quarta-feira, 24 de abril de 2013

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (11)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor examinemos bem essa declaração do Senhor a respeito de Jerusalém nos dias do profeta Jeremias. A decisão insensata e ingrata daquele povo nos mostra na prática a decisão de cada pecador em Adão, como foi que na queda deixamos o Senhor. Tenho procurado mostrar nas Palavras usadas pelo Senhor como foi profunda e aterrorizante a tragédia do pecado, porquanto os termos usados descrevem de todos os ângulos a condição tão triste de cada homem em Adão. Somente por obra do Espírito de Deus e da Palavra é que homens e mulheres podem saber a profundidade do poço da perdição e que somente a compaixão do Senhor pode achar o perdido.
                                      Minha condição tão triste conheceu meu Salvador
                                      Que do céu desceu à terra, para ser meu redentor.
                                      Ó quão grande é o amor do meu Senhor!”.
         Mas vou prosseguir no esforço em mostrar pela linguagem bíblica a tão terrível decisão tomada pela raça em Adão. Já vimos como Deus chama os homens no pecado de “filhos da ira”. Mas eles também são chamados de “filhos da desobediência”:nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência” (Efésios 2:2). Que vínculo maligno! Em que posição infame o pecado nos colocou!. A obra da perfeita e santa mão de Deus, agora é vista neste mundo ligado ao príncipe deste mundo como filhos.
         A obediência à voz da serpente resultou num vínculo filial e os homens são vistos no mundo não como filhos de Deus; não como filhos que carregam consigo o caráter santo de um Deus santo, mas sim homens e mulheres seguindo os passos do anjo maligno. O mesmo Lúcifer que voltou-se contra Deus e carregou consigo milhares de seres angelicais tem agora milhares e milhares de homens e mulheres que lhe amam e lhe seguem com boa vontade neste mundo e que estão aptos para executarem a vontade desse pai (João 8:44).
         Nessa situação o que podemos esperar de homens e mulheres que ainda não foram salvos? Há qualquer elemento de poder neles para obedecer as mais simples ordenanças do Senhor? Como podem os filhos da desobediência amar e respeitar ao Santo Senhor? Jamais! Eles amam o pai deles! A casa de Deus é estranha para eles! A voz de Deus os afugenta para longe! No reino de Deus não há qualquer elemento que possa fornecer felicidade aos homens no pecado. No reino de Deus tudo é santo e puro, então, como eles poderão amar aquilo que odeiam e rejeitam? No reino de Deus os filhos de Deus vivem pela fé e obedecem ao comando do Pai pela Palavra, mas os filhos da desobediência desconhecem isso, porque estão alheios à vida de Deus, aos padrões de Deus e às Suas leis santas e puras.
         Digo mais, que sendo eles filhos da desobediência, todo percurso deles será pelo caminho largo. Não tem lugar mais fascinante para aqueles que abandonaram ao Senhor do que o mundo. Mesmo que a força da iniquidade aumente; mesmo que o pecado manifeste sua face de terror e maldade, os filhos da desobediência estão adaptados a este lugar. São como parafusos, porque cabe bem dentro desse espaço. Milhares deles servem como muralha, para proteger os que estão arraigados nas profundezas das trevas. Em Sodoma e Gomorra nem todos praticavam os atos libidinosos, mas serviam de amparo para eles; eram luzes periféricas e adornavam a cidade com uma aparência de respeito e pudor.
         Caro amigo leitor, não posso me calar diante desse quadro de miséria na qual se encontra a raça em Adão. Com as palavras bíblicas e com rogos e súplicas hei de chegar aos corações enganados, a fim de publicar que Cristo Jesus veio ao mundo para livrar pecadores das densas trevas onde se encontram enganados, ludibriados, algemados, condenados e destinados ao sofrimento eterno!

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