“Mas
se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que
o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado leitor, minha tarefa consiste
em mostrar o quanto o pecado é um implacável
perseguidor
para aqueles que ousam continuar brincando com ele. Alguns anos atrás um jovem
veio ao meu escritório. Ele havia basicamente destruído uma família que tanto
confiava nele, mas por causa de imoralidade provocou um caos, trazendo desunião
e desespero. Pude perceber naquele moço que seu coração estava duro e
obstinado, sem querer confessar a maldade, por isso tentava tanto justificar
seu ato tão perverso. Notei pelas suas palavras que ele aguardava que o tempo
sepultasse todo aquele passado sujo, assim ele estaria pronto para recomeçar a
vida. Procurei mostrar para ele o quão maligno e pervertido foi seu pecado e
que não adiantava fugir, porquanto o seu pecado iria achar-lhe onde estivesse.
Aquele moço saiu dali com seu coração ainda mais endurecido. Mais tarde fiquei
sabendo que ele estava ficando quase louco.
Os homens de hoje não sabem o que
significa o terror do pecado, por isso até mesmo dentro das igrejas tratam o
mal como se fosse o bem. Foi assim com Israel, nos dias do profeta Isaías. O
cap. 5 descreve a condição apóstata daquele povo. Havia muita prosperidade
material, mas aquele gosto pelo engordar do corpo não passava motivação para
gastar com seus prazeres carnais. A religiosidade deles não era algo do
coração, porque por fora parecia que buscavam a Deus, mas por dentro odiavam o
Senhor e Sua lei. O cap. 1 mostra a aversão do Senhor por toda aquela aparência
de piedade. No cap. 5 vemos como o Senhor adverte a nação contra suas maldades:
“Ai dos que puxam a iniqüidade com
cordas de falsidade, e o pecado como com tirantes de carros!” (verso 18). Este
verso mostra a maneira como eles se agradavam em ter mais e mais pecados como
motivos para suas diversões. No verso 19 vemos como eles desafiam o próprio
Deus, uma vez que nada de errado estava acontecendo com eles naquele viver
profano. O verso 20 salienta a familiaridade e parentesco com a prática da
maldade: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por
luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!”.
Amigo
leitor, não é essa a situação social de nossos dias? Por isso, as Escrituras
devem abrir sua boca e gritar advertindo aos homens a respeito da destruição
que lhes espera. Os brados da Palavra de Deus devem alertar especialmente
aqueles que são intitulados de crentes, para que não brinquem com o pecado; que
acordem, a fim de que andem no temor do Senhor e não venham a rastejar em
sofrimentos nesta vida, como consequência dos males praticados em desobediência
a verdade revelada. No momento que chamamos o mal
de bem, certamente o bem
será odiado e repudiado. Se odiarmos a luz, imediatamente as trevas serão nosso
lugar de habitação e como consequência passaremos a perseguir a luz.
Meu amigo tenho como propósito que você conheça
o Deus de misericórdia, salvador e Senhor. Mas para conhecê-Lo toda nossa
formação natural no pecado é, como que, desmontada. Foi assim com o profeta
Isaías assim que teve a visão da glória de Deus. O terror apoderou-se dele e
presenciou o próprio abismo à sua presença, por isso gritou: “Ai de
mim! pois estou perdido...”. Foi ali que seu coração foi desbravado e
toda depravação veio à tona: “... sou homem de lábios impuros, e habito no meio
dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos
exércitos!” (Isaías 6:5). O jovem Isaías passou a conhecer seu estado em Adão,
seu destino merecido e a necessidade que tinha da misericórdia de Deus. O
evangelho chega para mostrar a preciosidade de Cristo, como é Seu perdão e
salvação para todos os que arrependidos invocarem o Seu Nome para serem salvos.
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