa do Nome do Senhor, primeiramente atingiu a
criança que nascera fruto desse relacionamento proibido. Preste atenção nas
palavras vindas de Deus por meio do profeta: “Todavia, porquanto com este feito deste
lugar a que os inimigos do Senhor blasfemem, o filho que te nasceu certamente
morrerá”
(2Samuel 12:14). Como tenho dito, a
principal ocupação de Deus é com a glória do Seu Nome. A honra Dele, a glória
Dele perante as nações estão acima de nosso conforto, segurança e direitos
pessoais. O reinado de Davi era prova da graça e misericórdia de Deus sobre Seu
povo, e do juízo Dele sobre as nações vizinhas. Por meio de Davi Deus promovia
Seu louvor, para que as nações soubessem que o Deus de Israel era o único
soberano, glorioso e exaltado acima de todos os deuses. Portanto, o pecado de
Davi foi uma afronta ao Nome bendito! Sua iniqüidade foi uma tentativa de
ocupar o lugar de Deus, buscando para si mesmo a glória advinda do pecado, e ao
fazer isso, conquistou vanglória e tomou o mesmo caminho de lúcifer. Ao tirar a
vida da criança, Deus declarava ao rei Sua soberania, Seu direito de deixar com
vida ou de matar: “Vede agora que eu, eu o sou, e não há outro deus
além de mim; eu faço morrer e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem
possa livrar da minha mão” (Deuteronômio 32:39). Ó, quanto engano a respeito
de Deus em nossos dias! Por esta razão vemos nítida ausência do temor devido ao
Senhor.
Ali
no palácio Deus implantou Sua glória em julgar; a ira de Deus punindo o pecado
cravou sobre o coração do rei, emudecendo a todos e trazendo luto, ao invés de
alegria; trazendo choro, ao invés de gozo; trazendo jejum e quebrantamento, ao
invés de festas e danças. Ali no palácio Deus estava esmagando o poder da
carne, mostrava Seu terror ao castigar com violência o pecado; fez brilhar sua
justiça e fez cair com grande impacto Seu glorioso juízo. O palácio em
Jerusalém não era lugar para bacanal, para as orgias, para os mesmos
procedimentos abomináveis praticados pelos pagãos. O trono de Davi era o
símbolo do trono de Deus e a glória de Deus era presente, por isso o castigo
não tardou em descer de forma trágica.
Meu
amigo leitor, quanto espero que essa verdade venha causar grande impacto de
temor e tremou aos meus leitores! Estou certo que este tema não será bem-vindo
a muitos corações, mas me sentirei grato se alguns corações forem tocados pela
verdade. Cristo veio ao mundo, não para ser ministro do pecado. Cristo não veio
para dar um bilhete de segurança para o céu, a fim de que os homens usem uma
falsa segurança como trampolim para pular em suas práticas malignas. Cristo
veio para libertar homens e mulheres da triste escravidão e fazer deles homens
e mulheres humildes e dependentes do Senhor no viver pela graça.
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