“Rendam
graças ao Senhor por Sua bondade e por Suas maravilhas para com os filhos dos
homens! Pois arrombou as portas de bronze e quebrou as trancas de ferro”
(Salmo 107:15,16).
TRIBUTO
DE ADORAÇÃO A DEUS.
Caro leitor
chegamos agora à parte final desse episódio da abundante graça e veremos em
dois versos aquilo que é proclamado em toda Escritura – os louvores ao Senhor.
Meu amigo, você que ama a Palavra de Deus e a recebe como ela é, certamente tem
seu coração humilhado e contrito, a fim de dar a Deus os tributos de louvores e
de adoração. Não esqueçamos que o alvo de tudo é a glória de Deus; não
esqueçamos que em nossa queda fomos arrastados para longe dessa verdade;
ficamos completamente distanciados dessa glória que nos traz felicidade; fomos
atirados à lama da vaidade e ficamos cegos, incapazes de ver o bem.
Não
esqueçamos que a finalidade da obra redentora é tributar ao Senhor os louvores,
por causa da Sua bondade e das Suas maravilhas para com seres humanos, caídos
no pecado, rebeldes, presunçosos, desobedientes à voz de Deus e predispostos a
caminhar nessa soberba em direção ao inferno. No pecado queríamos cultivar e
colher alegria e felicidade derivadas do mundo, mas eis que fomos levados à
miséria e nesse lugar de miséria foi que conheçamos o poder da graça e da força
incrível desse maravilhoso Deus. Querido leitor, pense nessas verdades! Coloque
todo seu ser nessas declarações solenes do Salmo 107! Pense no fato que Deus
amou seres humanos! Pense em nossa culpa desde o Éden; pense e medite num Deus
que jamais precisou de nós, mas que mesmo assim se manifestou a nós pecadores
atrevidos e rebeldes!
Lembremos
bem que nós somos os “filhos dos homens” e não filhos de Deus! Não esqueçamos
da nossa profunda humilhação, na condição de barro, de pó, de filhos do diabo
(João 8:44). Não há qualquer razão para que fiquemos aprisionados em nossa
soberba, achando que merecemos essas coisas e que Deus é obrigado a fazer o que
em Sua misericórdia fez e está fazendo. Corações orgulhosos não podem “render
graças ao Senhor”; esse espírito de adoração reside num coração
arrependido e sinceramente grato. Então, creio que preciso dinamizar um pouco
mais o que a Palavra de Deus nos revela acerca daquilo que agora vemos nesses
dois versos do Salmo 107.
Primeiramente
vemos que há uma ordem: “Rendei graças ao Senhor...”. A obra
de Salvação vem do Senhor e não dos homens. Deus está exibindo no mundo a força
incrível do Seu braço (Isaías 59:1); está mostrando no universo essa obra
assombrosa, inaudita! Afinal, por que é dada essa ordem: “Rendei graças ao Senhor”?
É simples, Ele é Deus, portanto é digno de toda exaltação, glória e adoração.
Outra razão é que somente remidos podem render graças ao Senhor. Somente
aqueles que foram tirados das trevas para a maravilhosa luz! Aqueles que
receberam a vida que há no Filho de Deus! Aqueles que foram feitos nova criação
(2 Coríntios 5:17)! Esses são os remidos, são os eleitos de Deus, os que foram
atraídos pela graça e que pertencem ao Senhor para sempre. Não esperamos que os
homens no pecado podem render graças ao Senhor, justamente porque estão
mantidos no cativeiros; estão aprisionados na sombra da morte e não sabem;
estão mortos em seus pecados e “os mortos não louvam ao Senhor...”
(Salmo 115:17). Suas bocas, ouvidos, olhos e todo ser estão travados pelo poder
da morte, por essa razão nada funciona para Deus.
Sendo assim
a ordem vinda de Deus aos homens: “Rendei graças ao Senhor...” é
imediatamente obedecida. As boas novas chegaram aos homens e os salvos são de
agora em diante os bem-aventurados, pois foram arrancados do poço da perdição e
elevados à condição de glória, juntamente com Cristo (Efésios 1:6). Para todo
sempre pertencerão a Cristo e nada poderá estorvar os intentos eternos dessa
graça em favor dos homens!
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