sexta-feira, 18 de abril de 2014

O ORGULHO


         “Onde, pois a jactância? Foi de todo excluída...” Romanos 3:27

                  Quando os homens são humilhados perante um Deus três vezes santo, que tem as almas eternas em Suas Soberanas mãos, para fazer com elas o que melhor lhe parecer, então a misericórdia e a graça tem um novo significado. Desaparece toda barganha pelos benefícios da salvação.
                  O arrependimento já não aparece como um dever estrito ou uma expectação injusta, e, sim, como um privilégio, uma alegria e uma esperança para a alma. Quando Deus é adequadamente visto pelo pecador, este treme. A sua alma se derrete, o seu “ego” é devastado. Sua opinião de si mesmo se desfaz em pedaços. Ele é então despertado para o seu terrível compromisso como rebelde obstinado, que merece o buraco mais profundo do inferno. Isso o faz temer a Deus.
                    Somente a pregação da eleição e da justificação pela fé pode matar o orgulho. Vai diretamente à veia jugular. O orgulho humano luta e se apega a qualquer migalha de dignidade que possivelmente consiga resgatar para si. O orgulho humano é a primeira voz a fazer objeção contra a eleição incondicional. Foi por isso que Paulo disse: “Quem és tu ó homem, para discutires com Deus?” (Romanos 9:20) A raiz do problema é o orgulho. O homem gosta de pensar de si mesmo mais alto do que deveria pensar, e a doutrina da eleição divina o traz de volta para baixo, para o nada; nada de que vangloriar-se, nada a alcançar, nada a que apegar-se nada para oferecer, nada a reivindicar, nada a contribuir. A eleição incondicional destrói os últimos vestígios do orgulho humano, porque encosta o machado à raiz do “eu”.
                  Que o Senhor tenha misericórdia do Seu povo e nos livre de viver marginalizados na lama do orgulho.

Walter Chantry

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