sexta-feira, 25 de abril de 2014

A MENSAGEM DO CÉU (21 de 24)




Fiel é a Palavra e digna de inteira aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15).
         Caro leitor, quando Paulo afirma no texto que, entre todos os pecadores é ele o principal, certamente temos a mais preciosa lição acerca do incrível trabalho soberano da graça. Creio que tal verdade vem dá um golpe certeiro sobre esse evangelho social tão apregoado em nossos dias. Tenho acompanhado de perto o que está ocorrendo no cenário evangélico atual e posso afirmar categoricamente que outro evangelho expulsou a verdadeira e pura mensagem dos púlpitos e novas mensagens têm chegado, bem adaptadas à mentalidade secular dos últimos dias. A mensagem moderna tem a intenção de ajudar os homens socialmente; a mensagem moderna, paramentada de versos bíblicos visa recuperar os homens de suas condições tão vis. Por isso temos tantas mensagens de autoajuda partindo dos pregadores modernos e especialistas em psicologia e filosofia.
         Não é meu interesse discorrer sobre esse assunto. Prefiro ir direto à verdade, pois sei que é conhecendo a verdade que homens e mulheres serão libertos (João 8:32). Já tenho mostrado aos meus leitores que os pecadores atingidos pela mensagem santa são aqueles que são vistos por Deus como pecadores. O evangelho moderno jamais encararia Paulo como um pecador, pois ele não carregava os problemas que os “pecadores” modernos têm. Paulo foi um religioso exemplar, por isso poderia ser bem adaptado ao sistema ecumênico de nossos dias e seria bem aceito por toda gama de mentiras, suntuosamente vestidas de evangélicas hoje.
         Mas o testemunho do apóstolo aos gentios difere completamente daquilo que os homens pensam e agem. Paulo diz que Ele é o principal de todos os pecadores. Aí está o ensino da graça acerca da salvação! Aí está a prova de que os pecadores chamados por Deus são aqueles que Deus vê; são aqueles que Ele mesmo declara que são pecadores, porquanto é obra da livre misericórdia e não da nossa escolha (Romanos 1:18). Deus não irá salvar aqueles que eu apontar para Ele. Os servos do Senhor não vivem ordenando Deus a fazer Suas escolhas. Aquietamos nisso; tememos até a pensar nisso; não ousamos a invadir o lugar secreto. Podemos orar, interceder e até mesmo chorar, mas o fazemos perante o trono de misericórdia; fica com Ele a resposta de Suas decisões oriundas de Seu conselho na eternidade.
         Mas, eu parto para examinar de perto essa confissão do apóstolo: “...eu sou o principal”. Do nosso ponto de vista o principal dos pecadores deveria ser um ladrão, criminoso, drogado, adúltero, etc. Mas, Paulo tem seu coração cheio de júbilo, pois bem sabia que fora alvejado pela livre graça; que poderia ter sido atingido pela ira santa e ser de uma vez despachado para o castigo eterno. Paulo tem seu coração cheio de ações de graças, pois um dia foi humilhado e levado ao pó! Foi um pecador que ficou sozinho perante a Majestade santa; sua boca ficou fechada e completamente cego, desamparado, a fim de saber que não passava de um pobre verme! Todo acúmulo de justiça foi lançado fora, um peso de iniquidade, assim uma leve pena ficou estirada perante o Senhor da glória, e dali Deus ergueu o novo homem em Cristo.
         O que significa isso? Creio que todo verdadeiro salvo deseja empurrar Paulo desse lugar de confissão. Todo verdadeiro crente quer antecipar o apóstolo e declarar que ele é o principal dos pecadores. Os santos fazem parte de uma companhia de homens e mulheres que foram humilhados pela visitação da graça; num só coro e numa só voz eles proclamam dizendo: “Cristo morreu pelos nossos pecados!” O povo de Deus em todo lugar é a reunião dos misericordiosos, porque conheceram misericórdia. Então, a confissão dos santos é a mesma, da mesma fé. Até mesmo um grande apóstolo sabe que, no tocante a graça salvadora ele não é diferente; ele sabe que partilha da mesma justiça com os santos de Deus; sabe que não tem onde se gloriar, a não ser na cruz (Gálatas 6:14)

Nenhum comentário: