“Mas
se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que
o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado leitor, que base temos fora da
Palavra de Deus para julgar o pecado? Absolutamente nenhuma! O mundo se
alimenta e é energizado pelo pecado. Em Ezequiel, solenemente Deus adverte a
nação de Israel ao afirmar que: “... ninguém
prosperará na vida, pela sua iniqüidade” (Ezequiel 8:13). Sendo assim,
que sejamos encorajados a encarar as Escrituras com temor e tremor, porquanto
somente o Deus Santo pode tirar o disfarce desse inimigo astuto, sutil,
enganador e cruel que é o pecado. Sendo assim, humildemente consideremos as
lições bíblicas ilustradas. O mundo atual precisa de homens e mulheres
transformados pela graça, exibindo assim o poder transformador do evangelho da
Glória de Cristo.
A
seguir tomaremos a vida de Caim, conforme a narrativa do cap. 4 de Gênesis.
Notemos como o pecado perseguiu de forma implacável esse homem. O poder dominador
do pecado mostrou seu domínio na vida daquele moço através do seu orgulho e
obstinação contra Deus e contra o caminho de Deus. A religião de Caim foi
oposta a religião de Abel, seu irmão. Abel mostrou ter seu coração contristado
e contrito, por isso buscou o caminho certo, do arrependimento e da fé no
sangue remidor. Abel sentiu no íntimo o efeito do pecado, no fato de ter
nascido fora do Éden, longe de Deus e condenado, por isso sua alma anelava
conhecer o caminho que o conduziria certamente para o paraíso celestial.
Caim
posicionou-se de forma contrária. Seu sistema de culto revelava seu ódio a
Deus, mostrando que queria viver no pecado e construir aqui no mundo o paraíso
segundo os deleites do seu coração. Era um instrumento sob o controle do pecado,
não somente contra o caminho santo, mas também contra aqueles que buscassem a
salvação, como ocorreu com Abel. Ao assassinar seu irmão começou a mostrar como
o pecado foi seu perseguidor implacável. A rebelião contra a verdade empurra o
homem às atitudes perversas em seu viver. Agora Caim quer correr de Deus, para
longe do amor de Deus; quer ficar mais distante do paraíso. Veja como o pecado
domina suas emoções, sua mente e poder de decisão. Agora é um fugitivo,
errante, medroso e assustado, parecendo um coelho que foge da águia.
Mas o
pecado não parou seu nefando trabalho no coração rebelde de Caim. Agora passa a
ser um instrumento mais poderoso, porquanto começa a criar seu próprio paraíso,
exatamente contrário ao paraíso de Deus. Agora constrói uma cidade e uma
sociedade onde seu nome é exaltado, o palco do humanismo (Gênesis 4:16); agora
o pecado, por meio de Caim começa a exibir o mundo que tanto atrai corações não
salvos e santificados; agora tem uma sociedade sem Deus, que pode produzir tudo
o que os homens precisam (versos 20-22); agora tem uma sociedade segundo o
coração carnal e mundano de Caim e sua descendência, com leis próprias, e não
as leis santas de Deus (versos 23-25); agora os homens poderão sentir a
liberdade para a poligamia: “Disse
Lameque a suas mulheres...” (verso 23), indo contra o padrão
original do Criador: “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua
mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne” (Gênesis
2:24).
Quantos
hoje fogem da salvação que há no Filho de Deus! Quantos tentam se esconder de
Deus até mesmo em igrejas! Meu amigo, fugir da luz do evangelho é o caminho
certo para as práticas mais pervertidas de um coração endurecido contra Deus.
Lembre-se que o pecado é um perseguidor implacável. Se não for tratado
com o sangue purificador, o homem vai viver sob a nuvem aterrorizante da Ira de
Deus (João 3:36). O Deus da Bíblia tem prazer em corações arrependidos, que
anelam pela verdade, que querem conhecer o Salvador e Senhor. Se você é uma
alma assim, agora mesmo peça ao Senhor que lhe salve de seus pecados!
Prezado leitor, continuemos examinando
como a Palavra de Deus mostra o pecado como um perseguidor implacável.
