“Mas
todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da
imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um
vento, nos arrebatam” Isaías 64:6.
O Falso evangelho é em sua essência, justiça
própria. A mensagem religiosa de satanás é justiça própria. A mensagem
humanista do mundo como vemos hoje é justiça própria. O evangelho que mais
lisonjeia a carne e atrai a multidão é o evangelho da justiça própria.
O que é justiça própria? É o ser humano
tentando tirar da imundícia alguma coisa boa (Jó 14:4). É o homem saindo do seu
esconderijo e se apresentando disfarçado perante Deus, encobrindo sua nudez
espiritual e afirmando que não é tão culpado assim. É o homem dirigindo ofensas
a Deus e desprezando Sua mensagem salvadora por meio do Seu Filho bendito. É a
rebelião humana contra a religião celestial; é a tentativa humana de tomar de
Deus a glória que pertence tão somente a Ele.
A justiça própria aparece em forma de
tradição. Biblicamente os fariseus são exemplos de como o ser humano pode
fabricar seu próprio sistema religioso e enfeitiçar corações com suas
tradições. Aparece em forma de sacrifícios. A justiça própria pode levar o
homem a extremos atos de sacrifícios como acontece no mundo e aqui no Brasil.
A justiça própria aparece em forma de
mercador espiritual. É a disposição do homem em tentar adquirir coisas
espirituais por meio dos seus bens materiais. O jovem rico claramente exibia
sua condição de comprar o que quisesse com sua fortuna, até mesmo um lugar na
vida eterna (Lucas 18:18-23). Ela aparece em forma de zelo sem entendimento.
Saulo de Tarso foi um exemplo disto. Cegado no coração pela incredulidade,
pensava que tudo o que fazia na sua religiosidade era feito para Deus (Filipenses
3:6).
A justiça própria aparece em forma de
adoração. Os cânticos, louvores, orações, levantar de mãos, etc., podem ser
atitudes da carne para promover uma paz religiosa a corações mundanos, em
guerra contra Deus. Aparece também na disposição de fazer algum serviço para
Deus, como distribuir folhetos, evangelizar, cantar no coro, etc.
Quão sutil é a justiça própria! Não
passa de ser o enganoso coração humano forjando meios para encobrir sua
drástica situação perante Deus. É uma pintura espiritual por fora para encobrir
a sujeira da casa por dentro. Ela concede uma paz momentânea, mas que se torna
a mais perigosa paz que existe.
A justiça própria na sua obstinação é
uma tentativa de enganar a Deus. Mais do que isso, ela é contaminadora,
perversa e idólatra. Ela encobre a real situação do homem no pecado e serve de
um gostoso “colchão” que mantém o pecador no sono que o transporta para o
abismo eterno.
Na salvação do pecador o homem lança
fora todos os seus fétidos trajes de justiça própria. Eles são imundos diante
do Senhor. O pecador que busca a salvação chega com toda sua sujeira perante o
Bendito Salvador, em sincera confissão, buscando de todo seu coração a completa
limpeza e purificação da sua alma.
“E o sangue de Jesus Seu Filho nos
purifica de todo pecado” (1 João 1:7).
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