“...porque o amor é
forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo,
verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os
rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria
de todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO NOIVO:
Amigo leitor, já pudemos
ver como o forte amor de Cristo foi, é e será conquistador, porquanto pela mensagem do evangelho atrai
um povo para Si. Na meditação anterior mostramos também que o amor se responsabilizou pelos objetos
amados. A bíblia inteira narra a respeito dessa ocupação amorosa de Deus em
proteger, cuidar e defender Seu povo eleito. Mesmo no período da lei, a
desastrosa quebra da aliança de Israel jamais frustrou a bondade e
misericórdia. Mesmo as mais severas e amargas disciplinas impostas sobre a
nação, apenas evidenciaram a força do amor. As nações que apontaram suas armas
mortais contra o povo amado foram severamente punidas e o povo santo
purificado.
Trago aqui o Salmo 78, o
segundo maior salmo. Aqueles 72 versos expõem as malignas atitudes de
ingratidão, afronta, idolatria e orgulho de Israel perante as mais excelentes
manifestações de bondade, carinho e provisão de Deus. A nação simplesmente
afrontou e desafiou o Todo-Poderoso; aquele povo estava pronto a correr
desesperadamente em busca de ídolos e milhares de vezes provocaram o Senhor à
Ira. Notem o que Deus permitiu que Seu povo sofresse: “...desamparou o tabernáculo em Siló...dando a sua força ao cativeiro, e a
Sua glória à mão do inimigo. Entregou Seu povo à espada e encolerizou-se contra
a sua herança. Aos seus mancebos o fogo devorou, e suas donzelas não tiveram
canto nupcial. Os Seus sacerdotes caíram à espada e suas viúvas não fizeram
pranto”. (Salmo
78:60-64). Quando parecia que a nação seria extinta mediante a violência dos
inimigos, o que acontecia? Eis a resposta: “Então o Senhor despertou
como dum sono, como um valente que o vinho excitasse. E fez recuar a golpes os
seus adversários; infligiu-lhes eterna ignomínia” (versos 65,66).
Eis aí um brevíssimo
relato das atividades do grande Herói de Israel em defesa da Sua esposa!
Ninguém pode se intrometer nos negócios do noivo com Sua noiva. Quando Moisés
alterou sua voz mostrando-se irado contra a nação, teve a punição devida sendo
impedido de entrar na terra prometida. A beleza desse amor em fulgurante glória
está narrada em Efésios 5:22: “...Cristo amou a igreja e a
Si mesmo se entregou por Ela”.
Quão sério é mexer com a noiva do Cordeiro! Os apóstolos agiam com temor e
respeito quando dirigiam seus ensinos e exortações ao povo de Deus, pois sabiam
que a igreja pertencia ao Deus vivo; entendiam que eram cooperadores de Deus na
edificação da igreja.
O Senhor é aquele que
cuida, protege, defende e sustenta Sua noiva. Quão perigoso é quando indivíduos
tentam dominar o rebanho! Sérias palavras de advertências são dirigidas aos
falsos pastores e falsos mestres que tentam atrair as ovelhas para eles! Vão
enfrentar a fúria do Senhor e vergonha eterna cairá sobre suas cabeças
(Jeremias 23:40).
Concluo a meditação deste
dia com palavra de encorajamento aos santos. Quão necessário é que os crentes
fujam de qualquer arrogância! Qualquer mancha de orgulho na alma faz o crente
descer e nivelar-se ao mundo. Por isso o Senhor vai atrás de Sua ovelha com
disciplina, muitas vezes dura. Ele nunca abandona e atira ao léu Suas jóias
preciosas. Jamais! Se houver alguém que afirma ser um crente, mas que anda
deliberadamente por caminhos tortuosos, pode ter certeza que não pertence ao
Senhor. Seu viver prova o quanto ama a iniqüidade e que almeja continuar no
caminho largo, indo para a perdição. Em Apocalipse o Senhor afirma que
disciplina todos quantos Ele ama (Apocalipse 3:19), por isso um viver em contínua
prática do pecado revela que jamais conheceu o amor do Salvador bendito.
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