“Assim, cumprirei o meu furor contra a parede
e contra os que a caiaram e vos direi: a parede já não existe, nem aqueles que
a caiaram” (Ezequiel 13:15).
Caro
leitor, nesse cap. tão cheio de advertências e curtido de juízo, nosso Senhor
não poupa os falsos profetas. Eles haviam enchido Jerusalém dessa vaidade; o
povo estava hipnotizado por suas manobras e malícias religiosas. A nação
inteira fervilhava de superstições e de agouros derivados de corações malignos
e cheios de interesses vis e infames. Nosso Senhor ataca até as profetizas,
porquanto elas eram hábeis em enfeitar e adornar a multidão com seus invólucros
feiticeiros.
Para
o Senhor, as atividades daqueles homens e mulheres tinham como alvo caiar a
parede. Noutras palavras eles estavam lutando para mudar religiosamente as
aparências; eles queriam que as almas nutrissem uma falsa paz no íntimo e
faziam isso criando essas manipulações externas, de tal maneira que eles por
fora estavam caiados. Eram brancos por fora e essa brancura externa encobria a
realidade de seus corações malignos. Nosso Senhor advertiu os fariseus contra
essa mesma atitude. Eles eram como sepulcros caiados, pois por fora pareciam
espirituais, mas por dentro estavam ocultos dos homens a podridão de seus corações
irregenerados.
Ora,
no mundo religiosamente evangélico de nossos dias está ocorrendo esse mesmo
episódio que conclama os severos e aterrorizantes juízos de Deus. Primeiramente
afastaram da verdade do evangelho. Arrancaram de uma vez qualquer ensino e
pregação acerca do juízo de Deus e atiraram tudo isso na “cisterna cheia de
lama”, assim como fizeram com Jeremias. Em segundo lugar passaram a usar a
bíblia como um livro de conveniências, um lugar o homem encontra aquilo que
ele gosta. A Palavra de Deus tem sido tratada assim, com total desprezo. As
passagens frequentemente lidas e buscadas são aquelas que dão sorte e que
trazem bênçãos materiais para o viver profano e iníquo do homem.
Em
terceiro lugar, exaltaram o homem; publicaram sua liberdade e exaltaram seu
poder de fé. Deus foi colocado como um serviçal. Todo sistema de culto hoje é
curtido de louvor e barulhos, a fim de atrair os homens; é gritando a eles que
estão publicando que Deus está a disposição agora; que é o momento para que os
homens venham reivindicar seus direitos; que Deus tem que restituir o que é
direito deles. Então, o que tem acontecido em nossos dias é que estamos vendo muros
e muros bem caiados. Milhares estão curtindo um viver cristão da aparência;
estão vivendo na euforia daquilo que os falsos mestres embutiram em suas mentes
e que conseguiram acender de fogo estranho em suas emoções.
Mas,
eis que nosso Senhor aparece em advertência: “...cumprirei o meu furor contra a
parede e contra os que a caiaram...”. Que linguagem de ameaças! O
Senhor em Sua Ira sabe perfeitamente como destruir essa pintura e descobrir a
real situação dos homens no pecado. Todo esse disfarce religioso; toda essa
aparência de piedade é desmanchada com a visitação de Deus, quando Ele chega em
santo juízo.
Mas
antes do juízo Sua misericórdia chega para proclamar o fato que Ele é o Deus
dos corações arrependidos! A mensagem solene do amor do Senhor chega agora, a
fim de mostrar que esse disfarce religioso pode ser tirado agora; que essa
caiação pode ser removida, a fim de que os homens vejam o fato de que o Senhor
sonda os corações e mostra o quão terrível e aterrorizante é o homem ainda não
regenerado. O evangelho chega para convocar homens e mulheres ao
arrependimento, para afirmar que o Senhor da Paz tem agora gloriosa e eterna
salvação para homens e mulheres que humildemente invocar Seu nome.
Meu
caro leitor aproveite esse momento precioso e achegue pela fé ao Salvador. Ele
está presente; Seu ministério agora é estender essa tão grande e eterna salvação
aos perdidos!
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