“Como ovelhas são postos na sepultura; a morte é o seu pastor; eles
descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é
o lugar em que habitam. Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois
ele me tomará para Si” (SALMO 49:14,15).
A MORTE DO SALVO: “Mas Deus remirá a minha alma...”
Caro leitor vamos
juntos analisar nesse texto as lições preciosas que o Espírito de Deus tem para
nosso ensino acerca da morte do salvo. Já introduzi o assunto mostrando que
todo verdadeiro crente tem consciência da transitoriedade desta vida. Aliás,
essa é a função do evangelho, mostrar ao pecador a visão real das coisas;
tirá-lo desse sistema escravizador dominado pelo pai da mentira e levá-lo a ver
o caminho certo, rumo ao céu.
A segunda lição é
que, mesmo sabendo que há de morrer; que um dia há de deixar este vale da morte
a fim de morar no céu, o crente, entretanto vive com sabedoria. O crente não se
apressa para morrer, ele simplesmente anda normalmente pelo caminho reto, até que
entre na Cidade Santa (Apocalipse 21:27).
Creio que devo
expor o assunto de uma forma ainda mais clara. Digo
e afirmo que o corpo não é rejeitado aqui enquanto vive, mas é usado para
finalidade de glorificar a Deus (Romanos 12:1). Caro leitor, notemos bem
que Deus em Sua graça, agindo soberanamente no território do pecado, tomou do
mesmo barro e fez cada crente para ser mostrado neste mundo como vaso de
misericórdia (Romanos 9:22). Acredito que esse é um dos mais extraordinários
ensinos acerca do trabalho da Graça de Deus.
Notemos
bem que a graça fez com que o vaso de barro fosse preparado de tal maneira para
que se tornasse habitação do Espírito de Deus. Por incrível que pareça, vasos
de barros são usados por Deus para santuário de Deus; Deus está usando esse
frágil corpo como um cofre, a fim de ser utilizado como o lugar do seu tesouro.
Então, os crentes normalmente valorizam seus corpos, utilizando-os de forma
diferente da maneira como os ímpios utilizam seus vasos de barro neste mundo.
Cada
crente deve primeiramente encarar seu corpo como dádiva maravilhosa de Deus: “Foi
Ele quem nos fez e Dele somos...” (Salmo 100). Os incrédulos tomam seus
corpos para enchê-los de corrupção, maldade, vícios, etc. Seus corpos são
utilizados como veículos de paixões e prazeres, por isso gastam com seus corpos
e anseiam dar vazão aos seus sentimentos baixos e vis. Mas pela graça os salvos
escaparam dessa vã maneira de viver. Mesmo sabedores com certeza que seus
corpos serão desfeitos nesse pó, os santos de Deus não procuram a morte com
insensatez, como os ímpios fazem isso com seus corpos. Os santos de Deus sabem
que o segredo de viver é agradar a Deus e não encher seus cálices (corpos) do
veneno do pecado.
Caro
leitor, que você medite bem nesse ensino. Os santos de Deus são os que mais
querem viver neste mundo, mas de uma forma sábia e útil. São eles que dão cores
à vida aqui; são eles quem promovem o bem deste mundo; são eles quem santificam
tudo ao derredor e ensinam que a verdadeira humanidade é estar em Cristo.
Entretanto, não significa que eles amam este sistema mundano. Pelo contrário,
os crentes odeiam o sistema maligno e mentiroso deste mundo e sabem bem que o
sofrimento aqui é causado pela maldade do pecado.
Então,
o mundo pode aprender com os santos, porque são eles que declaram a todos que
Cristo venceu a morte. Os santos choram sim quando perdem seus entes queridos,
mas não há desespero e sim esperança. Os santos ensinam ao mundo que tudo aqui
passará, mas que há uma razão de viver – a glória de Deus. Eles aprendem que
podem dar graças por tudo (1 Tessalonicenses 5:18) e que esse Deus maravilhoso
é o Criador de todas as coisas, por isso é digno de toda adoração. Com a presença
dos santos a morte é vista desarmada e destruída. São os santos que na hora
final podem celebrar o hino que marca sua chegada à perfeição eterna, por causa
da suprema vitória de Cristo.
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