quinta-feira, 24 de abril de 2014

O INFERNO (14)




          E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma grande pedra de moinho e que fosse lançado no mar. ....ires para o inferno, para o fogo que não se acaba” (MARCOS 9:42-50)
COMO ESCAPAR DO INFERNO: “...tende sal em vós mesmos...”:
         Caro leitor, como alguém pode provar que agora tem sal em si mesmo? Notemos o que nosso Senhor diz no texto: “...tende sal em vós mesmos...”. Não há outra explicação, senão essa de que temos perante nossos olhos o ensino do arrependimento. Por quê? Simplesmente é no arrependimento que homens e mulheres ficam conscientes de sua miséria, assim como Davi confessou no Salmo 51:5: “Eu nasci na iniquidade, em pecado me concebeu minha mãe”. Noutras palavras, no arrependimento o homem nada esconde, mas confessa abertamente o que ele perante Deus; no arrependimento o homem está afirmando tudo o que a bíblia diz a respeito de sua queda em Adão, da sua malícia, maldade, enfim, seu coração é descoberto e ele não tem outro meio de escapar, a não ser indo a Cristo o Salvador.
         Vou tentar usar palavras mais claras, a fim de mostrar que somente no arrependimento o homem é realmente “salgado” por Deus. É no arrependimento que todo seu ser é rasgado pela lei e ele se sente dilacerado pela dor; é no arrependimento que ele enxerga que nenhum bem habita nele e carece de purificação urgente; que não passa de um vaso caído e feito em pedaços. É nessa condição que o homem recebe esse “sal” santo, para ficar absolutamente livre do poder corruptível do pecado. Veja bem caro leitor, não é algo externo; não é mera mudança na aparência, mas sim uma transformação feita por Deus no coração. Veja bem que não estou dizendo que a manifestação de arrependimento é igual a todos. Nem todos choram nem manifestam externamente sua tristeza pelo seu viver corrompido. Algumas pessoas sentam perante a Palavra, recebendo-a com alegria e mostram que foram lavadas e purificadas pelo sangue de Cristo.
         Devo agora mostrar o efeito desse arrependimento no viver. Conheci muitos que pareciam ter sido lavados e salgados por Deus, mas os frutos de um viver transformado jamais foram vistos. Algumas pessoas parecem que foram “enceradas” por fora, mas logo quando o sol da provação chega, então a “cera” é derretida e eles mostram o sempre foram. Algumas pessoas querem declarar que são salvas, que vão para o céu, mas claramente mostram que o poder da corrupção continua em seus corações. Ora, como verdadeiros crentes podem mostrar que receberam do alto esse “sal” que os livrou do poder corruptível do pecado? Claro que é pela vida santificada. Note bem caro leitor, não estou afirmando que a salvação vem pela santificação, mas sim que a salvação produz santificação. É causa e efeito. A causa sempre será o sangue remidor para purificar e cobrir o pecado, a fim de que o pecador seja aceito. O efeito no viver será santificação.
         Caro leitor, por outro lado enfatizar a santificação sem que primeiro o pecador tenha sido salvo é simplesmente lutar inutilmente. Quantos ensinos perniciosos têm entrado no meio cristão por causa disso! Especialmente a suposta segunda bênção. Milhares de almas iludidas nada têm de poder para um viver santo, simplesmente porque não foram salvas. Por essa razão nada conseguem, senão viver de atividades externas e de aparências. São muitas as almas iludidas as quais vivem cercadas de euforias religiosas. Não conseguem viver para a glória de Deus; não foram santificadas na salvação, por isso não amam nem aspiram santidade na vida, porque não foram salgadas. A igreja de Deus está cheia de elementos que jamais conheceram na vida a obra redentora; jamais tiveram seus corações transformados pelo poder da graça, por isso continuam de mãos atadas com o mundo. São ainda escravos da idolatria, do vício e do orgulho próprio; são mundanos no viver e nada tem para provar gratidão e amor por Cristo, por meio de um viver obediente à Palavra da verdade. Para esses Cristo continua dizendo: “...tende sal em vós mesmos...”!
        








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