“Mas com inundação transbordante, acabará de
uma vez com o lugar desta cidade; com trevas perseguirá o Senhor os Seus
inimigos” (Naum 1:8).
Amado leitor, cabe a mim
expor a Palavra da verdade perante todos; não posso escolher pregar o que acho
que deve ser pregado; nem pregar aquilo que os homens querem ouvir. A ordem do
Rei aos Seus arautos é que eles preguem a palavra. Quanta ignorância a
respeito de Deus em nossos dias! Como satanás tem se aproveitado para difundir
uma divindade humanizada e bem adaptada aos caprichos do homem moderno, tão
mundano, egoísta e pervertido!
O assunto que estarei
trazendo para todos nos próximos dias em nada é agradável à nossa natureza, tão
acostumada a beber das águas contaminadas das heresias modernas e tão
acostumada a saciar seu estômago com os manjares humanistas salpicados de
versos bíblicos. Certamente é minha responsabilidade trazer a todos o
conhecimento do verdadeiro Deus. Não há dúvida que esta atual geração precisa
ouvir que o Deus que se revelou é grande Senhor; que a Ele pertence a salvação
(Jonas 2:9); que Ele é glorioso Nele mesmo, Auto suficiente, Soberano em tudo.
Ora, não preciso divagar
em assuntos confusos; não tenciono discutir temas que satisfazem a curiosidade
dos homens. Fui chamado para pregar o evangelho da glória de Cristo (2
Coríntios 4:4). Onde brilha a verdade da cruz não há lugar para orgulhosos
discursos, nem para temas discutíveis. Onde Deus é visto como Deus, assentado
em Seu trono de glória, certamente o homem é posto em seu devido lugar – o
lugar de verme, de um real merecedor do castigo eterno por sua culpa em Adão.
Onde brilha a luz do evangelho da glória de Cristo, os homens silenciam,
emudecem: “Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a
terra; cale-se diante dele toda a terra” (Habacuque 2:9).
O livro escrito pelo
profeta Naum trata da destruição da capital dos Assírios – Nínive. Anos haviam
passado quando Jonas andou por toda aquela cidade anunciando que Deus certamente
iria castigá-la, caso eles não se arrependessem. A compaixão de Deus foi
derramada do céu sobre toda aquela população e ocorreu algo inaudito, diria até
surreal, porque toda cidade se arrependeu. Naquela visitação misericordiosa do
Senhor por aquele povo a Mão de misericórdia do Senhor segurou Sua Ira e Deus
adiou o castigo.
Mas o livro de Naum mostra
um cenário de Ira, não de compaixão, porque anos depois Deus trouxe o castigo
sobre aquela corrompida, perversa e maligna população. O livro de Naum inicia-se
com uma apresentação de Deus em Sua Ira, como o Senhor dos Exércitos. Deus é
visto como Aquele que está em contínua atuação contra os Seus inimigos, por
isso Nínive seria destruída. Os instrumentos da Ira divina são muitos. Deus
surpreendeu aquela cidade com uma poderosa investida de um exército inimigo,
invadindo e destruindo toda população, e assim para sempre a Assíria foi
destruída.
Caro leitor, esses
anúncios a respeito das atuações de Deus contra nações no passado foram
registrados para mostrar que é essa a soberana atuação de Deus contra os Seus
inimigos. Por essa razão é que trago esse tema: DEUS – PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL. Os
homens modernos precisam saber que o Deus da bíblia é imutável; que aqueles que
vivem em seus pecados são inimigos Dele. Homens modernos precisam saber que
estão enfrentando e vão enfrentar esse Deus na Ira Dele e que Ele, com trevas
persegue Seus inimigos.
Todo meu objetivo tem em vista a nossa
humilhação; que corações soberbos sejam derretidos; que vasos de barro sejam
quebrados pelo Oleiro; que falsos crentes busquem verdadeiro arrependimento,
porque Esse Deus é Deus de compaixão e dá vazão a essa misericórdia quando
homens e mulheres se humilham agora, antes que sejam humilhados para sempre.
Enfim, homens e mulheres conhecerão a
realidade da cruz quando forem visitados pelo Salvador. Esse Deus que persegue
Seus inimigos é o mesmo Senhor que se inclina para conversar com homens e
mulheres arrependidos e humilhados.
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