“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai
certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado leitor, continuemos examinando
como a Palavra de Deus mostra o pecado como um perseguidor implacável. Que esse
ensino venha prostrar nossos corações em santo temor perante o Deus santo.
Vivemos numa época semelhante à de Isaías, quando a nação de Israel estava
endurecida pelo engano do pecado e nada percebia das maldades de seus corações
corrompidos e irregenerados. Precisamos de uma visitação de Deus neste momento,
quando as trevas do orgulho, da mentira e do desprezo à verdade tem ocupado
todos os lugares, até mesmo dentro das igrejas. Quando a maldade prevalece
quase nada vemos de humilhação e invocação ao Nome do Senhor.
Hoje ocuparemos com a vida de Jacó. Boa
parte do livro de Gênesis ocupa-se em falar a respeito desse patriarca de Israel.
Por meio dele Deus ensina Sua soberana salvação aos eleitos: “Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú”
(Romanos 9:13) e é na história desse homem que brilha intensamente a
preciosíssima graça de Deus, porquanto a
ação salvadora e disciplinadora de Deus está em contínuo exercício sobre
aqueles que Ele amou antes da fundação do mundo (Efésios 1:4). É na imensidão
do domínio do pecado que sobrepuja a graciosa graça, prevalecendo sobre toda
maldade e fraqueza, transformando Seus escolhidos e habilitando-os para
servi-Lo melhor. Obviamente não trataremos dos detalhes maravilhosos da graça de
Deus na vida desse que se tornou príncipe de Israel, porquanto nossa intenção
aqui é mostrar como o pecado foi um assombroso perseguidor na vida de Jacó.
O nome “Jacó” designa exatamente como e
onde o pecado dominou a vida dele desde seu nascimento. O nome hebraico “Jacó”
significa “levar vantagem, colocar alguém debaixo de seus pés”. Foi exatamente
esse o filme da vida desse moço que fora alvo da misericórdia de Deus. O
momento mais impressionante de sua ação foi quando se aliou à sua mãe para
enganar Isaque, seu pai e roubar a bênção que seria dada por direito a Esaú
(Gênesis 28). Pelas promessas de Deus a bênção seria de Jacó, mas Isaque
simplesmente esqueceu e porque tinha muita afeição por Esaú seguiu o curso
natural que o primogênito tinha.
Qual foi o pecado de Jacó e Rebeca? Não
confiaram em Deus no cumprimento de Suas promessas, por isso tomaram o caminho
carnal a fim de buscar os direitos. Notemos bem que Deus permitiu, porém os
resultados foram desastrosos. Rebeca recebeu aquilo que ela mesma pedira: “Meu
filho, sobre mim caia essa maldição...”. Ora, aquela mamãe morreu sem ver seu
filho de estimação que partira para ficar vinte anos na companhia de Labão
irmão dela. Jacó usou sua habilidade em enganar, e foi assim que ele mentiu
para seu velho pai que estava cego: “Eu sou Esaú, teu primogênito; tenho feito
como me disseste; levanta-te, pois, senta-te e come da minha caça, para que a
tua alma me abençoe” (Gênesis 28:19). Além disso, profanou o Nome de Deus:
“Perguntou Isaque a seu filho: Como é que tão depressa a achaste, filho meu?
Respondeu ele: Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao
meu encontro.”
“Sabei que o vosso pecado vos há de
achar”, e achou Jacó imediatamente, porquanto o ambiente de ira e de vingança
veio sobre a família quando Esaú ficou sabendo: “Vêm chegando os dias de luto
por meu pai; então hei de matar Jacó, meu irmão. Notemos bem como o pecado
chega com uma perseguição cruel. Daquele momento o espírito de medo e de fuga
ocupou o ambiente na família de Isaque e dominou o coração de Jacó. Meu amigo,
não esqueça que o pecado é muito mais poderoso e cruel do que você pensa. O que
você tem feito contra seu próximo, qualquer maldade praticada, pode estar certo
que esse tirano inimigo não lhe deixa, ele há de perseguir, com perseguição cruel
e açoites no íntimo. Somente o sangue remidor do Cordeiro de Deus para tratar
com o pecado em todas as suas maldades. Somente uma alma arrependida e
humilhada vai a Cristo em busca de perdão e purificação!
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