sexta-feira, 13 de junho de 2014

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (27)




“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
                                                        O JUIZO DE DEUS
         Prezado leitor, meu labor consiste em mostrar biblicamente qual é a terrível atuação do pecado por meio de instrumentos humanos e quais são as conseqüências. Não compensa caminhar pelas veredas tortuosas; não compensa a busca pelas paixões. Compensa sim, o temor devido ao Senhor e santidade no viver. Todo meu trabalho tem em vista levar pecadores ao conhecimento do sangue remidor do Cordeiro de Deus, pois nesse há toda provisão para sanar todos os males do pecado. Não há outro meio, todos os outros caminhos são invenções astuciosas do próprio pecado, a fim de manter pecadores entretidos, sem que percebam os perigos terríveis que lhes cercam. O pecado há de mostrar seu terror, se não o fizer nesta vida, fatalmente o fará na eternidade.
         Como o pecado perseguiu implacavelmente Davi! Obviamente aquele quebrantado homem de Deus sabia disso, por essa razão estava pronto a sofrer as tristes conseqüências sem qualquer reclamação. Agora o rei não tinha mais qualquer condição espiritual para julgar sua família, nem tampouco o reino. A ira de Deus contra o pecado, por causa do Nome do Senhor, primeiramente atingiu a criança que nascera fruto desse relacionamento proibido. Preste atenção nas palavras vindas de Deus por meio do profeta: “Todavia, porquanto com este feito deste lugar a que os inimigos do Senhor blasfemem, o filho que te nasceu certamente morrerá” (2Samuel 12:14).        Como tenho dito, a principal ocupação de Deus é com a glória do Seu Nome. A honra Dele, a glória Dele perante as nações estão acima de nosso conforto, segurança e direitos pessoais. O reinado de Davi era prova da graça e misericórdia de Deus sobre Seu povo, e do juízo Dele sobre as nações vizinhas. Por meio de Davi Deus promovia Seu louvor, para que as nações soubessem que o Deus de Israel era o único soberano, glorioso e exaltado acima de todos os deuses. Portanto, o pecado de Davi foi uma afronta ao Nome bendito! Sua iniqüidade foi uma tentativa de ocupar o lugar de Deus, buscando para si mesmo a glória advinda do pecado, e ao fazer isso, conquistou vanglória e tomou o mesmo caminho de lúcifer. Ao tirar a vida da criança, Deus declarava ao rei Sua soberania, Seu direito de deixar com vida ou de matar: “Vede agora que eu, eu o sou, e não há outro deus além de mim; eu faço morrer e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar da minha mão” (Deuteronômio 32:39). Ó, quanto engano a respeito de Deus em nossos dias! Por esta razão vemos nítida ausência do temor devido ao Senhor.
         Ali no palácio Deus implantou Sua glória em julgar; a ira de Deus punindo o pecado cravou sobre o coração do rei, emudecendo a todos e trazendo luto, ao invés de alegria; trazendo choro, ao invés de gozo; trazendo jejum e quebrantamento, ao invés de festas e danças. Ali no palácio Deus estava esmagando o poder da carne, mostrava Seu terror ao castigar com violência o pecado; fez brilhar sua justiça e fez cair com grande impacto Seu glorioso juízo. O palácio em Jerusalém não era lugar para bacanal, para as orgias, para os mesmos procedimentos abomináveis praticados pelos pagãos. O trono de Davi era o símbolo do trono de Deus e a glória de Deus era presente, por isso o castigo não tardou em descer de forma trágica.
         Meu amigo leitor, quanto espero que essa verdade venha causar grande impacto de temor e tremou aos meus leitores! Estou certo que este tema não será bem-vindo a muitos corações, mas me sentirei grato se alguns corações forem tocados pela verdade. Cristo veio ao mundo, não para ser ministro do pecado. Cristo não veio para dar um bilhete de segurança para o céu, a fim de que os homens usem uma falsa segurança como trampolim para pular em suas práticas malignas. Cristo veio para libertar homens e mulheres da triste escravidão e fazer deles homens e mulheres humildes e dependentes do Senhor no viver pela graça.

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