“Como ovelhas são postos na sepultura; a morte é o seu pastor; eles
descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é
o lugar em que habitam. Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois
ele me tomará para Si” (SALMO 49:14,15).
A MORTE DO SALVO: “Mas Deus remirá a minha alma...”
Caro leitor, digo
mais que o salvo está plenamente consciente de que seu corpo é de humilhação
e ele sabe disso por experiência. Enquanto estava cego no pecado, nada sabia
dessa verdade, porque seu corpo era motivo de sua vanglória e vaidade. Agora
tudo é diferente, porque a verdade surgiu e o corpo do pecado aparece agora
para mostrar seus terrores.
Examinemos essa
verdade de perto. Paulo afirma que o pecado habita em nosso corpo mortal; nossa
carne é e será até a morte o instrumento por meio do qual o pecado se
manifesta. Ora, o verdadeiro crente enfrenta essa dura realidade em seu viver e
as paixões elas brotam mesmo, com força e até mesmo de forma violenta, a fim de
mostrar quão terrível é o pecado. Acontece que o novo homem em Cristo, o homem
interior, o qual Paulo menciona em Efésios 4:24 agora se ergue contra as
manifestações externas do velho homem.
Milhares de
crentes ignoram essa verdade. Para muitos a vida cristã é aqui uma jornada de
felicidade e de paz. Claro, no tocante à salvação, a paz com Deus e todas as
eternas bênçãos derivadas da gloriosa conquista na cruz, os santos de Deus são
felizes e cheios da paz com Deus. Entretanto, estou convicto que esse sistema
moderno de evangelho tem trazido mais conforto com o mundo, com a carne e com o
diabo para a população chamada de evangélica em nossos dias. Porém, digo e
afirmo que da mesma forma que o evangelho nos dá internamente as delícias da
vida nova em Cristo, também nos prepara para uma guerra externa contra a carne,
o mundo e o diabo. Não somos ordenados a ter complacência com o mal; não fomos
convocados para estender nossas mãos, a fim de saudar a mentira e as iniquidades
praticadas pelos ímpios.
Veja bem caro
leitor que nossos corpos formam a ampla zona de combate contra o mal. Agora o
novo homem se depara com a carne, como uma fera ativa, buscando sempre se
alimentar com desejos baixos e malignos. É bom que saibamos que não temos que
combater contra os desejos normais, lícitos da carne. Os perigos são os desejos
pecaminosos, os quais querem satisfação. É exatamente aqui que entra a luta do
crente, a fim de nada introduzir na boca dessa “fera”, no que tange às suas
paixões.
Vivemos numa época
quando o mundo tem sido bem preparado pelos poderes das trevas, a fim de
facilitar as paixões. Tudo tem sido bem feito para que aquilo que é pecaminoso,
maligno e digno de todo ódio e punição, seja aceito pelos crentes como coisas
normais. Muitas abominações estão sendo aceitas até nos meios cristãos em
nossos dias e são tratados normalmente como se essas práticas cruéis e
impiedosas são recebidas por Deus como puras e dignas.
Caro leitor, Satanás
tudo tem feito para calar os crentes, mas o fato é que ele consegue manipular,
subornar e silenciar os falsos crentes. Mas não os sinceros e leais filhos de
Deus. Eles lutam por santidade; lutam contra aquilo que Deus odeia, porque a
natureza santa de Deus habita no crente sincero. Os santos de Deus enquanto
vivem neste mundo são cheios do amor de Deus; são pessoas de confiança e
justiça no viver. Mas a natureza santa de Deus neles os levará a odiar o
pecado: “O amor seja sem hipocrisia, detestando o mal e odiando o bem”
(Romanos 12:9).
Caro leitor, a
luta pela santidade e justiça no viver do crente é luta às vezes sangrenta.
Muitos crentes enfrentam terríveis oposições e perseguições por causa dessa batalha
ativa contra a carne. Não fomos chamados para curtir os prazeres e luxúrias
deste mundo, mas sim para fugir e negar os infames desejos da carne no dia a dia.
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