“Mas
com inundação transbordante, acabará de uma vez com o lugar desta cidade; com
trevas perseguirá o Senhor os Seus inimigos” (Naum 1:8).
Caro leitor convido-lhe a examinar com mais profundidade
essa incrível e reveladora frase vista em Naum 1:8: “...com trevas perseguirá o
Senhor os Seus inimigos. Não esqueça que o pequeno livro trata-se da investida
do Senhor contra a cidade de Nínive, destruindo em Sua ira aquele povo rebelde
e perverso e apagando os assírios da face da terra. O livro de Naum foi
inspirado a fim de mostrar aos homens em todos os tempos, especialmente nesta
atual geração, que Deus, o Deus da revelação bíblica odeia o pecado; que homens
e mulheres que ainda vivem na prática da iniquidade estão debaixo da Sua Ira; e
que Ele persegue com trevas esses inimigos.
Já pude mostrar a vocês que aprisionados nas trevas os
pecadores estão deitados num gostoso colchão do bem-estar. Cercados de trevas
homens e mulheres peregrinam neste mundo sem consciência dos perigos eternos
que rondam suas almas. Nas trevas há uma enganosa felicidade achada nos
prazeres. No mundo satanás mantém as almas entretidas em seus prazeres
carnais; aprisionados nas trevas o viver só tem sentido quando homens e
mulheres podem satisfazer seus interesses mundanos, transitórios e carnais.
Segundo o livro de Eclesiastes os melhores homens deste mundo vivem à luz
daquilo que experimentam “debaixo do sol”; não veem outra luz e toda sua
esperança está na incerteza de um futuro mundano melhor.
Aprisionados nas trevas o valor da vida consiste em ter
bens, prazeres e gozar desta vida o máximo que puder. Nas trevas os inimigos de
Deus falam de Deus, mas desconhecem o verdadeiro Deus da revelação bíblica.
Para eles cada dia representa mais uma oportunidade de vigorar suas paixões e
aumentar suas rendas para um futuro melhor aqui. Nas trevas eles desconhecem o
juízo, porque as fatalidades, como morte, acidentes, enfermidades, maldades,
perdas, etc. são acontecimentos fortuitos. A morte é o ponto final para os que
estão presos nas trevas, porque desconhecem a revelação bíblica. Eles seguem o
percurso mundano que começa no nascimento e termina na sepultura.
Digo mais que nas trevas os inimigos do Senhor não gostam de
ser molestados pela luz: “...A luz veio ao mundo, e os homens amaram
antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más” (João 3:19).
Não tem algo mais odiado pelos inimigos do Senhor do que a chegada da luz do
evangelho da revelação bíblica. Aprisionados nas trevas eles agem como pernilongos
na escuridão. Assim que brilha a luz eles fogem. É fato que nas trevas eles
querem ouvir de Deus e pedir bênçãos dos altos, mas em nada toleram daquilo que
mexe com suas consciências culpadas e odeiam as informações bíblicas acerca do
juízo.
Não foi assim com o governador Felix? Assentou-se para ouvir
Paulo, mas quando o apóstolo começou a discorrer acerca da justiça, do domínio
próprio e do juízo vindouro, a luz da verdade penetrou em seu coração para
descobrir que por trás daquela fachada pomposa estava um homem carregado de
maldades e iniquidades praticadas debaixo da autoridade que tinha como
governador. Imediatamente o medo e terror ocuparam o lugar da diplomacia e da
humildade, fazendo-o fugir imediatamente (Atos 24:25).
Tenho presenciado em meu ministério milhares de pessoas
fugindo da luz do evangelho. Até mesmo pessoas que pensavam que eram
convertidas, mas estavam iludidas no íntimo. A luz que receberam foram algumas
tochas acesas por homens e não a luz da glória de Cristo que vem para desbravar
o coração e aniquilar toda justiça própria e falsa paz.
Talvez tenha algum leitor que humildemente tem chegado perto
da luz; tem sido atraído pelo fulgor da verdade que liberta, porque tem se
humilhado perante o Deus da revelação bíblica. Que maravilha! São essas almas
que estão sendo visitadas pelas misericórdias do Senhor! Elas foram feridas no
ego e prostraram perante a verdade da cruz! Elas foram achadas pelo Salvador e
Senhor!
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