Que esse ensino venha prostrar nossos corações em santo temor perante o Deus
santo. Vivemos numa época semelhante à de Isaías, quando a nação de Israel
estava endurecida pelo engano do pecado e nada percebia das maldades de seus
corações corrompidos e irregenerados. Precisamos de uma visitação de Deus neste
momento, quando as trevas do orgulho, da mentira e do desprezo à verdade tem
ocupado todos os lugares, até mesmo dentro das igrejas. Quando a maldade
prevalece quase nada vemos de humilhação e invocação ao Nome do Senhor.
Hoje ocuparemos com a vida de Jacó. Boa
parte do livro de Gênesis ocupa-se em falar a respeito desse patriarca de
Israel. Por meio dele Deus ensina Sua soberana salvação aos eleitos: “Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú” (Romanos 9:13) e é na história desse homem que brilha intensamente a
preciosíssima graça de Deus, porquanto a
ação salvadora e disciplinadora de Deus está em contínuo exercício sobre
aqueles que Ele amou antes da fundação do mundo (Efésios 1:4). É na imensidão
do domínio do pecado que sobrepuja a graciosa graça, prevalecendo sobre toda
maldade e fraqueza, transformando Seus escolhidos e habilitando-os para
servi-Lo melhor. Obviamente não trataremos dos detalhes maravilhosos da graça
de Deus na vida desse que se tornou príncipe de Israel, porquanto nossa
intenção aqui é mostrar como o pecado foi um assombroso perseguidor na vida de
Jacó.
O
nome “Jacó” designa exatamente como e onde o pecado dominou a vida dele desde
seu nascimento. O nome hebraico “Jacó” significa “levar vantagem, colocar
alguém debaixo de seus pés”. Foi exatamente esse o filme da vida desse moço
que fora alvo da misericórdia de Deus. O momento mais impressionante de sua
ação foi quando se aliou à sua mãe para enganar Isaque, seu pai e roubar a
bênção que seria dada por direito a Esaú (Gênesis 28). Pelas promessas de Deus
a bênção seria de Jacó, mas Isaque simplesmente esqueceu e porque tinha muita
afeição por Esaú seguiu o curso natural que o primogênito tinha.
Qual
foi o pecado de Jacó e Rebeca? Não confiaram em Deus no cumprimento de Suas
promessas, por isso tomaram o caminho carnal a fim de buscar os direitos.
Notemos bem que Deus permitiu, porém os resultados foram desastrosos. Rebeca
recebeu aquilo que ela mesma pedira: “Meu filho, sobre mim caia essa maldição...”.
Ora, aquela mamãe morreu sem ver seu filho de estimação que partira para ficar
vinte anos na companhia de Labão irmão dela. Jacó usou sua habilidade em
enganar, e foi assim que ele mentiu para seu velho pai que estava cego: “Eu
sou Esaú, teu primogênito; tenho feito como me disseste; levanta-te, pois,
senta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe” (Gênesis
28:19). Além disso, profanou o Nome de Deus: “Perguntou Isaque a seu filho:
Como é que tão depressa a achaste, filho meu? Respondeu ele: Porque o Senhor,
teu Deus, a mandou ao meu encontro.”
“Sabei
que o vosso pecado vos há de achar”, e achou Jacó imediatamente,
porquanto o ambiente de ira e de vingança veio sobre a família quando Esaú
ficou sabendo: “Vêm chegando os dias de luto por meu pai; então hei de matar Jacó, meu
irmão”. Notemos bem como o pecado chega com uma perseguição cruel.
Daquele momento o espírito de medo e de fuga ocupou o ambiente na família de
Isaque e dominou o coração de Jacó.
Meu
amigo, não esqueça que o pecado é muito mais poderoso e cruel do que você
pensa. O que você tem feito contra seu próximo, qualquer maldade praticada,
pode estar certo que esse tirano inimigo não lhe deixa, ele há de perseguir,
com perseguição cruel e açoites no íntimo. Somente o sangue remidor do Cordeiro
de Deus para tratar com o pecado em todas as suas maldades. Somente uma alma
arrependida e humilhada vai a Cristo em busca de perdão e purificação!
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