sexta-feira, 26 de abril de 2013

MEDITAÇÃO DE SPURGEON



 José, pois, conheceu os seus irmãos; mas eles não o conheceram.” (Gênesis 42:8 )

       ESTA manhã desejamos que o conhecimento que temos do Senhor Jesus experimentasse um crescimento; é bom, pois, que esta noite consideremos um tópico que tem afinidade com o desta manhã, quer dizer, o conhecimento que o nosso celestial José tem de nós. O conhecimento que Jesus tem de nós foi perfeito muito antes que nós tivéssemos o mais insignificante conhecimento Dele. “Os Teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no Teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.”
       Antes que estivéssemos no mundo, já estávamos no Seu coração. Quando éramos Seus inimigos, Ele conheceu-nos, e conheceu também a nossa miséria, a nossa insensatez e a nossa maldade. Quando chorávamos amargamente em desesperado arrependimento e O vimos só como um juiz e um rei, Ele viu-nos como a irmãos bem amados, e as Suas entranhas suspiraram por nós. Ele nunca desconheceu os Seus escolhidos, mas sempre os considerou como objetos do Seu infinito afeto. “O Senhor conhece os que são Seus,” isto é tão certo quanto aos pródigos que apascentam os porcos como quanto aos filhos que se sentam à mesa.
       Mas, ai! Nós não conhecemos o nosso Irmão real, e nesta ignorância se originou uma hoste de pecados. Negamos-Lhe os nossos corações e não Lhe permitimos entrar no nosso amor. Desconfiamos Dele e não demos crédito às Suas palavras. Rebelamo-nos contra Ele e não lhe rendemos nenhuma homenagem de amor. O Sol de Justiça brilhou e nós não pudemos vê-Lo. O Céu desceu à Terra e a Terra não se apercebeu disso. Graças a Deus, esses dias passaram para nós; contudo, até agora conhecemos muito pouco de Jesus, em comparação com o conhecimento que Ele tem de nós. Só temos começado a conhecê-Lo, mas Ele conhece-nos totalmente. É uma abençoada circunstância que a ignorância não esteja do Seu lado, pois isso seria desesperador para nós. Ele não nos dirá: “Nunca vos conheci”, mas Ele confessará os nossos nomes no dia da Sua aparição, e, enquanto isso, Ele manifestar-se-á a nós como não se manifesta ao mundo.

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