segunda-feira, 29 de abril de 2013

O PRECIOSO SANGUE (5)




Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1:19) 

                Caro leitor, procuremos entender pela revelação que nos foi dada – a Palavra eterna e suficiente, a grande verdade da redenção na cruz. Pedro salienta em sua carta que esse foi o preço pago e que não há outro pagamento aceitável a Deus; que essa é a base da salvação eterna do perdido e mais do isso é o fundamento do viver em humildade e santidade. A cruz afugenta toda vaidade, hipocrisia e todo espírito mundano. A mensagem da cruz coloca todos os homens, ricos e pobres, cultos e ignorantes, todos são postos no pó, porquanto não há diferença. Mas precisamos avançar mais no conhecimento dessas maravilhas eternas, porque são riquezas inesgotáveis da graça e elas nos foram entregues pelo Espírito Santo. Conheçamos acerca do Cordeiro de Deus, a fim de que sejamos humilhados e vivamos na inteira dependência Dele em nosso viver.
         Nosso Senhor mostrou ser o Cordeiro puro e sem mácula mediante Sua humilhação. Sua obediência ao Pai foi algo espantoso, pois quando se tornou homem e habitou entre os homens, o Cordeiro amado do Pai se humilhou de tal maneira, que conheceu por experiência própria o real significado da miséria humana. O Salmo 22 descreve de forma marcante a experiência do Senhor em Sua profunda humilhação. Complemente entregue ao Pai vemos ali nosso Senhor na mais profunda condição; foi ali na cruz que Ele se sentiu completamente desamparado, sozinho e cercado de toda espécie de inimigo; todas as forças do inferno, do mundo e das trevas vieram sitiaram o Filho de Deus na cruz. Nem os homens em seus pecados desceu tanto a essa miséria experimentada pelo Filho, pois foi ali que Ele se associou à humanidade caída: “Nossos pais confiaram em Ti; confiaram, e os livraste” (Salmo 22:4). E mesmo nessa associação, o Cordeiro se viu inferiorizado até mesmo na fé. Ali abandonado e atirado ao desprezo o Cordeiro se vê cercado não só dos terrores daqui, como também se vê desamparado do próprio Deus, por isso exclamou: “...Por que me desamparaste?...” (verso 1).
         Mas foi para que experimentasse o terror da essência e da maldição do pecado sobre Si mesmo que Ele pode dizer: “Mas eu sou verme e não homem...” (verso 6). Medite nisso, prezado leitor. O grande EU SOU; o Rei da glória; aquele que criou o céu e a terra; aquele que é o Todo Poderoso, onisciente, onipotente, eterno, santo e auto-suficiente Nele mesmo, está pregado na cruz, sozinho desamparado do próprio Pai e confessando: “Mas eu sou verme e não homem...”. Toda essa humilhante experiência foi para que experimentasse o sofrimento e o ódio de Deus sendo derramado com perfeita fúria contra Si mesmo, a fim de livrar Sua igreja definitivamente da morte eterna. Foi ali que Ele, verdadeiro homem foi marcado pela experiência de um Cordeiro – um mero animal; usado com a finalidade de ser sacrificado! O mundo o via como um ser desprezível, réprobo, miserável e detestável, mas era o Cordeiro de Deus, oferecido para ser realmente sacrificado. O cutelo de imolação certamente desceria do céu; as súplicas daquele “verme” não seriam ouvidas, a fim de que Ele mesmo obtivesse qualquer livramento daquela hora. Antes de ser pendurado na humilhante morte de Cruz, já havia suplicado ao Pai: “...se possível, passe de mim este cálice!”. Mas, foi do agrado do Pai moê-Lo (Isaías 53:10), porquanto, foi por esse motivo que Ele veio ao mundo, a fim de resgatar Seu povo do pecado (Mateus 1:21).
         Ó meu caro amigo, pense agora nesse Salvador bendito! Medite em sua alma nessa humilhação, a qual levou o Filho de Deus a experimentar os terrores do pecado, os quais nós merecidamente merecíamos! Foi para ser nosso perfeito substituto que Ele a Si mesmo se entregou na cruz! Foi para livrar pecadores da ruína e desespero eternos! Foi para nos resgatar da escravidão que duraria eternamente! Foi para purificar homens e mulheres e fazer dele povo Seu! Foi para que agora pudesse fazer o que somente Ele faz, chamar pecadores da morte para a vida, das trevas para a maravilhosa luz!

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