“Para o sábio há
o caminho que da vida que o leva para cima, a fim de evitar o inferno em baixo” (Provérbios 15:24)
HÁ UM
ESPÍRITO DE DISCERNIMENTO: “... a fim de evitar o inferno em baixo...”
Prezado leitor prossigamos em
conhecer esse espírito de discernimento visto no convertido, porquanto Deus é
conhecido como um Deus que julga e pune o culpado. Pudemos ver que essa
mensagem de juízo é constante em toda extensão do Velho Testamento; em plena
escuridão da lei é que desponta o brilho da misericórdia. Pregar um evangelho
desprovido da verdade de um Deus que age neste mundo com juízo, justiça e
misericórdia, simplesmente é pregar outro evangelho. Falar apenas de um Deus de
amor é publicar uma inverdade; é anunciar um evangelho falsificado e atraente
ao orgulho humano.
Caro leitor avancemos um pouco
mais; consideremos a mensagem pregada no Novo Testamento, porquanto a voz dos
arautos da cruz não mudou sua tonalidade. João Batista avançava com uma
mensagem de arrependimento, deixando perplexa toda Jerusalém e vizinhança.
Ninguém era poupado, ninguém ouvia uma mensagem melosa e satisfatória aos seus
desejos carnais. Suas mensagens enchiam os corações dos homens dos terrores de
Deus: “...Raça de víboras, quem vos ensina a fugir da
ira vindoura?” (Lucas 3:7). Sua mensagem anulava toda confiança na
religiosidade carnal deles: “...”Produzi,
pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer em vós mesmos:
Temos por pai a Abraão...” (Lucas
3:8). Sua mensagem era uma ordem do céu para que os homens corressem em busca
de um novo coração, porque sua mensagem mostrava a chegada iminente do juízo de
Deus: “Também já está posto o machado à raiz das
árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo” (Lucas 3:9).
Por
acaso foi diferente a mensagem pronunciada pelo Senhor Jesus? Jamais! Suas
palavras certamente eram cheias de amor e de compaixão, mas elas eram
caracterizadas especialmente pela glória de Deus. Suas palavras provocavam o
ódio dos ouvintes, porque em eles ouviam sobre a respeito da culpa deles e de
que haveriam de enfrentar o juízo de Deus, por causa do orgulho que os mantinha
resistindo a verdade (João 5 e 6).
Os
apóstolos também não abrandaram a mensagem ao povo. Milhares de homens e
mulheres conheceram o arrependimento e o temor do Senhor depois da mensagem de
Pedro no dia de Pentecostes (Atos 2). Mas a multidão ficou ciente e consciente
da culpa que pesava sobre suas cabeças. Claramente a mensagem pregada levou
aquele povo à humilhação perante Deus. Paulo perante o rei Agripa disse que a
mensagem que pregava aos judeus e gentios era “... que se arrependessem e se convertessem a
Deus, praticando obras dignas de arrependimento” (Atos 26:20).
Amigo
leitor estou certo que você pode perceber a unidade da mensagem do evangelho em
toda Escritura. A mensagem leva o homem do conhecimento do juízo para o
conhecimento da misericórdia. A mensagem do evangelho primeiramente humilha,
para depois elevar o homem à salvação gloriosa e bendita conquistada na cruz. É
conhecendo esses terrores de Deus que o homem foge em direção aos braços de
amor do Senhor, como uma criança assustada corre em busca da proteção do seu
pai. Portanto, o convertido foge dos terrores de Deus! A alma convertida corre
dos perigos que lhe cercam; sabe que não há outro abrigo permanente e seguro,
fora da cruz! Sabe que não tem como escapar da fúria do Todo Poderoso, a não
ser buscando a purificação no sangue remidor! A mensagem é urgente aos
perdidos! A mensagem proclama que a alma descuidada está cercada do perigo
grande e grave! A mensagem do evangelho revela que Cristo é o perfeito
esconderijo do Altíssimo! È para esse lugar que a ovelhinha perdida encontra
segurança eterna!
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