“Ninguém pode vir
a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
Prezado leitor, no momento estamos
vendo as considerações gerais em torno desse verso tão revestido da refulgente
glória do evangelho. Visto que nossos dias são carregados de engano e de
frouxidão ortodoxa, quão axial é que tomemos um verso como este para que
conheçamos qual é a mensagem bíblica de salvação, comunicada pelo Senhor, que
precisa urgentemente ser anunciada e pregada por homens enviados por Deus para
essa finalidade.
Antes de entrar nas palavras do próprio
verso estou procurando acercar o leitor atento para a importância dessa
mensagem, atualmente tão ignorada. O que é o evangelho? Será que é a coletânea
de pensamentos religiosos? Será que o resultado da opinião de um grupo de
intelectuais evangélicos? Será que é resultado das opiniões dos apóstolos? Será
que é aquilo que cada religião opina a respeito de Deus e da salvação? Faço
essas perguntas porque sei que no meio dessa confusão generalizada e dessa
ausência dos absolutos eternos, o povo em geral pensa assim. A tendência hoje é
que tudo deve ser democratizado e que, com efeito, a opinião de cada um serve;
que ninguém pode afirmar que está certo, nem mesmo as Escrituras Sagradas. Veja
amigo, aonde satanás quer chegar em seu reinado de mentiras. Seu alvo é
destruir os fundamentos eternos e assim arruinar a mensagem santa e verdadeira
revelada na Palavra para o bem eterno dos homens.
Voltemos ao texto e ali observemos na
linguagem do Senhor que o evangelho é algo idealizado por Deus; que foi algo
traçado na eternidade pelo conselho de Deus. Paulo trata disso no
impressionante e profundo cap. 1 de Efésios. Mas as palavras do Senhor em João
6 são suficientes para que entendamos acerca da glória, da grandeza e da
sublimidade do evangelho. Veja amigo como o evangelho é diametralmente oposto a
mensagem tão tosca e melosa do evangelho moderno. Cristo engrandece a vontade
do Seu Pai: “Porque eu desci do céu, não para fazer a
minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”
(João 6:38).
Foi essa verdade que deixou os apóstolos pasmados. A mensagem deles era
constante, fiel e sem qualquer atrativo para as multidões onde quer que eles
pregassem, porquanto aqueles homens sabiam bem que o poder estava na mensagem e
não na vontade dos homens.
Outrossim,
Cristo não somente exalta a vontade soberana, como também exalta a força do Pai
em salvar quem Ele quer salvar. No verso 37 Ele diz: “Todo aquele que o Pai me dá...”. Veja amigo o entrelace eterno entre
as duas pessoas da divindade. O evangelho apresenta os atos de Deus em entregar
pecadores ao Seu Filho, e para isso os homens não são convocados, porquanto é
uma obra sobrenatural onde sobressai a força desse Deus em chamar homens e
mulheres da morte para a vida.
Outro
detalhe que aparece no contexto é a grandeza e majestade dessa obra salvadora,
porquanto duas verdades são destacadas no verso 39: Salvação e ressurreição. Significa que o evangelho apresenta o fato
que Cristo realmente salva com salvação eterna e a prova disso é que haverá a
ressurreição. É tão segura, firme e inabalável essa salvação que nada o Senhor
trata daquilo que os santos vão passar neste mundo; nada há de explicação do
dia a dia do salvo. O breve tempo que existe entre a salvação e a ressurreição
é irrisório e banal e nada daqui afetará essa tão gloriosa e conquista de
Cristo em favor daqueles que o Pai escolheu e lhe entregou. Amigo, tal verdade
tem chegado ao seu coração? Eu sei que a mensagem que faz brilhar a glória de
Cristo é humilhante e afunda nosso orgulho na lama e até mesmo no desespero. Ó,
quanto é salutar tal verdade! Aqueles que são chamados pelo evangelho são
homens e mulheres que nada tem para dar a Deus, a não ser ações de graças,
glórias e honras ao Autor dessa tão grande salvação!
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