quarta-feira, 30 de abril de 2014

A SOBERANA SALVAÇÃO (7)




Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
         A NECESSIDADE DA SOBERANIA (continuação) “Ninguém pode vir a mim...”
         Prezado leitor, encerrei a meditação anterior apresentando um pouco a respeito da glória do Filho de Deus. É impossível ir a Cristo, a não ser que Deus, o Pai conduza a alma. Achegar-se a esse ser glorioso, àquele que é o Deus unigênito, a revelação de Deus, simplesmente é impossível até mesmo para nossa concepção mental. Podemos nos dirigir para uma igreja; podemos adaptar facilmente a uma organização religiosa; podemos aceitar na mente os ensinos concernentes a Cristo, Sua morte, ressurreição e Sua salvação; podemos declarar com nossos lábios uma confissão religiosa de nossa fé, porém, ir a Cristo para a salvação de sua alma, para ser Dele, viver por Ele e para Ele aqui e na eternidade é algo completamente impossível para a natureza corrompida do homem.
         Creio que preciso mostrar essa glória de Cristo em algumas passagens bíblica. Vemos por ocasião da Sua transfiguração, quando Pedro, Tiago e João simplesmente procuraram um esconderijo; não podiam ficar em pé diante da fascinante glória do Filho de Deus. Eles estavam tendo a mesma visão que Moisés tivera na sarça (Êxodo 3); a mesma que Isaías contemplou e que o deixou aterrorizado, vendo sua culpa e o inferno escancarado à sua frente (Isaías 6). Foi também a mesma visão que Paulo tivera no caminho de Damasco (Atos 9), quando foi cercado por essa radiante glória que por misericórdia culminou em sua salvação e transformação.
         Querido leitor, o pouco que foi dado creio que serve para que entendamos os ensinos a respeito da nossa vil condição no pecado. Importa que todos saibam desses fatos, do contrário os homens serão engambelados com as sutilezas religiosas de satanás. Preciso apresentar o caminho certo, mas para que todos vejam o caminho exato, preciso fazer com que a luz da verdade brilhe intensamente. Por isso chamo sua atenção para o texto: “Ninguém pode vir a mim...”. Note como nosso Senhor foi taxativo no que tange a incapacidade do homem para ir a Ele por si mesmo. Ele afirma: “Ninguém...”. Ele não disse que há um grupo especial de pessoas que podem ir a Ele; também, nada falou sobre a gravidade de alguns atos pecaminosos nas vidas de muitos.
         Nosso Senhor envolve toda raça humana nesse termo: “Ninguém”; foram envolvidos os orgulhosos judeus, os quais confiavam em sua religião e costumes judaicos. O Senhor toma toda raça e coloca todos numa só família – a família adâmica, caída e culpada; o Senhor coloca todos na mesma condição em Adão, na mesma situação de condenados e carregando a mesma natureza pecaminosa, todos com a mesmíssima inclinação natural; todos juntos em harmoniosa rebelião contra Deus e disposto a apontar suas armas contra os céus, a fim de destituir a divindade de Sua posição de glória e de honras.
         Ora, não gostamos dessas terríveis revelações a nosso respeito. Gostamos muito de ser ovacionados e celebrados como seres especiais; gostamos muito de ser vistos como vítimas da situação cruel de sofrimento pela qual passa a raça humana; queremos que imediatamente apareça um deus que possa trazer o céu para a terra, pois almejamos estar revestidos de bênçãos e ser coroados de glória e de honras. Mas, nosso Senhor aponta nossa culpa, revela nossa origem de uma raça terrivelmente culpada e declara que todos nós fomos destituídos, postos fora, demitidos do lugar de honra. O que aparece agora é uma multidão de homens e mulheres expulsos da presença de Deus e numa situação de ruína espiritual.
         Amigo,  toda essa verdade aparece a fim de que sejamos humilhados. A Palavra de Deus se encarrega de fazer com que caiamos no pó, no desespero. Ela nos emudece e desmancha tudo aquilo que pintamos por fora de espiritualidade. Cristo veio buscar pecadores; veio chamar homens e mulheres ao arrependimento.

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