“Se alguém não ama ao Senhor, seja
anátema! Maranata” (1 Coríntios 16:22)
Caro leitor, como os homens demonstram
menos amor por Cristo? Mostram sim, porque seus corações não foram
transformados. O homem é visto no coração, não na aparência. Nós vemos tudo à
luz da aparência; nós somos compelidos a julgar tudo à luz daquilo que os olhos
podem ver, mas o Deus da bíblia em nada é impulsionado por aquilo que tanto
agrada nossos olhos e nossa simpatia. Samuel ficou impressionado pela
capacidade física dos irmãos de Davi, por isso sua conclusão lógica foi que um
deles foi escolhido para ser rei em Israel (1 Samuel 16). Ora, eles eram
fortes, capazes para a guerra e aptos para liderar as pelejas contra os
inimigos. Mas, o profeta precisava ouvir da própria de Deus: “...Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura,
porque eu o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha
para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16:7).
Ora,
o homem natural é o homem velho, nascido em Adão, por isso nada tem a ver com
Deus nem com o reino de Deus (João 3:3). Por mais rico, culto, belo e admirado
que for o homem natural não pode amar o Senhor, pois não habita nele o Espírito
de Deus, então não é ensinado por Deus e está infinitamente distante das coisas
eternas preparadas por Deus em Sua graça e destinadas aos crentes em Cristo (1
Coríntios 2:15). Esperar do homem sem Cristo qualquer decisão de amor por Ele é
o mesmo que esperar que um leão habite com um cordeiro e alimente-se de pastos.
Outro
detalhe que considero de extrema importância é que Deus revela Seu Filho aos
pecadores que Ele chama e salva. Cristo é a preciosidade de Deus, o Pai! Cristo
é objeto do infinito amor do Pai! Pertencer a Cristo é o privilégio mais
glorioso e inaudito que existe. Pertencer a Cristo não é uma decisão de uma
pessoa, mas sim uma decisão de Deus, o Pai. O próprio Senhor Jesus deixou isso
bem claro aos judeus: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim...”
(João 6:37). Então, se Cristo não foi apresentado ao homem, o Filho de Deus é
completamente estranho ao coração não santificado pela graça; é um visitante
indesejável. O nome de Jesus nos lábios do homem natural não passa de fantasia
e superstição. O conhecimento de Cristo é o tesouro mais precioso que existe e
os homens naturais estão infinitamente distantes desse tesouro e não dão
qualquer importância, assim como um mina de ouro puro não tem qualquer
significado para uma ave que ali pousar.
Os
homens mostram que amam menos a Cristo e provam isso quando no viver seus
interesses naturais, carnais e mundanos estão acima do Senhor. Os homens no
pecado vivem como minhocas escondidas na terra, fugindo do calor do sol. O
mundo é o habitat dos homens sem Cristo. Os homens no pecado estão voltados aos
seus próprios interesses terrenos; eles adoram a si mesmos e são
individualistas nisso. O pecado no coração tem um altar erigido ali e o homem
enganado é endeusado e vive como se ele mesmo fosse um deus, almejando toda
atenção e desejando ter o mundo inteiro aos seus pés. Todos os ídolos servem
como luzes nesse altar do coração e ali eles realçam bem seus desejos e
abençoam seus intentos mundanos.
Como
esperar amor por Cristo de corações não salvos e transformados? É impossível! O
amor por Cristo habita em corações gratos e tementes ao Senhor! O amor por
Cristo é um amor devedor, porque sabe bem o quanto foi abraçado pela
misericórdia de Deus! O amor por Cristo resulta em vidas que voluntariamente se
separam para Ele e que querem agradá-Lo no viver. O homem natural tem objetivos
completamente opostos dos crentes. O homem natural não pode tolerar a presença
do Rei da glória, porque estará invadindo seu “território sagrado” e
atrapalhando seus planos de amar o pecado e desejá-lo mais do que tudo.
Caro
leitor, Paulo afirma que se alguém não ama ao Senhor é anátema, maldito! Qual é
a sua condição agora? Não há meio termo; não há como harmonizar um amor a
Cristo e um amor ao mundo! Ou é Ele somente, ou então o homem é chamado de
infiel e inimigo de Deus!
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